Discurso durante a 183ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Críticas aos governos do PT e aos opositores do governo do Presidente Michel Temer.

Registro da inauguração de trecho da rodovia BR-364, no município de Jaciara, entre Rondonópolis e Cuiabá.

Pedido de ajuda aos alunos do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, que sofrem com a falta de estrutura para concluirem seus estudos.

Autor
José Medeiros (PSD - Partido Social Democrático/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Críticas aos governos do PT e aos opositores do governo do Presidente Michel Temer.
TRANSPORTE:
  • Registro da inauguração de trecho da rodovia BR-364, no município de Jaciara, entre Rondonópolis e Cuiabá.
EDUCAÇÃO:
  • Pedido de ajuda aos alunos do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, que sofrem com a falta de estrutura para concluirem seus estudos.
Aparteantes
Fátima Bezerra, Lindbergh Farias.
Publicação
Publicação no DSF de 29/11/2016 - Página 32
Assuntos
Outros > GOVERNO FEDERAL
Outros > TRANSPORTE
Outros > EDUCAÇÃO
Indexação
  • CRITICA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), OPOSIÇÃO, GOVERNO FEDERAL, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • REGISTRO, INAUGURAÇÃO, TRECHO, RODOVIA, LOCAL, MUNICIPIO, JACIARA (MT), LIGAÇÃO, RONDONOPOLIS (MT), CUIABA (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
  • SOLICITAÇÃO, AUXILIO, RECURSOS FINANCEIROS, OBJETIVO, DESTINAÇÃO, MELHORIA, INFRAESTRUTURA, CAMPUS UNIVERSITARIO, MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT).

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, todos que nos acompanham pela TV Senado, pela Rádio Senado e pelas redes sociais, hoje, eu vi uma série de ataques ao Governo e praticamente é isso que se tem repetido nos últimos dias. São ataques simplesmente. Os termos são: fascistas, golpistas, usurpador.

    É um discurso que apequena este Senado e que, o tempo inteiro, simplesmente quer desconstruir, destruir. A todo momento, falam, até com muito prazer, que o Governo acabou e que o Brasil não tem saída. É um discurso do caos, o discurso do terrorismo, é o discurso de dizer que os direitos dos trabalhadores vão se acabar, que o SUS vai se acabar, que a educação está se acabando. Enfim, o Senador Lindbergh, a Senadora Fátima Bezerra, a Senadora Gleisi Hoffmann e a Senadora Vanessa têm aqui trazido o discurso do caos todos os dias, todas as vezes que sobem à tribuna. Isso é um desserviço ao Brasil, porque, na maioria das vezes, trazem mentiras, mentem, todo o tempo, ao povo brasileiro, enganando pessoas que estão nos seus afazeres e não têm tempo de estar acompanhando a política. E aí vêm aqui dizer que o ajuste fiscal vai retirar direitos dos trabalhadores e só vai pegar o andar de baixo.

    Essa PEC – é bom que se saiba – não é uma PEC perfeita. Essa PEC, para que o Brasil possa ficar em regime – vamos dizer assim – de tranquilidade econômica, tem que ser acompanhada de outras reformas, porque essa PEC simplesmente diz: nós não vamos gastar mais do que arrecadamos. Daí, nós precisamos fazer reformas como a tributária, reformas urgentes, para gerar emprego, para que a economia volte a crescer. Essa PEC não influi nisso, ela simplesmente dá um estado de confiança, mas são necessárias outras reformas no Pacto Federativo, na questão dos entes federativos.

    Essas pessoas não querem mudança, o que está em jogo aqui é a política e a pequena política, a pequena política do poder pelo poder, tanto é que vieram hoje aqui falar de corrupção, do combate à corrupção e de ética. E eu pergunto: que moral têm essas pessoas que acabaram de ser depostas do governo para virem falar de corrupção ou de qualquer coisa? Querem travar aqui o debate do sujo falando do mal-lavado, querem travar o debate "eu roubei, mas você também roubou". Isso não acrescenta em nada ao povo brasileiro. O que nós precisamos é de saída.

    Agora, eu sempre tenho dito aqui: "Vou fazer o contraponto. Para cada mentira que essas pessoas vierem contar, eu vou contar algumas verdades para contrapor."

