Discurso durante a 190ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Solidariedade a apresentadora Leda Nagle, pela sua demissão da emissora TV Brasil.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA:
  • Solidariedade a apresentadora Leda Nagle, pela sua demissão da emissora TV Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 09/12/2016 - Página 41
Assunto
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, DEMISSÃO, JORNALISTA, EMISSORA, TELEVISÃO, ELOGIO, VIDA PUBLICA.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Sem revisão do orador.) – E como ele vai lentamente, diminuindo o passo para demorar mais, pela amizade que tem a mim, eu começo a falar.

    Sr. Presidente, eu quero fazer um registro. Eu li hoje pela manhã uma carta da apresentadora Leda Nagle, que é um patrimônio da televisão brasileira, falando da sua demissão da TV Brasil. Eu faço o registro porque Leda Nagle, além de ser uma amiga e um patrimônio da televisão, é uma mulher muito plural e sem preconceito. Por exemplo, eu sofro preconceito porque sou de confissão evangélica. De repente, porque sou negro também e porque não passei pela faculdade. Mas muito mais porque sou de confissão evangélica – olhe, numa Nação eminentemente e majoritariamente cristã.

    E os temas que são afeitos à família, como o aborto, a legalização de drogas – aliás, hoje estou entrando no Supremo evocando que o Ministro Barroso, colocando sob suspeição, porque ontem ele não votou, dizendo que não votou porque ele se colocou sob suspeição, porque já tinha advogado para o Senador Randolfe, do Rede. Ele também advogou para a marcha da maconha. O escritório dele também advogou para as ONGs abortistas. Então ele não pode, como Ministro, tomar posição sobre esses dois temas que lá estão. Aliás, para a legalização da maconha, ele já deu o voto dele, de uma forma debochadíssima, o Ministro Barroso. Então, como ontem ele verbalizou isso, que não podia votar porque estava em suspeição, porque havia advogado para o Senador Randolfe, da Rede, então ele está sob suspeição sobre essas matérias porque foi o escritório dele que advogou para a marcha da maconha e advogou também para as ONGs abortistas do Brasil.

    Mas eu registro, Sr. Presidente, falando sobre a Leda Nagle, que ao programa dela eu já fui tantas vezes discutir esses assuntos, diferente de outros apresentadores e outros programas, que só levam quem pensa e é como eles na discussão desses assuntos que eu acabei de falar.

    Acho que a TV Brasil tinha que rever isso, porque a Leda Nagle é um patrimônio da televisão brasileira, uma mulher culta, competente, que conduz bem um programa há 21 anos. Penso que nós precisamos muito mais de gente plural do que de gente radical em um momento radicalizado como este que estamos vivendo.

    Faço referência e encerro dizendo que é verdade que o Dr. Moro, em um evento público, como disse V. Exª, não precisa pedir autorização a ninguém para conversar com ninguém. Em um evento, quando as câmeras estão voltadas para o palco, às emissoras de televisão, aos jornalistas, ele pode conversar com quem ele quiser.

    E, ontem, eu fiz uma repreensão a um líder religioso na rede social porque publicou aquela foto idiota, com aquele besteirol que eles escreveram lá, porque o Dr. Moro está conversando com o Aécio. Ou ele não pode conversar com ninguém? Ele pode conversar até com o Lula. Se quiser, como juiz, ele pode ir à cadeia até conversar com o Palocci. Ele pode conversar com quem ele quiser, porque ninguém pode lhe tirar esse direito. E, pela vida que ele tem vivido e como tem se postado, penso que isso é até um deboche, um desrespeito.

    A colocação foi absolutamente bem feita e digna de parabéns.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/12/2016 - Página 41