Discurso durante a 153ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Defesa da inclusão, nas escolas, de acompanhamento psicológico ao aluno.

Satisfação com a melhora do Estado do Mato Grosso no Ranking de Competitividade dos Estados divulgada pelo Centro de Liderança Pública.

Autor
José Medeiros (PSD - Partido Social Democrático/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO:
  • Defesa da inclusão, nas escolas, de acompanhamento psicológico ao aluno.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
  • Satisfação com a melhora do Estado do Mato Grosso no Ranking de Competitividade dos Estados divulgada pelo Centro de Liderança Pública.
Publicação
Publicação no DSF de 18/10/2016 - Página 19
Assuntos
Outros > EDUCAÇÃO
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Indexação
  • DEFESA, INCLUSÃO, ACOMPANHAMENTO, PSICOLOGO, ALUNO, ESTABELECIMENTO DE ENSINO.
  • ELOGIO, PEDRO TAQUES, GOVERNADOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), REFERENCIA, MELHORIA, CLASSIFICAÇÃO, POSIÇÃO, COMPETITIVIDADE, ESTADOS, MOTIVO, INVESTIMENTO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, INFRAESTRUTURA, MELHORAMENTO, RODOVIA, FERROVIA.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, todos que nos assistem neste momento, hoje vou falar de um tema sobre o meu Estado, mas ainda quero fazer uma ponderação a respeito do discurso que V. Exª fez aqui, sobre a reforma do ensino, e também sobre o comentário feito pelo nosso Senador que presidia a Mesa.

    Realmente, temos que nos preocupar com os nossos alunos, e a sanidade deles é um ponto importante. Às vezes, as pessoas acham que sanidade mental é coisa para louco, é coisa que não se deve falar, mas a grande verdade é que os problemas que fazem a evasão escolar aumentar são, muitas vezes, depressão, ansiedade, problemas que um profissional da área de Psicologia conseguiria detectar e, eventualmente, levar à descoberta de como o aluno está vivendo no lar, essa coisa toda. Se queremos uma educação que possa formar cidadãos, temos que nos preocupar com a saúde dos alunos.

    Veja bem: nós, no Brasil, temos uma cultura meio esquisita, em que todo mundo admite adoecer da canela, do pulmão, de qualquer outro órgão, mas do cérebro não. É como se o cérebro fosse blindado. E todo mundo trata a Psiquiatria ou a Psicologia como se fossem coisas para louco, e, na verdade, nós temos que nos preocupar com isso.

    Eu trabalhei muito tempo no serviço público e sempre falei: nós temos que nos preocupar com a sanidade policial. As pessoas se preocupam muito, por exemplo, com a violência policial, mas ninguém se preocupa com a sanidade policial. A pessoa está o dia inteiro trabalhando com o que há de pior, com o esgoto da sociedade, e nós achamos que o sujeito tem o cérebro de ferro. Não tem! A mesma coisa ocorre nas escolas: nós estamos ali, com aqueles alunos em formação, com o cérebro – principalmente dos adolescentes – naquele momento de plasticidade. Então, nós temos que pensar essa reforma como um todo e colocar esses pontos também para discussão.

    Mas, Sr. Presidente, quero falar hoje mais de uma questão paroquial, de uma questão do meu Estado. No dia 19 de setembro, foi divulgada uma abrangente e consistente pesquisa, que é feita anualmente pelo Centro de Liderança Pública, em parceria com a Economist Intelligence Unit e a Consultoria Tendências, com o fito de construir o Ranking de Competitividade dos Estados. Todos os anos, os dados referentes a cada Estado brasileiro são organizados segundo uma metodologia que os agrupa em dez pilares estratégicos para o desenvolvimento nacional, que, por sua vez, são formados a partir do agrupamento de 65 indicadores de abrangência nacional e atualização periódica.

    Por exemplo: o pilar capital humano é composto pelos indicadores custo de mão de obra, qualidade dos trabalhadores, produtividade do trabalho e população economicamente ativa com ensino superior. Já o pilar infraestrutura é composto por 11 indicadores, entre eles: qualidade das rodovias, mobilidade urbana e custo de combustíveis.

    O Ranking de Competitividade dos Estados é uma fonte inestimável de informações para o gestor público, para os diversos órgãos dos governos estaduais e do Governo Federal, pois faz uma espécie de raio X capaz de identificar carências que necessitem da atenção estatal. É também uma valiosa ferramenta para o investidor, o empresário, o industrial, que necessita de informação para tomar decisões acerca de seus empreendimentos.

    Além de tudo isso, é digna de parabéns a forma como a pesquisa é disponibilizada ao público: uma plataforma completamente gratuita na internet, em que o gestor público, o empreendedor, o pesquisador ou mesmo o simples cidadão podem visualizar gráficos interativos, comparar unidades da Federação ou fazer o download do Ranking completo, apresentado em uma planilha do Excel extremamente bem organizada e de fácil manipulação.

    Nossos veementes parabéns, portanto, ao Centro de Liderança Pública, bem como aos seus parceiros Economist Intelligence Unit e Consultoria Tendências, pelo valioso e excelente material que disponibilizam ao público e, em especial, ao gestor público.

    Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ainda falando do Ranking de Competitividade dos Estados, quero expressar minha alegria ao constatar que o meu querido Estado de Mato Grosso melhorou sua classificação, passando da 11ª posição, em 2015, para a 10ª neste ano. E essa melhora de classificação se deu justamente pelo avanço de um setor que considero ser da maior relevância: o da infraestrutura.