    Uma delas: tentam santificar a ex-Presidente que perdeu o cargo. "Olha, foi uma Presidente que perdeu o cargo, foi retirada através de um golpe, e com essa Presidente nada tinha acontecido". Foi provado o crime. Eu sempre disse que, nesse impeachment, tinha um bicho na sala que miava, bebia leite, comia rato. Todo mundo dizia que era gato, mas eles o tempo inteiro diziam: "Não, esse bicho é cachorro". Ficou comprovado. O Senador Antonio Anastasia provou por A mais B: mostrou quais decretos tiveram impacto; mostrou que a Presidente não reunia as condições para editar aqueles decretos naquele momento em que os editou, mas simplesmente negaram. Negativa geral, sem conseguir derrubar os fundamentos da acusação.

    Também dizem que a Presidente nada sabia a respeito de tudo o que aconteceu. E aqui eu digo: eu não sou daqueles que gostam de apontar dedo, mas tenho que rememorar os fatos, porque se está colocando aqui como se fosse um governo santo que saiu e, daqui para a frente, a bandalheira tivesse baixado sobre o Brasil. Eu me lembro aqui – é bom lembrar – de que a Presidente Dilma ganhou uma eleição só falando sobre a Petrobras – que era necessário proteger a Petrobras, que seus adversários, se ganhassem, iriam vender a Petrobras, e por aí foram os discursos. O que aconteceu com a Petrobras eu não vou rememorar, eu não vou ficar falando o que aconteceu com a Petrobras, mas, entre o que aconteceu com a Petrobras e uma possível venda, o Brasil teria lucrado mais com a venda. Vocês sabem o que aconteceu.

    Depois, ela tentava jogar o problema, quando as coisas bateram ali na porta do Planalto: "Esse problema não é meu, esse problema aqui é do Lula, isso aqui é de fulano, de beltrano. Quem pegou dinheiro para essas campanhas não fui eu". Não viu nada. Bilhões, segundo estão dizendo os delatores, vieram para a campanha. E ela disse: "Eu não sou responsável". É a chamada cegueira voluntária: é como um sujeito que leva uma mala de cocaína, mas, quando ele é pego, ele diz: "Olha, eu não sabia o que tinha aí dentro. Trazendo a mala eu estou, mas me deram a mala e eu estou trazendo". Ele não quer abrir a mala para não saber o que tinha lá, aí acusa todos os outros. Caiu, inclusive, por uma coisa pior. Começou a ruir dentro do seu próprio Partido. E aí vêm os defensores aqui transformá-la numa santa.

    Eu gostaria de não estar falando desse assunto, mas, diante de tanta santidade que apregoaram aqui os Senadores que me antecederam, eu tenho que falar. A IstoÉ, certa vez, em uma matéria, listou sete crimes pelos quais nem nós tratamos no impeachment.

    Um deles foi a obstrução da Justiça.

    Obstrução de Justiça I: a Dilma disse a Lula que enviaria a ele um termo de posse. Quem não se lembra daquela gravação em que ela diz: "Lula, eu estou enviando o Bessias com o documento" que era o termo de posse. E o Lula falou: "Tá bom, querida." Ela falou: "Mas só use se for necessário, viu?" Quando se usa um termo de posse? Você usa um termo de posse para pôr na parede ou no momento em que você o está assinando. Para que você vai ficar com o documento no bolso? Então, ali era obstrução da Justiça I. Na verdade, era assim: "Se a polícia chegar, você assina esse negócio e mostra o termo de posse".

    Obstrução da Justiça II: A Presidente Dilma escalou Delcídio Amaral para articular a nomeação do Ministro Navarro, do STJ, em troca da soltura de presos da investigação policial. Quem disse isso? Delcídio Amaral, que era o Líder dela aqui.

    Obstrução da Justiça III: Aloizio Mercadante foi escalado para tentar convencer Delcídio Amaral a não fechar acordo de delação premiada e chegou a insinuar ajuda financeira. Caso gravíssimo! Caso gravíssimo. Não quero fazer comparação de crimes, mas isso aí era uma coisa que ele tinha que ter sido demitido na hora. Ela fez cara de paisagem, como se fosse coisa menor.

