Pela ordem durante a 133ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Crítica ao pronunciamento do Senador Paulo Rocha, devido à acusação de parcialidade por parte do Ministro Gilmar Mendes.

Autor
Cássio Cunha Lima (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PB)
Nome completo: Cássio Rodrigues da Cunha Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Crítica ao pronunciamento do Senador Paulo Rocha, devido à acusação de parcialidade por parte do Ministro Gilmar Mendes.
Publicação
Publicação no DSF de 26/08/2016 - Página 104
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • CRITICA, PRONUNCIAMENTO, AUTOR, PAULO ROCHA, SENADOR, MOTIVO, ACUSAÇÃO, AUSENCIA, IMPARCIALIDADE, GILMAR MENDES, MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF).

    O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Social Democrata/PSDB - PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço a concessão da palavra.

    Em primeiro lugar, quero deixar claro ao País que o Dr. Júlio não precisa de juramento para dizer a verdade. Portanto, atuando como testemunha ou como depoente, ele tem compromisso com a verdade. Assim se comportou na comissão e assim o faz neste plenário, independentemente de juramento, porque é um servidor público que tem fé de ofício, que tem a confiança do Ministério Público de Contas, dos seus pares, dos conselheiros.

    E o curioso é que, quando o Ministro Gilmar Mendes absolveu o ex-Ministro Paulo Palocci...

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Social Democrata/PSDB - PB) - Antonio Palocci, perdão. O Paulo é o Senador que fez um juízo de valor equivocado e precipitado em relação ao Ministro Gilmar Mendes.

    Naquela ocasião, não havia nenhuma crítica, ou seja, o Ministro Gilmar Mendes, na sua autonomia, na sua independência de magistrado, absolveu o ex-Ministro Antonio Palocci, e o PT não se levantou para criticar o Ministro. O curioso é que para o Partido dos Trabalhadores vale quando a decisão é favorável e não vale quando a decisão é contrária.

    Para concluir, Sr. Presidente, o que distancia o PSDB do PT - e é por isso que estamos atuando em defesa da economia processual - é que o PSDB não quer e nem vai roubar a paciência do povo brasileiro. O PSDB não vai roubar a paciência do povo brasileiro que quer o desfecho deste julgamento, que exige que este julgamento se conclua e não se arraste indefinidamente como pretendem os dilmistas e os petistas, que estão pouco preocupados com o Brasil - o Brasil que se vire com sua crise, com seus 12 milhões de desempregados, com inflação alta, com recessão, com decréscimo econômico. Portanto, não vamos transformar este julgamento, mesmo diante da paciência, da tolerância, do espírito democrático de V. Exª, num debate entre partidos, porque o Brasil nos acompanha. E o que o Brasil deseja neste instante é a conclusão deste julgamento que está sendo procrastinado por dilmistas e petistas, que pouco se importam com os destinos do Brasil.

    O SR. PRESIDENTE (Ricardo Lewandowski) - Pois não.

    Vejam V. Exªs como um pronunciamento de caráter político enseja vários outros. Nós temos que evitar isso. Eu tenho procurado não ser o censor dos eminentes integrantes desta elevada Casa de Leis, mas eu vejo que, se nós assim continuarmos, nós vamos ingressar madrugada adentro, vamos ocupar todo o final de semana - e eu quero dizer a V. Exªs que eu tenho a disposição para fazê-lo. Nós não terminaremos os trabalhos enquanto não ouvirmos todas as testemunhas.

    Senadora Ana Amélia, com a palavra, a bem do contraditório, depois o Senador José Medeiros.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/08/2016 - Página 104