Discurso durante a 146ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Solidariedade ao Senador Cristovam Buarque, em razão de agressões sofridas por sua oposição política.

Pedido de votação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 8, de 2016, que abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Educação e de Operações Oficiais de Créditos, crédito suplementar no valor de R$ 1.103.400.627,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária Vigente (recursos financeiros para o FIES).

Autor
Rose de Freitas (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Rosilda de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA:
  • Solidariedade ao Senador Cristovam Buarque, em razão de agressões sofridas por sua oposição política.
CONGRESSO NACIONAL:
  • Pedido de votação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 8, de 2016, que abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Educação e de Operações Oficiais de Créditos, crédito suplementar no valor de R$ 1.103.400.627,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária Vigente (recursos financeiros para o FIES).
Publicação
Publicação no DSF de 05/10/2016 - Página 50
Assuntos
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Outros > CONGRESSO NACIONAL
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, CRISTOVAM BUARQUE, SENADOR, OFENSA, DESRESPEITO, FAMILIA, MOTIVO, AGRESSÃO, OPOSIÇÃO, POLITICA, ELOGIO, VIDA PUBLICA.
  • PEDIDO, REALIZAÇÃO, SESSÃO CONJUNTA, CONGRESSO NACIONAL, OBJETIVO, VOTAÇÃO, PROJETO DE LEI DO CONGRESSO NACIONAL (PLN), ASSUNTO, LIBERAÇÃO, CREDITO SUPLEMENTAR, RECURSOS, FUNDO DE FINANCIAMENTO AO ESTUDANTE DE ENSINO SUPERIOR (FIES).

    A SRª ROSE DE FREITAS (PMDB - ES. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, antes de mais nada, me foi permitido falar em nome da Bancada do PMDB sobre esse fato, especificamente, que constrange a todos.

    Acho, Senador Cristovam, que as pessoas não queriam mesmo que o senhor visse, queriam que outras pessoas que o senhor ama tanto vissem a mediocridade desse papel espalhado pelas ruas.

    A intolerância chegou ao nível que estamos vivendo e vendo aqui, e é preciso reagir a ela. Não é só dizer que estamos aqui prestando uma solidariedade ao nosso companheiro, é dizer que temos que ter instrumento para que essas pessoas, no anonimato, não se escondam do comportamento hediondo, que não têm coragem de subscrever para mostrar a sua feição, mostrar a sua cara covarde, a sua cara que envergonha um País inteiro.

    Quero dizer a V. Exª que receba de todos nós o carinho, mas temos que ter uma reação. Esta Casa tarda demais a reagir às coisas que acontecem. "O seu vô é um golpista!" Não era para o senhor, é para as crianças que, muitas vezes, chegariam em casa e perguntariam: "Vô, o que quer dizer isso?" Quer dizer, atingindo o seu coração. Não atinge a sua posição política, não discute a sua posição política, quer atingir o seu afeto, o seu amor, o seu ser humano com sensibilidade.

    Portanto, esta Casa tem também que responder não é só com a solidariedade, tem que responder com atitudes, para que coisas como essa não fiquem mais impunes pelo Brasil afora.

    Era isto que queria dizer: V. Exª não tem nada a não ser o coração para sentir se suas netas vissem isso, mas essas pessoas que fizeram isso têm muito para sentir vergonha e têm um biombo para se esconder no anonimato. É isso que temos que denunciar ao Brasil inteiro e exigir punição. Punição aberta! A democracia é um jogo franco. Eu digo o que eu penso, V. Exª debate as minhas ideias, eu debato as suas. Vamos para o voto, e quem tiver maioria de votos ganha. Essa é a democracia.

    Isso aí não é democracia. É uma vergonha lastimável que existam seres humanos capazes de querer ferir o seu coração, a sua família e os seus afetos.

    Era isso o que eu queria dizer. Tem, da minha parte, o meu abraço carinhoso, e vamos pensar juntos quais são as ações que nós podemos ter.

    Sr. Presidente, eu gostaria - perdoe-me um minuto - de dizer a V. Exª que tomei conhecimento, como Líder do Governo no Congresso Nacional, de que foi convocada uma sessão extraordinária para votar uma pauta na Câmara sobre o Supersimples e o pré-sal.

    Quero dizer a V. Exª que não é um apelo que faço, porque não precisa mais ser feito. Não podemos. Temos de nos sentar em uma mesa rapidamente e conversar, porque o Fies precisa ser votado. Não foi votado, na vez passada, por causa de uma pauta que montaram - não sei em que sala, com quais pessoas - com a anistia do caixa dois. Vergonha nacional!

    Empurraram para depois a votação da LDO, com um único artigo, um único destaque para ser votado, e o Presidente precisando sancionar a LDO. Empurraram o Fies: 2 milhões de alunos esperando! Por que é mais importante se tratar de anistia de caixa dois? Será que este País...

    Tomara! Tomara que o resultado das eleições no País inteiro tenha mostrado que o caminho que esta Casa segue, em determinados momentos, não com todos, não atende aos anseios da Nação.

    Então, queria dizer a V. Exª, que está aqui. Sei do pensamento do Presidente Renan, que está ansioso para realizar a sessão do Congresso, mas que nós façamos isso hoje. Não há mais como adiar isso, Senador. Não há. As escolas estão sacrificadas, os alunos estão sacrificados, e esta Casa aqui e a outra Casa também, as duas, que devem juntar-se daqui a pouco, são os lídimos representantes do povo brasileiro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/10/2016 - Página 50