    Obstrução da Justiça IV: Delcídio Amaral afirmou que Dilma costumava dizer que tinha cinco Ministros no Supremo, em uma referência ao lobby do governo nos tribunais superiores para barrar a Lava Jato.

    Aí vem: crime de desobediência. Nomeação de Lula no Diário Oficial, pois, apesar da decisão da Justiça, que tinha proibido, ela nomeou o ex-Presidente para a Casa Civil. Para quê? Com medo de o Presidente ser preso.

    Extorsão. Ameaças para doação de campanha: Ricardo Pessoa, da UTC, afirmou ter pago à campanha presidencial em 2014, porque ele teria sido ameaçado pelo ministro Edinho Silva. E, quando, inclusive, ela foi perguntada, em um outro momento, de um outro pedido, pelo Marcelo Odebrecht, ela falou: "É para pagar".

    E aí depois... Não vou nem falar dos crimes eleitorais e de tudo o mais.

    Por que é que eu estou desfiando esse rosário? Só para rememorar como é que foi a atuação. Não era isso que está se apregoando hoje: "Ah, tiraram uma Presidente!" Nesses crimes todos de que estão acusando o Lula, onde estava a Presidente Dilma? Do lado! Ah, só o Lula que sabe da Pasadena? O Lula nem entendia muito de energia. Quem entendia muito de energia era a Presidente Dilma ou pelo menos dizia muito que entendia. E agora, só o Lula?

    Esse negócio de vir fazer esse debate aqui... Eu queria conclamar os Senadores, que eu sei que vão assistir a este discurso, a fazermos uma pauta positiva: vamos criticar essa PEC, vamos debater e vamos fazer o contraponto, mas esse debate aqui não agrega para o Brasil e muito menos para o Partido dos Trabalhadores, porque, cada vez que vierem falar aqui alguma coisa, eu vou rememorar. Eu vou falar que se está falando aqui, fulano falou isso aqui do Lula, falou isso aqui da Dilma, os ministros, boa parte, estão presos. Porém, isso é um debate pequeno. O povo brasileiro não merece isso.

    E ali parabenizo V. Exª, porque V. Exª geralmente faz um debate grande, um debate sobre ideias, um debate sobre temas que interessam. E aí não importa se V. Exª está contra ou a favor. O importante é o debate. O Senador Paim é contra a terceirização; eu já tenho a tendência de que se aprove a terceirização, de que possamos melhorar e de que possamos ter a terceirização. Nunca brigamos. O Senador Paim está defendendo que essa PEC não seja aprovada; eu estou defendendo que a PEC seja aprovada e que venham mais reformas. Nem por isso, nós precisamos nos agredir. Nesse debate, quando um Senador vem aqui, ele diz muito, ele reverbera, ele é formador de opinião.

    Hoje, eu fui agredido por um rapaz da minha cidade que, no meu Facebook, me acusou de vários crimes. E eu estou sempre preparado para o debate – um debate sem gritaria, sem agressão e, acima de tudo, sem acusações falsas. Já comuniquei à Polícia Legislativa. E ele vai ter que se haver com a Justiça. Eu não vivo apontando o dedo para ninguém, mas procuro manter minhas mãos... Eu não uso nem relógio, Senador Paim, eu tenho dificuldade em usar corrente, relógio. Imagine algema. Então, eu procuro ficar longe de algemas. Eu não vou aceitar, por exemplo, que um sujeito, na ânsia de defender suas teses, venha tentar me desconstruir como pessoa. Não, isso eu não aceito. Então, vai ter que responder na Justiça.

    Dito isso, estávamos ali no debate da Medida Provisória nº 746. É legítimo que as pessoas possam contrapor, mas não é legítimo que Senadores, Parlamentares sejam agredidos. O Ministro de Educação estava ali, era o momento de debater. E aqui lamento, fazendo uma provocação aqui à Senadora Fátima Bezerra, que tem tanto pedido debate, que ela não tenha ido lá hoje, com o Ministro lá – não foram nem ela, nem a Deputada Maria do Rosário. Foi um grupo de arruaceiros, gritar, vaiar. Há poucos dias, eu quase fui agredido na CAE. Nós precisamos mudar o nível do debate! Não é dessa forma: "Ah, eu não gosto de fulano, porque ele é do PCdoB". Não, eu não posso deixar fazer esse tipo de coisa: "Não sei, não conheço".

