Discurso durante a 153ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento de Tirso Vasconcelos, ex-Prefeito de Rio Branco.

Anúncio de participação em audiência no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.

Autor
Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Pesar pelo falecimento de Tirso Vasconcelos, ex-Prefeito de Rio Branco.
TRANSPORTE:
  • Anúncio de participação em audiência no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.
Publicação
Publicação no DSF de 18/10/2016 - Página 5
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > TRANSPORTE
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MORTE, EX PREFEITO, RIO BRANCO (AC), ESTADO DO ACRE (AC), PAI, DEPUTADO FEDERAL, ENCAMINHAMENTO, VOTO DE PESAR, ELOGIO, VIDA PUBLICA.
  • ANUNCIO, REALIZAÇÃO, REUNIÃO, LOCAL, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), PARTICIPAÇÃO, ORADOR, DEPUTADO ESTADUAL, ESTADO DO ACRE (AC), CANDIDATO ELEITO, PREFEITO, BRASILEIA (AC), MOTIVO, PRECARIEDADE, RODOVIA, RETOMADA, OBRAS, PONTE, RIO MADEIRA.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Ricardo Ferraço, é um prazer revê-lo. Sei que V. Exª teve uma missão também oficial, no começo do mês, mas já está de volta. Todos nós temos nossas tarefas. Quero cumprimentar o Senador Lasier, o Senador Paulo Paim, os funcionários, servidores, todos os que nos acompanham pela Rádio e TV Senado.

    Eu fiz questão de cedo estar aqui para abrir, na condição de Primeiro Vice-Presidente da Casa, porque queria fazer, com muito pesar, um registro. Estou apresentando um voto formal de pesar pela morte, ontem, do pai do nosso querido Deputado Federal Raimundo Angelim, ex-Prefeito de Rio Branco, Sr. Tirso Vasconcelos. Eu estive no velório, ontem, e fui ao enterro, na parte da tarde, em Rio Branco. Fiquei muito sentido.

    Aos 92 anos, de morte natural, o Sr. Tirso nos deixou. Ele era um acriano nascido nas cabeceiras do Rio Muru, no seringal. Ele fez parte da primeira geração de acrianos. Foi um homem que deixou um exemplo de honradez na vida. Educou os seus filhos com muito sacrifício, ente eles o Raimundo Angelim.

    Eu queria dizer que estou formalizando o voto de pesar, para que possa constar nos Anais do Senado Federal esse sentimento que expresso em nome de boa parte do povo do Acre e de todos os que conheceram o Sr. Tirso Vasconcelos, pela figura humana, pela história de vida que ele, com quase cem anos, nos deixou de legado. O Município de Tarauacá é um Município importante; a família do Angelim tem origem lá. O Sr. Tirso veio de um pouco mais acima, no próprio Município do Rio Muru. Lá nós temos dois grandes e importantes rios, formando o Município. E o Sr. Tirso nos deixou ontem. Ficamos muito tristes. Estivemos lá, solidários com a família. Fica aqui, então, registrado o meu voto de pesar pelo falecimento, pela perda, de um acriano ilustre, que deixou uma bela história de vida, traduzida na família, digna, que ele nos legou.

    Mas, Sr. Presidente, colegas Senadores, Senador Telmário também, que acaba de chegar – eu queria cumprimentá-lo: nesses meses, eu andei muito pelas rodovias do Acre. Fiz, várias vezes, o percurso de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, assim como o de Rio Branco a Sena, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, e vi a situação muito precária que nós estamos tendo nas nossas BRs agora, tanto na BR-364 como na BR-317. E eu queria aqui deixar registrado, nesta fala, nesta minha participação, a minha preocupação.

    Eu sei que falo em nome de todos que vivem na região do Juruá. Eu me refiro aos que moram em Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, porque nessa estrada, quando eu era governador – na época ainda do governo ainda do Presidente Fernando Henrique, mas depois especialmente no governo do Presidente Lula –, trabalhamos com tanta intensidade. E com muito sacrifício ela foi feita, numa região que não tem pedra, onde chove mais de 2mm por ano, cujo solo é muito frágil. Imaginem ter que se fazer uma estrada sem pedra, onde você coloca milhões de toneladas de cimento para dar alguma rigidez ao solo. E eu vejo com muita, muita preocupação a situação da manutenção da BR-364.

    E eu peço também que os trabalhos na BR-317 não parem. É a Estrada do Pacífico; é a estrada que nos leva até a fronteira com o Peru e a Bolívia.

    Dentro desse apelo, eu marquei, na semana passada, uma audiência no DNIT – o Ministro dos Transportes está viajando. Nós vamos ter uma audiência daqui a pouco. Eu solicitei essa audiência, vou acompanhado da Prefeita eleita de Brasileia, Fernanda Hassem, e da Deputada Leila Galvão. Nós organizamos essa reunião de trabalho no DNIT na semana passada, no meu escritório em Rio Branco. Mal ganhou a eleição – e eu quero parabenizar a população de Brasileia – e a Prefeita eleita Fernanda Hassem imediatamente botou o pé na estrada – ou seja, no avião –, e veio, com sacrifício, para já estar trabalhando aquilo que eu acho que a população tem de expectativa.

    Queremos saber como trabalharmos juntos para a conclusão das obras na Marinho Monte. Que possam ser feitas as ciclovias, as drenagens, a parte que os comerciantes daquela região, hoje a mais importante do novo comércio de Brasileia, têm de expectativa.

    Então, eu queria dizer ao povo de Brasileia que a Fernanda Hassem nem assumiu, mas já está trabalhando junto com a nossa querida Deputada Leila Galvão.

