Pela Liderança durante a 165ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas aos boatos inverídicos envolvendo os impactos negativos da Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos.

Autor
José Medeiros (PSD - Partido Social Democrático/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Críticas aos boatos inverídicos envolvendo os impactos negativos da Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos.
Aparteantes
Ana Amélia, Waldemir Moka.
Publicação
Publicação no DSF de 09/11/2016 - Página 38
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • REGISTRO, DEBATE, COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO JUSTIÇA E CIDADANIA, ASSUNTO, PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), LIMITAÇÃO, GASTOS PUBLICOS, ELOGIO, PROPOSTA, OBJETIVO, AJUSTE FISCAL, CRITICA, DIVULGAÇÃO, NOTICIA FALSA, PRETENSÃO, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, EXTINÇÃO, FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS), DECIMO TERCEIRO SALARIO, SAUDE, EDUCAÇÃO.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.

    Sr. Presidente, hoje nós tivemos, na Comissão de Constituição e Justiça, um debate sobre a PEC 55, que tramita aqui no Senado e que tem sido objeto de amplo debate tanto na sociedade quanto aqui. Refere-se a uma nova dinâmica do nosso País de agora em diante na questão fiscal, na questão dos gastos públicos.

    Eu tenho constantemente tratado desse assunto aqui, mas no sentido de desmentir boatos que estão criando a cada dia, dizendo que o Presidente Michel Temer quer acabar com o FGTS, que ele vai acabar com o décimo-terceiro, que ele vai acabar com a saúde, com a educação. Enfim, criam um cenário de Armagedon, de Apocalipse, para aterrorizar as pessoas, para deixar desesperados os mais humildes, os que não têm capacidade de entender esses assuntos tão complexos.

    No meu Estado de Mato Grosso, tenho conversado com muitas pessoas aflitas por causa dessas mentiras contadas diuturnamente. Eu respeito a atividade política, seja ela qual for, respeito a retórica política, mas não respeito pessoas que querem usar de má-fé para enganar os outros.

    Isso é pernicioso, isso vai contra tudo o que pode ser dito como ética na política.

    E pasmem: são justamente esses atores que constantemente brandem a espada da justiça aqui, que cobram muito dos outros. Mas já dizia a Bíblia: "Ai de vós, hipócritas e fariseus". Já na época de Cristo, havia muitos hipócritas, os fariseus, aqueles que gostam de imputar aos outros pesados fardos, mas que não se atrevem nem a tocar com os dedos; aqueles que gostam de cobrar, de apontar o dedo. Eu fico muito desconfiado quando o sujeito gosta de apontar o dedo para os outros Senadores, Presidente João Alberto. Quando se vê muita fé, até me lembro de um filme do saudoso – saudoso não, ele ainda está trabalhando –, do Steve Martin, chamado Fé Demais Não Cheira Bem.

    Essa turma que está batendo aí contra a PEC teve, Senador Moka, 13 anos – 13 anos! – de oportunidade para consertar tudo, para fazer essa taxação do andar de cima, para taxar dividendos. Tiveram toda a oportunidade do mundo, mas voltaram a fazer o que sempre fizeram melhor: falar mal dos outros. Isso me faz lembrar também daquela parábola, a porca lavada volta ao chiqueiro. Esse tem sido o comportamento. Ninguém presta mais neste País se não for dos partidos alinhados com o entendimento deles. Sobre todos nós, é como se fôssemos entreguistas, golpistas, fascistas, essas inflamações todas, todos esses "istas" possíveis. Você passa nos aeroportos e estão os papagaios constantemente gritando todos esses impropérios.

    Mas por que falo isso? Porque são teleguiados aqui da tribuna.

    E concedo o aparte ao Senador Moka.

    O Sr. Waldemir Moka (PMDB - MS) – Senador José Medeiros, aí está faltando um pouco de autocrítica, porque os resultados das últimas eleições municipais deixaram isso muito claro para o País inteiro. Então, isso para mim é uma retórica. É evidente hoje...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Waldemir Moka (PMDB - MS) – Lá, um dos palestrantes era militante e disse que nós estávamos rasgando a Constituição. Aí, a Senadora Ana Amélia, mui apropriadamente, disse que ele tinha que rasgar o diploma dele de economista, porque o Ministro Fux...

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Barroso.

    A Srª Ana Amélia (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS. Fora do microfone.) – Roberto Barroso.

    O Sr. Waldemir Moka (PMDB - MS) – ... Roberto Barroso disse, ao não conceder aquela liminar, que é mais do que legítima essa limitação e essa alteração proposta por essa PEC.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Waldemir Moka (PMDB - MS) – Portanto, eu acho que essa discussão é a retórica daqueles que perderam aqui, perderam nas urnas e estão aí meio desnorteados. Perderam o rumo, na verdade, não é, Senador?

(Soa a campainha.)

    O Sr. Waldemir Moka (PMDB - MS) – E é claro que esse discurso vai continuar até que a gente vote aqui a PEC 241, todas as matérias do ajuste, ajuste necessário. Ninguém está votando isso alegremente aqui, porque realmente são medidas impopulares, porém necessárias e que precisam ser votadas.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Eu agradeço o aparte, Senador Moka. Por falar em militante – já indo para o final, Sr. Presidente –, eles estão apregoando que a Consultoria do Senado disse que essa PEC é inconstitucional. Eu quero rememorar o que eu disse ontem e dizer a todos que o parecer desse consultor do Senado tem de ser entendido como uma opinião que vem através do viés político, porque ele era um dos que ficavam naquele Salão Verde gritando "fascistas não passarão". Respeito a opinião política dele, assim como respeito a...

(Interrupção do som.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – ... quer dizer que essa é a opinião da Consultoria do Senado Federal. Ela tem de ser entendida de acordo com o caldo e o contexto político ao qual pertence esse consultor; não pode ser tomada para se sair por aí dizendo que a PEC é inconstitucional porque a Consultoria do Senado diz, assim como aquele parecer da ONU era de um dos membros da ONU, não podendo ser tomado como sendo da ONU em si.

    No mais, muito obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância.

    Não tenho dúvida de que vamos avançar e, em breve, ter uma saída para o País.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/11/2016 - Página 38