    Eu tenho tantos amigos no PCdoB, tenho amigos no PSOL. Senador Paim, em Rondonópolis, minha cidade, há um amigo meu desde a época do PT. Ao chegar lá, ele foi me visitar. Conversamos a manhã inteira. Ele discordou, falou da PEC, falou da minha origem, fez todos os argumentos. Conversamos, fomos para a feira lanchar juntos. Ele defendeu uma ideia totalmente oposta à minha, mas essa é a beleza da política. Política se faz desse jeito. "Não, eu não concordo com o Senador Paim e vou agredir, vou riscar o carro dele, vou furar o pneu do carro dele". Isso não é política. Quando eu tento destruir o outro, isso não é democracia.

    Esse pequeno registro é uma conclamação aos Senadores que outrora estavam na base do governo e que eram seus ferrenhos defensores: vamos mudar o debate para outra linha.

    Eu digo como minha vó dizia: "Quem for podre que se quebre; quem tiver problema que responda". Eu vi uma ilação sobre a Advogada-Geral da União, uma ilação infame, extremamente leviana, dizendo que, quando o Presidente da República sugeriu... Uma instância do IPHAN deu uma posição, outra instância deu outra, e cabia ao Ministro definir. O Ministro chegou lá e falou: "Eu não quero me meter com isso". Alguém precisava definir, o Presidente diz: "Então, manda isso para a AGU". Tudo bem, podem discordar disso, mas acusar de antemão que a Advogada-Geral da União, a Drª Grace Mendonça, estava em um conluio já preconcebido?! O negócio nem tinha chegado à mão dela! E é prerrogativa da AGU ver essas coisas. O Ministro não quer decidir, quem vai decidir? O Presidente? Não, não cabe ao Presidente uma coisa pequena dessa. O resto é a polícia, é a Justiça quem vai julgar, mas tem que ter condescendência. Não vamos acusar pessoas que nem estavam na pauta da conversa. Esse discurso não nos ajuda.

    Eu quero também registrar, Presidente, a inauguração, hoje, de um trecho na BR-364, em Jaciara, entre Rondonópolis e Cuiabá. Eu fiquei sabendo em cima da hora e não pude ir, mas o Senador Wellington está lá. Essa é uma conquista, porque nós estávamos muito preocupados com aquela rodovia por onde passa boa parte do tráfego que liga o Sul do País ao Norte.

    Outra preocupação que nós temos é com o fato de o BNDES sinalizar que não vai liberar o empréstimo para a continuação daquela rodovia. Quem está fazendo a rodovia lá é a Odebrecht. Esses dias me perguntaram: "Você está defendendo empréstimo para a Odebrechet?" Eu defendo o Brasil, eu defendo que o Brasil possa ter a sua infraestrutura. Empresas não cometem crimes; pessoas cometem crimes. Assim como partidos não cometem crimes; pessoas cometem crimes. O que eu quero é aquela rodovia pronta. Já pedi uma audiência ao BNDES, para que possamos encontrar uma saída, porque, se não sair o empréstimo, a empresa não vai terminar a obra. As praças de pedágio já estão colocadas, e os mato-grossenses estão pagando pedágio para andar numa pista simples e, às vezes, até esburacada.

    Nós precisamos avançar nesse tema, mas quero aqui comemorar o avanço desses 15km que estão sendo inaugurados. Foi uma luta. Fizemos uma audiência pública há bem pouco tempo sobre o assunto. Essa situação tem nos afligido demais, Senador Paulo Paim, porque milhares de brasileiros têm morrido naquela estrada, assim como morrem, todos os anos, mais de 50 mil pessoas em todo o nosso trânsito.

    Já caminho para o final, Sr. Presidente.

    Também quero falar sobre o curso de Medicina da UFMT de Rondonópolis. Foi uma luta de todos os Senadores viabilizar esse curso de Medicina. Mas o que acontece? O curso de Medicina está sem estrutura, e os prédios precisam ser terminados. O que mais acontece? Muitos alunos estão depressivos, e alunos de outros Estados, por um problema local, não estão conseguindo fazer a contento o curso. O curso de Medicina...