    E eu acho que é importante esse registro, porque, nessa luta, o Governador Tião Viana teve um papel muito importante. Ele trabalhou muito por aquele impasse criado na Marinho Monte, que não andava – conflito com prefeitura, com o governo... O Governador Tião Viana falou: "Não, não quero ser o executor da obra. Eu quero que a obra aconteça." E ele abriu mão até de poder, até de algum jeito, ter benefícios indiretos, para que a população tenha um benefício direto. E, com isso, o DNIT está executando a obra.

    Nós vamos ter uma reunião agora. Vou sair imediatamente daqui, deixando a tribuna, e vou para uma reunião, no DNIT, em que vamos falar em nome da população de Brasiléia, em nome da população do Alto Acre. Aqui eu falo também da população de Epitaciolândia. Eu recebi o Prefeito eleito Sebastião Flores, no meu gabinete, essa semana, lá em Rio Branco. Tenho recebido todos os prefeitos de oposição, de situação, porque a eleição tem que ficar para trás.

    No caso do Acre, não haverá segundo turno. O Prefeito Marcus Alexandre ganhou no primeiro turno. Ele já esteve comigo na semana passada, já andamos em seis Municípios, trabalhando para que possamos deixar a eleição para trás, os conflitos para trás. Numa crise econômica como esta, que também é reflexo da crise política, nós temos que somar esforços, tomar todos os cuidados. Com todos os prefeitos que estão assumindo e com quem tenho a oportunidade de falar eu falo: sejam rígidos na montagem da equipe, reduzam o número de secretarias, reduzam o número de cargos comissionados, sejam criativos.

    Eu fui prefeito de 1993 a 1997 e eu não tinha dinheiro, não tinha um Deputado Federal aliado, não tinha um Senador. E a minha avaliação, dada pela população, sempre foi extraordinária. Eu fiquei, junto com Jarbas Vasconcelos, entre os dois prefeitos de capital mais bem avaliados, naquela época, no Brasil. E foi por conta de ter uma boa equipe, de ter criatividade, de procurar fazer muito com pouco dinheiro.

    Eu acho que os prefeitos eleitos que perderem essa oportunidade de, já na instalação de seus governos, fazerem as mudanças importantes que precisam ser feitas vão pagar caro mais adiante. Então, não tenho dúvida de que a Fernanda Hassem, Prefeita eleita de Brasiléia; o Prefeito Biro; o Prefeito Marcus Alexandre; o Prefeito Isaac – com esses eu falei mais diretamente –; e também alguns prefeitos aliados que eu recebi – há 22 prefeitos no Acre – estarão com esse propósito.

    Eu queria ainda aqui deixar registrado que a minha intenção de ir ao DNIT hoje é também pedir conta, saber a quantas anda a obra da ponte do Rio Madeira, que liga a margem do Rio Madeira, no Abunã, à margem no sentido Acre. É uma obra importantíssima, são mais de 1.200 metros de ponte. Eu sei que ela está dando... O ritmo foi diminuído. É uma obra que foi contratada no governo da Presidente Dilma, iniciada no governo da Presidente Dilma e que precisa ter continuidade agora, independentemente das crises econômicas e políticas que o Brasil atravessa.

    O meu propósito também, na ida ao DNIT hoje, além de acompanhar as duas colegas do nosso Estado, Deputada Leila Galvão e Fernanda Hassem, é tratar do que eu vi na BR-364. Há risco, porque as chuvas começaram – no Acre, o período das chuvas começa sempre em setembro, outubro – e os serviços não foram feitos como deveriam ter sido feitos durante esse último verão. A estrada tem risco de ser apartada na parte de igarapés e pequenos córregos. Eu vou fazer um apelo ao DNIT. Já conversei duas vezes hoje com o Diretor-Geral, Dr. Casimiro, por telefone. Vou fazer um apelo a ele para que faça uma ação emergencial, porque o que de pior que pode acontecer no Acre é uma interdição da BR-364 por conta de chuvas. E aquela estrada em que eu trabalhei tanto, no período em que ela passar dois anos sem uma boa manutenção, há risco, sim, de fechar, por conta do tipo de solo, das condições climáticas, da falta de pedra e da precariedade permanente naquela estrada, inclusive da maneira como tem sido usada, sem limite de tonelagem. Esse é outro assunto que nós, independentemente de qualquer coisa, vamos ter que tratar.

    Eu agradeço o tempo ao Presidente, Ricardo Ferraço, e também aos colegas. Sei que agora é o Paulo Paim. Há vários colegas Senadores aqui. O Senador José Medeiros, que eu não tinha cumprimentado, já chegou. É um prazer revê-lo.

    Eu peço licença para me retirar, porque vou imediatamente para uma audiência no DNIT, mas quero aqui deixar esse abraço especialmente para a população do Alto Acre, de Brasiléia e de Epitaciolândia, porque já, já vamos estar tratando do anel viário e das obras na Marinho Monte, porque é assim que penso que a política deve ser feita: eleição é eleição; passou a eleição, imediatamente se inicia o trabalho. E a Prefeita Fernanda Hassem, que foi eleita com ampla margem de votos, já está com este propósito: eleição já é coisa do passado. Agora, no presente, ela e a Deputada Leila estão interessadas em trabalhar, fazendo parcerias com o Governador Tião Viana, que tem sido um grande parceiro dos Municípios do Acre, e, claro, buscando também a parceria do Governo Federal para essas obras que são fundamentais para o Município.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/10/2016 - Página 5