Pela ordem durante a 154ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apelo pela não diplomação ao Prefeito eleito em Marilândia (ES), devido à compra de votos no dia de eleição.

Crítica ao Supremo Tribunal Federal, devido ao julgamento tardio do Deputado Silas Câmara, com o intuito de desmoralizar seu apoio ao candidato a Prefeito de Manaus (AM), Marcelo Ramos.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Apelo pela não diplomação ao Prefeito eleito em Marilândia (ES), devido à compra de votos no dia de eleição.
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Crítica ao Supremo Tribunal Federal, devido ao julgamento tardio do Deputado Silas Câmara, com o intuito de desmoralizar seu apoio ao candidato a Prefeito de Manaus (AM), Marcelo Ramos.
Publicação
Publicação no DSF de 20/10/2016 - Página 82
Assunto
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, JUDICIARIO, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), IMPEDIMENTO, DIPLOMAÇÃO, CANDIDATO ELEITO, PREFEITO, MUNICIPIO, MARILANDIA (ES).
  • CRITICA, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), MOTIVO, JULGAMENTO, SILAS CAMARA, DEPUTADO FEDERAL, OBJETIVO, RETIRADA, LEGITIMAÇÃO, APOIO, CANDIDATO, PARTIDO POLITICO, ESTADO DO PARANA (PR), PREFEITO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM).

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É só para fazer dois registros. Infelizmente, no processo eleitoral, é uma coisa muito triste, o "degladeio". As ruas mandaram uma lição, mandaram um alerta, e alguns não entenderam. Num processo eleitoral, quando você tem que falar de proposta e deixar o eleitor livre para esse entendimento, tem o vale-tudo.

    Para você ter uma ideia, num Município, Senador Hélio José, do meu Estado, chamado Marilândia – um Município bom, de um povo trabalhador, um Município pequeno –, o candidato do meu Partido, chamado Gutinho, menino muito novo – o Gutinho até combina, é pequenininho e é novo –, um menino cheio de sonhos, se candidatou a prefeito. E o seu adversário, Geder Camata, que é primo ou sobrinho do ex-Senador Gerson Camata, foi preso no dia da eleição – o prefeito. O prefeito, preso no dia da eleição pelo juiz da cidade, pelo delegado. Eles fazem aquelas camisas, porque dizem que a camisa pode, para quem está trabalhando. Eles apreenderam 1,5 mil camisas do mesmo modelo que o prefeito estava usando e, em cada camisa, havia R$50. Na hora em que ele foi preso, o prefeito... Eu tenho aqui no meu telefone as fotos, os vídeos, se tivesse tempo até colocaria no datashow, para o povo ver que coisa descarada, que coisa criminosa – ele na rua trocando a camisa, mandando a pessoa tirar a camisa e dando a outra camisa com dinheiro dentro. E quando as pessoas viram o prefeito sendo preso, aquelas que já tinham recebido, Senador Paulo Paim, foram para a delegacia entregar a camisa e os R$50, com medo de serem presas também.

    Eu espero que o Judiciário do meu Estado dê uma lição no julgamento, não permitindo a diplomação desse prefeito com um ato criminoso, visível, debaixo da luz do dia, tão descarado como esse. O Judiciário tem de dar uma decisão exemplar. Decisão exemplar, porque nós estamos na era da internet e isso tem que ficar para o Brasil inteiro. No meio da rua, dando dinheiro às pessoas, comprando a camisa das pessoas para vestirem uma outra camisa. Então, eu espero que o Judiciário do meu Estado... Confio no juiz do Tribunal Eleitoral que tem a causa, que certamente já ouviu o seu colega juiz da cidade, que autorizou a prisão do prefeito, o delegado que fez. Espero que nós do Estado do Espírito Santo não passemos ou não soframos essa vergonha pública para o Brasil na era da internet – digo se não houver uma decisão exemplar. Então, sobre esse comportamento inadequado, covarde e criminoso, espero que os juízes do Tribunal Eleitoral tenham uma posição.

    Faço um outro registro, só para mostrar a V. Exª como vale tudo na eleição. Ali em Manaus, onde a eleição está acirrada, o candidato de um lado é do meu Partido, o 22, e o outro é um ex-colega nosso, o Senador Arthur Virgílio. Aí, o Deputado Silas Câmara, do PRB, disputa a eleição, não vai ao 2º turno, tem quase 130 mil votos e vai apoiar o 22. De repente, por obra e graça, uma decisão do além, uma coisa de Steven Spielberg, o Supremo julga uma ação que existia contra ele lá, já arquivada porque caducou. O Supremo julgou e no final sabe qual foi a sentença? Julgou e mandou arquivar, porque havia sido vencida. Como é que pode, essas coisas? A tentativa de desmoralizar as pessoas publicamente, porque é o vale-tudo para se ganhar a eleição... É o vale-tudo pelo poder. Essas coisas, essas decisões certamente envergonham muito.

    Mas depois do que eu vi Lewandowski fazer aí dessa cadeira onde está o senhor... Depois de uma questão de ordem do Randolfe, ele já tinha quatro páginas na mão para responder ao Randolfe; o papel surgiu na mão dele. Ele pode até trabalhar em um filme de Steven Spielberg. Eu posso ver de tudo daqui para frente, até chover para cima.

    Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/10/2016 - Página 82