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – V. Exª me concede um aparte daqui a pouco?

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Depois V. Exª vai poder fazer o aparte.

    O que ocorre? Os alunos pediram a ajuda de toda a Bancada mato-grossense para que possa funcionar normalmente o curso de Medicina.

    Pois não, Senador Lindbergh.

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Eu estava na Procuradoria-Geral da República, onde entramos com uma representação contra o Presidente Michel Temer por dois crimes: advocacia administrativa e concussão, porque, de fato, ele agiu para defender o interesse privado do Ministro Geddel. Voltando para cá, ouvi V. Exª no rádio do carro dizendo que ele atuou para dirimir conflitos entre o IPHAN nacional e o IPHAN estadual.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Eu não disse isso.

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Eu escutei.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Não. Vou repetir para V. Exª o que eu disse. Houve uma decisão do IPHAN estadual e uma decisão do IPHAN federal, e cabia ao Ministro decidir. O Ministro disse: "Olha, eu não vou decidir isso aí." Eu falei: "Não cabe ao Presidente ficar entrando nessas questões." A meu ver, ele agiu corretamente: "Então, manda para a AGU."

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Na verdade, o IPHAN é um órgão só. Isso está resolvido por várias pessoas que se pronunciaram de ontem para hoje. O IPHAN é um órgão só. O que vale é a posição do IPHAN nacional, e a posição do IPHAN era contrária. Agora, o próprio Temer, no seu depoimento, disse que entrou para arbitrar conflito entre ministros. Aí é outra história.

    Quais são os Ministros? Ministro Geddel Vieira Lima e Ministro Calero, da Cultura. O que Geddel Vieira Lima, da Secretaria do Governo, tem a ver com empreendimentos imobiliários? Nada, a não ser o fato de ele ter um apartamento ali e de o sobrinho dele e o primo serem os advogados da empresa. Havia interesse comercial. E aí está o crime do Presidente da República, que foi avisado na quarta-feira pelo ex-Ministro Calero. O que ele deveria ter feito? Ter chamado o Ministro Geddel e advertido que ele não poderia estar fazendo aquilo, advocacia administrativa. Ele, em um primeiro momento, se omitiu; depois, mandou o Secretário de Assuntos Jurídicos, Gustavo Rocha, e ele mesmo, dirigindo-se ao Calero, disse: "Olha, política é assim mesmo, tem dessas coisas". Falou que estava criando problemas no seu Governo e pediu, na verdade, que ele tomasse uma decisão, favorecendo, no caso, os interesses particulares do Ministro Geddel. Não dá para os senhores encararem isso aqui como algo normal, não dá. Sinceramente, os senhores, que fizeram tanto discurso, falando de tantas coisas, de ética – foi tanta gente neste País que foi para as ruas de verde e amarelo contra a corrupção –, estão calados. Cadê as panelas? Cadê as panelas que não bateram nesse caso do Geddel e do Michel Temer? É um escândalo, Senador Medeiros! Ele não tem mais condições de continuar como Presidente da República. Tem mais. O senhor ouviu, hoje, as perguntas que Eduardo Cunha fez para o Temer? O Eduardo Cunha colocou o Temer como testemunha. Era ameaça pura, tipo assim: "O senhor esteve em uma reunião com o ex-Diretor da Petrobras, Zelada, no endereço tal, tal, tal? Do que o senhor tratou com ele?" Pelo jeito, Eduardo Cunha estava presente nessas conversas. Então, isso mostra o grau de fragilidade. É esse núcleo palaciano inteiro. Agora, deram golpe para isso, para colocar Geddel, Padilha, Moreira – o outro está preso, Eduardo Cunha? É um Governo menor, pequeno. E a economia mergulhando em uma crise do tamanho do mundo, aumentando o desemprego, aumentando a recessão, e ele não sabe o que fazer! V. Exª assistiu à entrevista coletiva dele; foi patética. Ali, eu vi claramente que não temos governo, estamos à deriva! Estamos à deriva. Encerro dizendo que esta Casa não tem condições de votar aquela PEC 55 aqui, amanhã. Temos de discutir esta crise. E, se ele tivesse o mínimo de respeito pelo País, este Temer renunciaria, e chamaríamos eleições diretas, porque, em uma crise como esta, só um Presidente que venha legitimado pela vontade popular pode oferecer um caminho de superação desta crise.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Senador Lindbergh, com todo respeito a V. Exª, a sua Bancada não tem um pingo de moral para falar disso. Eu já conclamei aqui: não vamos travar esse debate, porque é ruim para vocês. Vocês têm de montar um lugar para chorar pela prisão do Lula agora, no final do ano. O que ele falou foi o seguinte: Lula era o the boss, o chefe. A Presidente Dilma corre o risco de ser presa, acabei de passar aqui. E vocês querem fazer este debate! Vocês fizeram um governo, meu Deus do céu, quebraram a economia...

