Discurso durante a 146ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Solidariedade ao Senador Cristovam Buarque, em razão de agressões sofridas por sua oposição política.

Autor
Ronaldo Caiado (DEM - Democratas/GO)
Nome completo: Ronaldo Ramos Caiado
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA:
  • Solidariedade ao Senador Cristovam Buarque, em razão de agressões sofridas por sua oposição política.
Publicação
Publicação no DSF de 05/10/2016 - Página 52
Assunto
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, CRISTOVAM BUARQUE, SENADOR, OFENSA, FAMILIA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, DENUNCIA, DESRESPEITO, PROFESSOR UNIVERSITARIO, UNIVERSIDADE DE BRASILIA (UNB), PUBLICAÇÃO, MIDIA SOCIAL, AGRESSÃO, OPOSIÇÃO, POLITICA, APOIO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), PEDIDO, RESPEITO, DEMOCRACIA, PAIS.

    O SR. EDUARDO BRAGA (PMDB - AM. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente e Srs. Senadores, primeiro, mais uma vez, quero me manifestar contra todo e qualquer tipo de violência. Acho que temos que repudiar toda e qualquer forma de violência, todo e qualquer tipo de violência, seja contra os Senadores, as mulheres, as crianças, as pessoas, os homens, os jovens, enfim, toda e qualquer violência.

    Segundo, quero dizer, mais uma vez, que esta intolerância que tem tomado conta do ambiente do debate político não constrói a nossa democracia; muito pelo contrário, destrói algo pelo que nós lutamos tanto, pelo que a nossa geração lutou tanto, para que nós pudéssemos restabelecer a liberdade de expressão neste País, para que pudéssemos restabelecer a liberdade democrática neste País. Mas existe um princípio básico da democracia, que é respeitar o direito do próximo.

    Eu quero aqui prestar a minha solidariedade ao Senador Cristovam Buarque e, em nome do Senador Cristovam Buarque, prestar a minha solidariedade a todos os Senadores que foram vítimas de intolerância e de violência.

    Quero dizer ao meu querido Senador Cristovam Buarque, que é nosso amigo, nosso companheiro aqui, nesta Casa - e, antes disso, tivemos sempre uma relação amistosa, como um grande educador que é -, que esta é mais uma oportunidade para nós mostrarmos aos brasileiros e às futuras gerações de brasileiros que a democracia é o melhor de todos os sistemas, mas ele precisa ser feito com respeito, com intolerância a qualquer tipo de violência e intolerância a qualquer tipo de reação radical, como nós temos visto, absolutamente raivosa, que não estabelece o debate político, e, sim, a ofensa dos pobres em argumento. Apenas quem é pobre em argumento, quem é pobre no conteúdo das suas argumentações é que parte para esse tipo de violência descabida, desproporcional a que nós temos assistido ultimamente.

    Portanto, mais uma vez, a minha solidariedade ao companheiro Cristovam Buarque e a todas e a todos os Senadores vítimas dessa violência e o meu respeito à democracia e ao direito do próximo, Sr. Presidente.

    O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO. Sem revisão do orador.) - Presidente, o objetivo é me solidarizar com o Senador Cristovam e dizer do respeito que esta Casa tem, como o Brasil todo, pela sua trajetória de vida como um educador.

    Além do mais, aquilo a que eu assisto, durante todos esses anos em que estou no Parlamento, é sempre a independência moral e intelectual do Prof. Cristovam Buarque em poder contestar, poder concordar ou discordar aqui, no plenário, várias matérias, sempre com o total respeito nosso e sempre produzindo aqui um bom debate, com conteúdo e com conhecimento.

    Agora, eu quero dizer a V. Exª que me preocupa, sobremaneira, essa campanha que tem sido feita no sentido de querer atingir a classe política, até porque nós temos que estar preparados para isso e, ao mesmo tempo, capazes de mostrar que o jogo se ganha com conteúdo, com argumentos, com preparo de gestão, com responsabilidade, com ética, com honestidade, e não da maneira como estão exatamente se posicionando nesta hora.

    Além disso, essa barbaridade que praticaram rotulando o Senador Cristovam como sendo aí o representante e como vovô, no sentido de denegrir a imagem e constranger seus familiares, principalmente seus netos. Acho que isso tem que ter a repulsa de todos nós. Ninguém aqui admite, mas nós pelo menos estamos preparados para esses embates. Agora, filhos, netos, esposas, é algo... Qualquer familiar nosso ser envolvido nesse processo, Sr. Presidente, é realmente inadmissível, inaceitável.

    Eu quero concluir dizendo a V. Exª que hoje, por exemplo, há uma matéria publicada - é um assunto grave - por um professor da Universidade de Brasília (UnB), em que ele diz, no seu Facebook, Prof. Marcos Bagno: "Depois, quando eu digo que o Brasil só vai se resolver no tiro e na ponta da faca, as pessoas ficam indignadas e o Facebook me bloqueia. Mas como salvar a gente de monstros com ACM Neto, Dória et caterva? Só degolando, decapitando, defenestrando." Isso está exatamente na página do professor do PT, da Unb, Marcos Bagno.

    Então, Sr. Presidente, o que se está criando neste momento... Ao não ganharem as eleições, ao não terem como manter a estrutura que disseminaram, de tanta corrupção, assalto à estrutura de Governo, uso da máquina pública, partem para um lado que, indiscutivelmente, é preocupante. E qual é a vítima maior? É a democracia brasileira! Porque, a partir daí, quando um professor universitário da UnB, como outros que não se identificaram, é capaz de fazer com a família do Senador Cristovam Buarque e é capaz, ao mesmo tempo, de propor o assassinato, a degola de outros políticos que não comungam com os seus ideais, você vê a que ponto nós chegamos. Ou seja, é a tese realmente bolivariana, é a tese do Maduro sendo implantada aqui no Brasil e sendo alavancada pelo PT. É preocupante.

    Faço aqui referência a essa postagem feita no Facebook por esse professor da UnB. E medidas deverão ser tomadas por nós, como acredito que por outros também.

    Muito obrigado, Sr. Presidente. Era o que eu tinha a dizer neste momento de muito constrangimento. Até porque seria o momento de estarmos discutindo outras matérias relevantes para o País, que se encontra na crise, e não esse quadro de barbaridade e de total desrespeito aos cidadãos que são oposição ao PT no Brasil.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/10/2016 - Página 52