Pela Liderança durante a 147ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do transcurso de 28 anos da promulgação da Constituição Federal.

Análise do resultado das eleições municipais de 2016, em especial no Estado de Sergipe.

Autor
Eduardo Amorim (PSC - Partido Social Cristão/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
CONSTITUIÇÃO:
  • Registro do transcurso de 28 anos da promulgação da Constituição Federal.
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Análise do resultado das eleições municipais de 2016, em especial no Estado de Sergipe.
Publicação
Publicação no DSF de 06/10/2016 - Página 21
Assuntos
Outros > CONSTITUIÇÃO
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Indexação
  • REGISTRO, ANIVERSARIO, PROMULGAÇÃO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, RESTABELECIMENTO, DEMOCRACIA, BRASIL, GARANTIA, DIREITOS SOCIAIS, SAUDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA PUBLICA, AUTONOMIA, MINISTERIO PUBLICO, ELOGIO, GRUPO, PROCURADOR DA REPUBLICA, ATUAÇÃO, MUNICIPIO, CURITIBA (PR), ESTADO DO PARANA (PR), HOMENAGEM, VIDA PUBLICA, ULYSSES GUIMARÃES, CRITICA, FALTA, EFICACIA, DIREITO ADQUIRIDO.
  • APREENSÃO, RESULTADO, ELEIÇÃO MUNICIPAL, PAIS, AUMENTO, NUMERO, VOTO EM BRANCO, VOTO NULO, ABSTENÇÃO, ELEITORADO, NECESSIDADE, EFICIENCIA, GESTÃO, ENFASE, ESTADO DE SERGIPE (SE), VITORIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIAL CRISTÃO (PSC), MAIORIA, PREFEITURA MUNICIPAL.

    O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco Moderador/PSC - SE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Senadora Ana Amélia; Senadoras aqui presentes, Senadores aqui presentes, ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, todos que nos acompanham pelas redes sociais.

    Srª Presidente, quero aqui registrar com muito orgulho a presença do Presidente da Fames, a Federação dos Municípios do Estado de Sergipe, o ex-Prefeito de Aquidabã, cidade da região Norte do nosso Estado, e também amigo Marcos da Acauã. Ele veio participar de uma reunião da Confederação Nacional dos Municípios, reunião essa que veio trazer mais uma vez as pretensões, os desejos e as necessidades dos Municípios brasileiros, sobretudo na questão do Pacto Federativo.

    Hoje à tarde eles ainda deverão ter reunião com o Presidente desta Casa, Senador Renan Calheiros, bem como com o Presidente da Câmara dos Deputados.

    Obrigado, Marcos, pela sua presença.

    Srª Presidente, hoje comemoram-se os primeiros 28 anos da promulgação da Constituição Federal de 1988. A nossa Constituição cidadã, fruto do trabalho e da obstinação de tantos brasileiros que lutaram para a restabelecer a democracia em nosso País. É importante observarmos que ela está aí, firme, corajosa, garantindo os destinos do Brasil e de gerações de brasileiros, além de ser a mais longeva Constituição brasileira em tempos de democracia.

    Elaborada por uma assembleia constituinte de 559 Parlamentares, com diversas crenças políticas, ela não só restabeleceu a inviolabilidade de direitos e de liberdades básicas, como também instituiu uma vastidão de preceitos progressistas, como a igualdade de gênero, a criminalização do racismo, a proibição total da tortura e direitos sociais como educação, trabalho e saúde para todos. É indiscutivelmente um dos textos mais completos do mundo, em termos de garantias individuais, o que lhe rendeu o apelido de "Constituição cidadã".

    Ao falar dela, Srª Presidente, lembro-me da pujança de nossas instituições e do quanto o País seguiu firme, desde a sua promulgação, na autonomia que garantiu ao Ministério Público... E, no momento atual, lembro-me dos jovens procuradores de Curitiba, que souberam entender seu alcance e significado em prol da sociedade brasileira.

    Entretanto, faz-se imprescindível dizer o quanto ainda temos que fazer para que a nossa Carta Magna seja, definitivamente, a Constituição cidadã, nas palavras daquele brasileiro que tinha o peito repleto de amor pelo País, Ulysses Guimarães, homem cuja trajetória de significado mal cabe no oceano que lhe serve de morada eterna.

    O Dr. Ulysses Guimarães completaria amanhã, exatamente amanhã, cem anos de vida, e, junto à homenagem que rendo à Constituição brasileira de 1988, quero saudar a memória deste brasileiro ilustre, cuja estirpe tanta falta está fazendo ao Brasil, sobretudo nos dias atuais.