     

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – V. Exª tem que ler as coisas, V. Exª soube que o Lula, o Moro...

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Depois dou um aparte.

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Está bem.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – V. Exª tem que saber que as subvenções de quase 400 bilhões quebraram o Brasil. E V. Exª diz: "Não, esta economia está estraçalhada!" – como se fosse de agora, dos seis meses. Não é, a Presidente Dilma...

    Já lhe dou um aparte, senão vamos ficar brigando aqui e ninguém vai ouvir.

    Mas, na verdade, é esse negócio: quem falava aqui de corrupção, de ética e de não sei o quê... Eu cresci ouvindo assim: combater a corrupção e melhorar a vida da gente. Concordo com V. Exª. Acabei de dizer aqui, o Senador Paim é testemunha: quem for podre que se quebre. Mas eu não gosto desse debate em que se aponta o dedo. Vocês têm mania de apontar o dedo e não sei como é que vocês têm coragem de falar de corda em casa de enforcado – infelizmente para o Brasil, porque o PT e os seus quadros eram, eu diria, o último pilar que sustentava a esperança do povo brasileiro. Falavam que ali havia um sustentáculo da decência, da ordem, de algumas cláusulas pétreas, como a da aposentadoria e a do trabalho. De repente, essa pilastra desmoronou.

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Existem umas viguinhas de concreto, ainda, na questão da Previdência e do trabalho, que o Senador Paim sustenta; o resto desmoronou todo. Mas vocês não fazem um mea-culpa e querem se salvar fazendo um barulhão danado para os erros alheiros – que devem ser punidos. Por isso é que digo que deveriam se preocupar com esse final de ano, com o armagedon que está vindo aí. Esse armagedon vai acabar com o restinho que havia.

    Concedo um aparte, para V. Exª não dizer que não sou democrático.

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Primeiro quero dizer o seguinte, Senador Medeiros, sobre o Lula: sobre o Lula não se tem uma prova, uma prova sequer; não há um fato concreto. V. Exª sabe que o Moro convocou oito testemunhas de acusação agora esta semana? Sabe o que aconteceu? Em todos os oito casos, ouviram as testemunhas e não houve uma prova sequer. Olhe a fragilidade! Agora, quanto à economia, já são mais de seis meses do Governo Temer. O que os senhores diziam antes? "Tira-se a Dilma e vai melhorar a confiança dos empresários, que vão investir, e a economia vai se recuperar". Nada disso!

     

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – E vai acontecer isso. Vai acontecer, precisamos da confiança...

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – São mais de seis meses.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Precisamos dessas reformas, precisamos dessa PEC. Essa PEC não é perfeita, V. Exª tem razão. Essa PEC sozinha não faz nada. Ela só diz que vai haver um teto. Mas nós precisamos das reformas trabalhista, previdenciária, tributária – precisamos de todas as reformas. Vocês afundaram o País num chamado pacote para poder ter popularidade, e vão 360 para a empresa. Quem tira dinheiro?

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Só para encerrar a minha participação. É impressionante ver as reformas dele para tirar o País disso aqui: é a da Previdência, para acabar com a vinculação do salário mínimo com a aposentadoria; é a trabalhista, para rasgar a CLT. Tudo contra o povo.

     

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – V. Exª já está...