    Estávamos em 24º lugar entre as 27 unidades da Federação, em 2015, no pilar infraestrutura. Neste ano, melhoramos dez posições – dez – e ficamos em 14º.

    Dentro do pilar infraestrutura, melhoramos nossa posição nos indicadores "Acesso à Energia Elétrica" (de 17° para 16°), "Custo da Energia Elétrica" (de 24° para 20°), "Custo de Combustíveis" (de 23° para 19°), "Mobilidade Urbana" (de 23° para 15°) e "Qualidade das Rodovias", no qual melhoramos nada menos do que 11 posições, passando de 23° para 12°.

    E aqui eu volto a dizer que o fato de termos melhorado a nossa pontuação no Ranking de Competitividade dos Estados, justamente por um avanço na infraestrutura, é muito significativo, porque, como todos sabemos, a infraestrutura é a base do desenvolvimento socioeconômico. Sem infraestrutura, tudo o mais fica comprometido.

    Sem dúvida, nenhuma dessas melhoras na infraestrutura mato-grossense ocorreu por si mesma. Elas são, antes, mérito do trabalho dedicado do governo estadual, liderado pelo Governador Pedro Taques.

    Muito foi feito nesses quase dois anos do Governo Pedro Taques, e muito ainda o será nos próximos dois anos.

    Um exemplo digno de destaque é a assinatura de uma parceria com a China, no valor de R$20 bilhões, que serão investidos na construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que, posteriormente, será integrada ao projeto da ferrovia Bioceânica.

    A Ferrovia de Integração Centro-Oeste terá mais de 1.600km de extensão e ligará Campinorte, em Goiás, a Vilhena, em Rondônia, passando por Lucas do Rio Verde e Água Boa, em Mato Grosso.

    Essa ferrovia é de crucial importância para o desenvolvimento do nosso Estado, porque facilitará imensamente o escoamento dos produtos produzidos em Mato Grosso. É importante lembrar que Mato Grosso é a unidade da Federação que mais exporta para a China.

    Outra obra de suma importância para a mobilidade urbana do nosso Estado – e, em especial, para Cuiabá – é a retomada das obras do Contorno Norte Cuiabá-Várzea Grande, o Rodoanel, para as quais o Governador Pedro Taques já destinou recursos da ordem de R$97 milhões. Trata-se de uma via estruturante para o trânsito da cidade, com 52km de extensão. Reduzirá em muito o número de caminhões em avenidas importantes.

    Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como Senador pelo Mato Grosso, estou pessoalmente empenhado na melhoria da infraestrutura do meu Estado. Tenho acompanhado diuturnamente todos os projetos relevantes para o desenvolvimento de nossa região.

    Recentemente, mandamos boa parte de nossas emendas para o anel viário, para o contorno, ali, em Barra do Garças, cidade que sofre muito, porque todo o trânsito da rodovia passa dentro da cidade e tem uma única ponte que liga, ali, Aragarças (GO) ao Mato Grosso.

    Também fiz, nessa semana que passou, uma reunião com o Ministro Eliseu Padilha, para mostrar a importância da rodovia BR-242, ligando com a TO-500, e que, se forem feitos apenas 90km, ali na Ilha do Bananal, nós teremos uma rodovia praticamente bioceânica, porque a BR-242 sai da Bahia, atravessa todo o Mato Grosso e, dali, pode ir até o Pacífico. Mas ocorre que temos entraves indígenas, por causa da Ilha do Bananal. Solicitamos ao Governo, e o Ministro Eliseu Padilha se comprometeu-se a resolver os gargalos de ordem ambiental e de ordem indígena, para que, em breve, possamos ter a rodovia.

    Vale lembrar que, nessa rodovia, Senador Lasier, que custa em torno de um bilhão e pouco, o Estado brasileiro não vai gastar um centavo, porque já existem vários empresários interessados na concessão dessa BR. Portanto, é uma obra de suma importância não só para o Tocantins, para o Mato Grosso, mas para todo o Brasil.

    Congratulo-me com o Governo do Estado e com o povo mato-grossense pelo avanço que obtivemos, no último ano, no que diz respeito às obras de infraestrutura. Digo isso, Senador Lasier, porque – e nos causa uma boa inveja do seu Estado, pois ele tem uma estrutura já consolidada – o Mato Grosso, em que pese ele ser o maior exportador do Brasil, o maior produtor de grãos, o maior produtor de carnes, enfim, um player na economia de produção de commodities, infelizmente, no escoamento, ele é precário, devido às poucas rodovias, devido à pouca infraestrutura.

    O que nós estamos tentando melhorar é um desafio do Estado, porque é um Estado gigantesco. Dentro de Mato Grosso, cabem quase dez países do tamanho de Portugal, cabem quase duas Franças. Por aí se vê a dificuldade de se dotar um Estado desse de toda a infraestrutura. Por isso, Senador Lasier, o nosso desafio, por enquanto, ainda é a infraestrutura entre os muitos serviços públicos.

    Faço votos de que o Governador Pedro Taques siga levando desenvolvimento para a nossa terra. De minha parte, estarei envidando todos os esforços e todo o meu tempo para que a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico da população do Mato Grosso sejam cada vez maiores, principalmente neste momento de dificuldade econômica pelo que o País passa. Nós estamos reconstruindo este País, depois dessa hecatombe que foram esses últimos 13 anos, em que o nosso País foi destruído.

    Muito obrigado, Senador Lasier.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/10/2016 - Página 19