    Srª Presidente, colegas Senadores, como falar da nossa Carta Magna e de Ulysses Guimarães sem nos reportarmos à campanha das Diretas Já e ao retorno do povo às urnas?

    E, por falar em retorno às urnas, o processo eleitoral deste ano, precisamente domingo passado, foi, sem sombra de dúvidas, o termômetro de como a sociedade brasileira está descontente com a classe política. O desgaste era previsível, já que a maioria da população brasileira considera que os políticos não conseguem promover os benefícios e os direitos de que os cidadãos necessitam e que estão claramente colocados na nossa Constituição.

    Infelizmente, ainda convivemos com muitas mazelas, embora tenhamos garantido, na nossa Constituição cidadã, Senadora Ana Amélia, muitos direitos: direito à saúde, direito à educação, direito à segurança pública. Mas direitos, Srª Presidente, cuja efetividade ainda falta em diversos cantos deste País. A dor social atinge milhares, ou melhor, milhões de famílias, e o único caminho, com toda certeza, seria através de uma boa escolha, tendo a política como instrumento.

    Domingo passado confirma o que estamos dizendo há alguns anos: política não é profissão; política é missão, é compromisso com a palavra empenhada, é responsabilidade com a coisa pública - afinal, o bem público é propriedade de todos -, é eficiência na gestão.

    Em Aracaju, capital do meu Estado, Sergipe, o recado foi claro e objetivo: de um universo de 397.228 eleitores, a soma de votos brancos, nulos e abstenções chegou a 139.723. Lá teremos segundo turno e a certeza de que mudanças estruturais profundas precisarão ser realizadas na gestão do Município, com coragem e determinação, pelo nosso próximo prefeito.

    Srª Presidente, é com a certeza da necessidade de mudanças e de renovação que, em Aracaju, eu e o Senador Antônio Carlos Valadares nos unimos e criamos um novo bloco político coeso e compromissado com o futuro não só dos aracajuanos, mas de todos que vivem em nosso Estado. Apresentamos esse novo bloco ao povo sergipano, procuramos dirimir as divergências municipais e partimos para as eleições de 2016.

    Pois bem, colegas Senadores: comemoramos o resultado deste pleito dizendo que, nos 74 Municípios do interior do Estado, conseguimos eleger mais de 45 prefeitos e dezenas de vice-prefeitos, um percentual que representa ou que supera 60% dos Municípios sergipanos. E seguimos na luta para elegermos o prefeito da nossa capital, Aracaju.

    Srª Presidente, é com muita alegria que vimos o PSC, em nosso Estado - e não só o PSC, mas também partidos outros irmanados nesse projeto -, ter um crescimento importante, um crescimento gigante em relação às eleições de 2012. Os meus mais sinceros parabéns aos nossos amigos correligionários e partidários e o desejo de que saibamos conduzir as prefeituras com respeito ao povo e à coisa pública.

    O que vimos em Sergipe, Senadora Lídice, e em todo o País, com o resultado das umas no domingo passado, foi a demonstração clara e inequívoca de que o povo não aprova mais o modelo de governo que vem sendo aplicado e, realmente, exige mudanças. Mudanças, Srª Presidente, no sentido de que a coisa pública merece muito respeito. O gasto público tem que ter, definitivamente, qualidade.

    Entretanto, antes de finalizar, eu gostaria de parabenizar os prefeitos e vereadores eleitos em todo o País, em especial os dos Municípios sergipanos, além de desejar que saibam conduzir as prefeituras e as câmaras de vereadores com respeito ao povo e à coisa pública. Lembrando sempre que política não é missão de ninguém; política é verdadeiramente missão, compromisso, eficiência, transparência e qualidade na gestão.

    Gostaria, pois, de finalizar, lembrando o que afirmou o Presidente da Assembleia Nacional Constituinte, o então Deputado Ulysses Guimarães, quando da promulgação da Constituição cidadã de 1988. Abro aspas: "A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é também traidor da Pátria." Fecho aspas.

    Muito obrigado, Srª Presidente.

    A SRª PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS) - Cumprimento o Senador Eduardo Amorim pela manifestação. De fato, foi uma manifestação democrática...

(Soa a campainha.)

    A SRª PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS) - ... e muitos partidos, como V. Exª mencionou - no seu caso, o PSC, Líder aqui no Senado -, saíram-se muito bem nesse empenho de tornar a política melhor.

    Parabéns, Senador.

    O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco Moderador/PSC - SE) - Obrigado, Srª Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/10/2016 - Página 21