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Não existe uma medida para o andar de cima, nada para os ricos, nada – tributação progressiva, limite de juros, nada! É tudo contra o povo. Agora, V. Exª não pode se omitir numa crise como essa; é uma crise gigantesca. V. Exª sabe que o Temer cometeu crime, que o Geddel cometeu crime, que o Governo está fraco, que esse Governo não se sustenta. Deram um golpe, Senador Paulo Paim, para isso? O Brasil inteiro conhecia Geddel. O ACM, lá atrás, falava do Geddel: "Geddel vai às compras", falando de fazendas que ele comprou. O ACM chamou Eliseu Padilha de "Eliseu Quadrilha". Então, as elites deste País, na verdade, sabiam quem eram os principais interlocutores de Temer. Temer está aqui, aí tem o Eduardo Cunha, que era o principal, Padilha, Geddel e Moreira Franco. É uma vergonha darem um golpe numa mulher honesta como a Presidenta Dilma para colocar isso para governar o País! Além de tudo, há fragilidades: eles não sabem o que fazer do País. Aquela entrevista coletiva – e já falei tanto disso aqui hoje – foi uma das coisas mais patéticas a que assisti na minha vida.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Se isso é uma quadrilha...

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Ele, com aquela cara de velório, acompanhado de Renan e Rodrigo Maia. Não tinham o que falar para o povo. Não soube responder às perguntas minimamente, atrapalhou-se. Ali eu percebi, Senador Paulo Paim, que este barco está à deriva, nós não temos governo, estamos no meio de uma crise política e econômica e vamos entrar em uma crise social violentíssima. É preciso que este Governo acabe. E só uma eleição direta pode constituir outro Presidente da República e dar força a ele,...

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Não peça isso, porque não dá tempo.

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – ... para ele tomar as decisões.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Não dá tempo! Eu sei o que o senhor quer: o senhor quer eleição para candidatar o Lula, mas não dá mais tempo. Antes de dezembro vai ser preso.

    E mais uma – deixe-me falar uma coisa, Senador Lindbergh...

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Senador José Medeiros, conceda-me um aparte.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Já dou. Aqui não há problema.

    Senador Lindbergh, essa possível quadrilha de que o senhor está falando foi escolhida pelo PT! Até ontem era o melhor constitucionalista. O Temer não presta agora porque não está do lado. E o Temer não é culpado, não. Vocês tentaram enxovalhar o Temer naquele momento em que a Presidente caiu, para arrumar um vilão. Porque o raciocínio do PT de poder é o seguinte: tem de haver um vilão para combater. Se não houver um vilão, acaba o discurso do PT; essa que é a grande verdade.

    Agora, eu o conclamo: não vá por esse discurso de acusação, porque o telhado é de vidro. É aquele negócio: a piscina está cheia de ratos, a sua verdade não corresponde aos fatos. É mais ou menos por aí.

    Cito, com o maior prazer... Ela nunca me dá aparte. Eu quero dizer aqui para o povo brasileiro que ela nunca me dá aparte.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Já dei vários apartes a você, Senador José Medeiros!

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – E vou dizer mais: termine logo, porque a Senadora Regina Sousa já está me olhando torto.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Eu também estou inscrita.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Eu tenho um compromisso fora às 18h. Pelo que vi aqui, nem às 20h eu vou falar.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Eu também tenho.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Eu só vou dizer uma coisa para o senhor: ela vai falar 20 minutos.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Eu também estou inscrita, Senador José Medeiros. Eu já dei vários apartes a V. Exª, independentemente, inclusive, de V. Exª atrapalhar muito quando estou na tribuna. Mas aparte eu já lhe concedi vários.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Conclua, Senadora Fátima.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Não. V. Exª vai me dar o aparte ou não vai?

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Eu vou.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Está vendo como o que eu estou falando é verdade?

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – É que a senhora disse que eu sempre atrapalho, então...

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Pois é. Mas eu quero só colocar o seguinte, Senador José Medeiros. Primeiro, não é verdade que foi o PT que trouxe Geddel Vieira, Moreira Franco, Jucá etc.. É só V. Exª lembrar que em 2014 eles lideraram a dissidência do PMDB contra a candidatura da Presidenta Dilma. Primeiro, só para...

