Pela ordem durante a 158ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Apresentação do Requerimento nº 784, de 2016, solicitando, nos termos dos arts. 218 e 221 do Regimento Interno do Senado Federal, a inserção em ata de voto de pesar à família do atleta e político carioca Carlos Alberto Torres, falecido no dia 25 de outubro de 2016.

Autor
Marcelo Crivella (PRB - REPUBLICANOS/RJ)
Nome completo: Marcelo Bezerra Crivella
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Apresentação do Requerimento nº 784, de 2016, solicitando, nos termos dos arts. 218 e 221 do Regimento Interno do Senado Federal, a inserção em ata de voto de pesar à família do atleta e político carioca Carlos Alberto Torres, falecido no dia 25 de outubro de 2016.
Publicação
Publicação no DSF de 26/10/2016 - Página 50
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MORTE, ATLETA PROFISSIONAL, POLITICO, ORIGEM, RIO DE JANEIRO (RJ), ENCAMINHAMENTO, VOTO DE PESAR, APRESENTAÇÃO, PESAMES, FAMILIA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, INSERÇÃO, ATA, HOMENAGEM.

    O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco Moderador/PRB - RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Senador Elmano Férrer. É um prazer enorme estar com V. Exª aqui.

    Sr. Presidente, quero pedir a V. Exª que inclua nos Anais da Casa requerimento em que dei entrada hoje na Mesa do Senado para, nos termos dos art. 218 e 221 do nosso Regimento, fazer inserir em ata o voto de pesar à família do grande atleta e político carioca Carlos Alberto Torres, em razão do seu falecimento, ocorrido na data de hoje, por infarto fulminante.

    Carlos Alberto Torres foi um dos símbolos do clássico futebol brasileiro, eternizado pela conquista do tricampeonato mundial no México em 1970. Um dos maiores jogadores da história em sua posição, ele foi o capitão da Seleção Brasileira que ganhou a Copa do Mundo de 1970 no México, ficando conhecido como o Capitão do Tri. Carlos Alberto também atuou no Fluminense, no Botafogo, no Flamengo, no California Surf, no Santos e no New York Cosmos, atuando nestes dois últimos ao lado do Rei Pelé. Ele era carioca da Vila da Penha. Era citado por muitos cronistas como um dos maiores laterais direitos que o Brasil e o mundo já tiveram. Tinha habilidade, era respeitado pelos companheiros e tinha como uma de suas características principais uma forte personalidade. Pelo Santos, foi pentacampeão paulista em 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973, ano em que conquistou seu último título pelo time da Vila Belmiro. Em 1976, retornou ao Fluminense, onde fez parte do time que ficou conhecido como a máquina tricolor, sendo bicampeão carioca; depois, semifinalista, em 1976, passando pelo Flamengo.

    Presidente, o Carlos Alberto marcou sua história em todos os times em que jogou, com talento, pelo respeito de seus colegas, até mesmo na Seleção Brasileira, onde foi líder e capitão. Em seu primeiro ano como treinador, foi campeão brasileiro pelo Flamengo. Em 1985, foi bicampeão pernambucano pelo Clube Náutico Capibaribe. Foi considerado pela FIFA como um dos maiores e melhores laterais direitos de todos os tempos. Na política, ele era do Partido Democrático Trabalhista, o PDT. Foi vereador de 1989 a 1993, ocupando a vice-presidência e a primeira secretaria da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Em 2008, tentou uma vaga para vice-prefeito da capital fluminense, na chapa de Paulo Ramos. Não se elegeram.

    Carlos Alberto fez sua última aparição no SporTV, onde era comentarista, apenas dois dias antes de sua morte.

    E, ontem, Sr. Presidente, até meia-noite, estive ao lado dele, em uma solenidade, conversando sobre a vida, trocando ideias. Mal sabia eu que seria a última vez que o veria.

    Hoje, no Rio de Janeiro, há em cada lar uma prece, em cada olhar, uma lágrima e, em cada coração, um voto de pesar e saudade por esse ilustre carioca que partiu.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/10/2016 - Página 50