Discurso durante a 146ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Sobre a mensagem (SF) nº83, de 2016.

Autor
Roberto Muniz (PP - Progressistas/BA)
Nome completo: Roberto de Oliveira Muniz
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Outros:
  • Sobre a mensagem (SF) nº83, de 2016.
Publicação
Publicação no DSF de 05/10/2016 - Página 54
Assunto
Outros
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, CRISTOVAM BUARQUE, SENADOR, OFENSA, DESRESPEITO, FAMILIA, MOTIVO, AGRESSÃO, OPOSIÇÃO, POLITICA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, DEFESA, EDUCAÇÃO, PEDIDO, RESPEITO, DEMOCRACIA, PAIS.

    O SR. ROBERTO MUNIZ (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - BA. Sem revisão do orador.) - Será rápido, Sr. Presidente.

    Eu só queria dizer ao Senador Cristovam, ao amigo por quem tenho uma admiração profunda: não fique constrangido, porque isso denota que a sua luta, cada ano, cada década que você entregou na luta pela educação, esse tempo ainda não passou.

    É claro que alguém que tem uma educação completa não usaria um artifício desse para atacar alguém. A covardia se agiganta nas sombras. A covardia só se apresenta através do uso da manipulação de pessoas que não têm a capacidade de fazer um enfrentamento pessoal.

    Então, é óbvio que toda a sua história e a sua trajetória têm, neste instante, aqui, não uma solidariedade, por não ser necessário, mas simplesmente um estímulo. Continue a lutar pela educação, porque isso é fruto daquela conversa que já tivemos sobre a desagregação social por que o Brasil está passando. E essa desagregação social não é só coletiva, é uma desagregação que está sendo implementada no caráter da pessoa.

    Muitos brasileiros - e aí fico constrangido como brasileiro - estão usando essas sombras, a internet, esses panfletos apócrifos para fazer ataque à honra das pessoas e da família brasileira.

    Então, quero deixar aqui não a minha solidariedade, mas um profundo incentivo para que o senhor continue essa luta, que continue timoneiro, porque muitos brasileiros - milhares, centenas, que eu conheço, e milhões de brasileiros - acreditam nas suas palavras.

    E esse Brasil que o seu senhor sonhou, infelizmente, ainda não está implementado, ele não alcançou a todos. Um Brasil que inclui a pessoa através da educação; que possibilita uma relação de alto nível através de um bom nível cultural, para que nós possamos ter de volta algo que não conseguimos alcançar, que é a educação, mas que nós também não podemos perder, que é a cordialidade, como disse o nosso Senador Agripino.

    Então, eu não quero deixar simplesmente a minha solidariedade, mas quero dizer que estou ao seu lado nessa luta pela inclusão através da educação. Eu tenho a convicção de que essas pessoas que fizeram esse cartaz ou muitos cartazes apócrifos ou muitas colocações dentro dos meios digitais se escondem através de codinomes. Que todas essas pessoas, neste instante, se sintam, sim, constrangidas por não terem coragem de vir a público e colocar, de forma clara, para a sociedade brasileira, o que pensam.

    Não somos contra a posição divergente. Não somos contra quem diverge da ideia. Mas somos complemente contrários a quem usa de subterfúgios e das sombras para colocar posições que são, muitas vezes, pequenas e pessoais.

    Então, quero aqui deixar não a minha solidariedade, mas principalmente o meu incentivo para que o senhor continue a sua luta e que leve à sua neta e à sua família a convicção de que, se um pensa isso, milhões de brasileiros pensam completamente diferente. Eu que tive oportunidade de ser um eleitor de V. Exª quando foi candidato a Presidente da República sinto-me cada vez mais aqui, ao seu lado, no Congresso Nacional e no Senado, representado por um político honesto nas suas convicções. Porque não basta ser honesto nas suas capacidades, nas suas intenções, mas precisamos ser honestos nas convicções. Isso o senhor tem. E tem dado aqui esse exemplo de honestidade como homem público e como alguém que defende com muita força as suas ideias e o seu desejo de fazer esta Nação mais igual e mais justa.

    Então, quero me colocar junto ao senhor nessa luta contra esses covardes que fizeram isso com o senhor ou com qualquer outro brasileiro. Quero deixar claro que a nossa posição aqui... Principalmente, quero deixar a minha posição. O meu constrangimento não é pelo Senador Cristovam; é pelo senhor, pelo cidadão, pelo homem de respeito, pelo pai de família que o senhor é. Tanto o senhor quanto qualquer outro brasileiro que sofra qualquer tipo de ataque através de meios e subterfúgios que não gerem uma relação de diálogo e de respeito.

    Então, quero registrar essa minha posição, Presidente, porque espero que este momento de divergência tão profunda que estamos vivendo no País não desague nessa desagregação social, que pode ser muito cara às famílias brasileiras. Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/10/2016 - Página 54