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Em 2014.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Sim, sim, agora. Em 2014 eles lideraram a dissidência contra a Presidenta Dilma, nas eleições de 2014. Segundo, aquilo que a gente já disse: o PMDB fazia parte da chapa, o Vice-Presidente foi candidato novamente ao lado da Presidenta Dilma, não para trair a Constituição, rasgar a Constituição, conspirar como ele conspirou, associando-se ao consórcio golpista, que culminou com o afastamento de um mandato presidencial em circunstâncias que envergonharam o Brasil e o mundo – o afastamento de uma Presidenta, sem existência da comprovação de crime de responsabilidade. Isso contou, inclusive, com a participação de V. Exª, o que eu lamento profundamente.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Com muita honra.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Lamento profundamente que V. Exª tenha escolhido passar para a história com o carimbo de golpista, mas há tempo de V. Exª, inclusive, rever essa posição. A história tem muitos capítulos pela frente. Segundo, Senador José Medeiros, quero aqui fazer um apelo – V. Exª é um Senador jovem, dedicado: que V. Exª não se preste a esse papel de passar a mão na cabeça dos mal feitos, até porque um erro não justifica outro erro, de maneira nenhuma. Senador José Medeiros, que tem aqui bradado tanto em defesa da ética, da moral, o que se espera de V. Exª agora...

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Eu até defendo, mas esse discurso não é o meu não.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – ... é que o senhor cobre do Presidente da República, enfim, aquilo que ele não fez, porque, de fato, esse episódio envolvendo o Ministro da Cultura e o Ministro Geddel foi vergonho, vergonhoso. O Presidente da República deveria ter tomado uma atitude enérgica de chegar junto ao Ministro da Cultura e dizer claramente para o Ministro da Cultura que esse assunto está encerrado, porque nós não vamos, de maneira nenhuma, permitir que o Ministro Geddel continue com esse comportamento de querer enquadrar Ministro da Cultura, envolver Casa Civil, envolver Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, envolver inclusive AGU, e para quê?

(Soa a campainha.)

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Para resolver um assunto republicano, de interesse do Estado brasileiro? Pelo contrário, para resolver um assunto de natureza particular dele, infelizmente. Repito – vou concluir –, o que foi que o Presidente da República fez? O Presidente da República passou a mão na cabeça de Geddel, na medida em que, segundo o próprio Ministro da Cultura, tentou enquadrar o Ministro da Cultura, para que ele desse um jeitinho, porque a AGU já estava também dando um jeito de achar uma solução que fosse boa para ambos. Isso é muito ruim, muito ruim, Senador José Medeiros. Este Governo já padece de falta de legitimidade, já padece de popularidade e agora está se derretendo, do ponto de vista ético, do ponto de vista moral. Então, repito, V. Exª, para ser coerente com aquilo que V. Exª prega, a defesa da ética e da moral, não seja conivente com esse episódio, de maneira nenhuma.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Já encerro, Senadora Regina.

    Na verdade, vergonhoso é quando a Venina denunciou – foi quem primeiro descobriu a quadrilha que havia na Petrobras – e foi mandada para Singapura. Ela denuncia a Presidência da Petrobras, que conta para a Presidente. Para onde vai? Para Singapura. Pelo menos, cada Ministro que tem cometido algum deslize o Presidente Michel Temer tem afastado.

    O Mercadante foi pego com a boca na botija e a Presidente Dilma passou a mão na cabeça. Então, Senadora Fátima, em termos de passar a mão na cabeça, não há melhor massagista do que a Presidente Dilma.

    Sobre o ACM, que o Senador Lindbergh disse aqui, ACM, certa vez, disse justamente para essa turma que acaba de sair do governo: "O Brasil desse povo é o dinheiro. Quando falam no Brasil, não estão falando no povo brasileiro".

    Quanto a essa história de defender pobre, olhe, eu sou pobre, minha família é pobre, mas vou lhe falar uma coisa: tudo o que nós conseguimos foi antes da era do PT. Os pobres já existiam e sempre viveram antes do PT.

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Agora, 20 milhões de desempregados é justamente por causa da política econômica do Partido dos Trabalhadores.

    Muito obrigado, Senador Paulo Paim e Senadora Regina.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/11/2016 - Página 32