Pronunciamento de Magno Malta em 19/10/2016
Pela ordem durante a 154ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Apelo pela não diplomação ao Prefeito eleito em Marilândia (ES), devido à compra de votos no dia de eleição.
Crítica ao Supremo Tribunal Federal, devido ao julgamento tardio do Deputado Silas Câmara, com o intuito de desmoralizar seu apoio ao candidato a Prefeito de Manaus (AM), Marcelo Ramos.
- Autor
- Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
- Nome completo: Magno Pereira Malta
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
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ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
- Apelo pela não diplomação ao Prefeito eleito em Marilândia (ES), devido à compra de votos no dia de eleição.
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ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
- Crítica ao Supremo Tribunal Federal, devido ao julgamento tardio do Deputado Silas Câmara, com o intuito de desmoralizar seu apoio ao candidato a Prefeito de Manaus (AM), Marcelo Ramos.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/10/2016 - Página 82
- Assunto
- Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
- Indexação
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- SOLICITAÇÃO, JUDICIARIO, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), IMPEDIMENTO, DIPLOMAÇÃO, CANDIDATO ELEITO, PREFEITO, MUNICIPIO, MARILANDIA (ES).
- CRITICA, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), MOTIVO, JULGAMENTO, SILAS CAMARA, DEPUTADO FEDERAL, OBJETIVO, RETIRADA, LEGITIMAÇÃO, APOIO, CANDIDATO, PARTIDO POLITICO, ESTADO DO PARANA (PR), PREFEITO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM).
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É só para fazer dois registros. Infelizmente, no processo eleitoral, é uma coisa muito triste, o "degladeio". As ruas mandaram uma lição, mandaram um alerta, e alguns não entenderam. Num processo eleitoral, quando você tem que falar de proposta e deixar o eleitor livre para esse entendimento, tem o vale-tudo.
Para você ter uma ideia, num Município, Senador Hélio José, do meu Estado, chamado Marilândia – um Município bom, de um povo trabalhador, um Município pequeno –, o candidato do meu Partido, chamado Gutinho, menino muito novo – o Gutinho até combina, é pequenininho e é novo –, um menino cheio de sonhos, se candidatou a prefeito. E o seu adversário, Geder Camata, que é primo ou sobrinho do ex-Senador Gerson Camata, foi preso no dia da eleição – o prefeito. O prefeito, preso no dia da eleição pelo juiz da cidade, pelo delegado. Eles fazem aquelas camisas, porque dizem que a camisa pode, para quem está trabalhando. Eles apreenderam 1,5 mil camisas do mesmo modelo que o prefeito estava usando e, em cada camisa, havia R$50. Na hora em que ele foi preso, o prefeito... Eu tenho aqui no meu telefone as fotos, os vídeos, se tivesse tempo até colocaria no datashow, para o povo ver que coisa descarada, que coisa criminosa – ele na rua trocando a camisa, mandando a pessoa tirar a camisa e dando a outra camisa com dinheiro dentro. E quando as pessoas viram o prefeito sendo preso, aquelas que já tinham recebido, Senador Paulo Paim, foram para a delegacia entregar a camisa e os R$50, com medo de serem presas também.
Eu espero que o Judiciário do meu Estado dê uma lição no julgamento, não permitindo a diplomação desse prefeito com um ato criminoso, visível, debaixo da luz do dia, tão descarado como esse. O Judiciário tem de dar uma decisão exemplar. Decisão exemplar, porque nós estamos na era da internet e isso tem que ficar para o Brasil inteiro. No meio da rua, dando dinheiro às pessoas, comprando a camisa das pessoas para vestirem uma outra camisa. Então, eu espero que o Judiciário do meu Estado... Confio no juiz do Tribunal Eleitoral que tem a causa, que certamente já ouviu o seu colega juiz da cidade, que autorizou a prisão do prefeito, o delegado que fez. Espero que nós do Estado do Espírito Santo não passemos ou não soframos essa vergonha pública para o Brasil na era da internet – digo se não houver uma decisão exemplar. Então, sobre esse comportamento inadequado, covarde e criminoso, espero que os juízes do Tribunal Eleitoral tenham uma posição.
Faço um outro registro, só para mostrar a V. Exª como vale tudo na eleição. Ali em Manaus, onde a eleição está acirrada, o candidato de um lado é do meu Partido, o 22, e o outro é um ex-colega nosso, o Senador Arthur Virgílio. Aí, o Deputado Silas Câmara, do PRB, disputa a eleição, não vai ao 2º turno, tem quase 130 mil votos e vai apoiar o 22. De repente, por obra e graça, uma decisão do além, uma coisa de Steven Spielberg, o Supremo julga uma ação que existia contra ele lá, já arquivada porque caducou. O Supremo julgou e no final sabe qual foi a sentença? Julgou e mandou arquivar, porque havia sido vencida. Como é que pode, essas coisas? A tentativa de desmoralizar as pessoas publicamente, porque é o vale-tudo para se ganhar a eleição... É o vale-tudo pelo poder. Essas coisas, essas decisões certamente envergonham muito.
Mas depois do que eu vi Lewandowski fazer aí dessa cadeira onde está o senhor... Depois de uma questão de ordem do Randolfe, ele já tinha quatro páginas na mão para responder ao Randolfe; o papel surgiu na mão dele. Ele pode até trabalhar em um filme de Steven Spielberg. Eu posso ver de tudo daqui para frente, até chover para cima.
Obrigado.