Discurso durante a Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Comentário à reunião anual da Associação Comercial de Rondonópolis, do Estado do Mato Grosso.

Autor
José Medeiros (PSD - Partido Social Democrático/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Comentário à reunião anual da Associação Comercial de Rondonópolis, do Estado do Mato Grosso.
Publicação
Publicação no DSF de 10/02/2017 - Página 70
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • SAUDAÇÃO, ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, RONDONOPOLIS (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ENFASE, COMERCIARIO, COMERCIANTE, EMPRESARIO, CRITICA, BUROCRACIA, MOTIVO, DIFICULDADE, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, PAIS, DEFESA, CRIAÇÃO, MEDIDA, OBJETIVO, FACILITAÇÃO, CRESCIMENTO, ECONOMIA.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, todos que nos acompanham, eu pedi a fala para parabenizar a Associação Comercial de Rondonópolis, que, nesta sexta-feira, fará a sua confraternização, a sua reunião anual, eu diria, para a qual são convidados todos os representantes do comércio da cidade de Rondonópolis.

    Por que trato desse assunto mais local, digamos assim, aqui no Senado? É porque, neste momento, aproveito para, em nome da Associação Comercial de Rondonópolis, em Mato Grosso, homenagear todos os comerciários, comerciantes e empresários deste País, que, neste momento, passam por dificuldades para gerar emprego.

    V. Exª, agora há pouco, Senador Cristovam, chamava o Brasil a uma reflexão, chamava esta Casa a refletir sobre 2017, qual 2017 queremos e como melhorarmos. Este tem que ser o ideal, o desafio de cada Parlamentar e de cada agente político no Brasil, neste momento, porque é desoladora, é difícil a vida daqueles que estão desempregados. E cada dia aumentam mais. Os números mostram em torno de 12 milhões de desempregados, mas sabemos que são mais, porque não entram nas estatísticas aquelas pessoas que já estão desalentadas, que não mais buscam emprego.

    É por isso que vim aqui fazer esta homenagem à Associação Comercial de Rondonópolis e, por meio dela, a todos os empresários, a todos esses que empreendem neste Brasil, que tem teimado em dificultar a vida do empreendedor; que tem, às vezes, tratado como vilão aquele que gera emprego. Já existe o ditado que não se mata a galinha dos ovos de ouro.

    Estou aqui diante do Senador Raimundo Lira, que é um empreendedor, mas, com certeza, já sofreu na pele a dificuldade de empreender no Brasil, o emaranhado, a dificuldade de saber como se comportar uma empresa para não ser multada a todo momento.

    A atividade-meio das empresas, no sentido de trabalhar com a burocracia, por vezes, ocupa mais funcionários do que a atividade-fim. Eu conversava com um empresário há poucos dias, no Estado de Mato Grosso, e ele disse: "Só para mexer com papel, eu tenho 150 funcionários". E, na empresa de mesmo porte que ele tem em outro país, ele não tem 20 funcionários para trabalhar na atividade-meio. Quer dizer, nós precisamos, com certeza, evoluir.

    Eu vejo os rankings, todo final de ano, Senador Cristovam, dizendo qual foi o Senador que mais produziu, que mais apresentou projetos. Eu gostaria que houvesse um ranking de Senador que conseguiu revogar mais leis aqui. Leis inúteis, leis atravancadoras, leis que só servem para obstaculizar o desenvolvimento do Brasil.

    Eu gostaria que nós tivéssemos uma comissão de revisão da nossa legislação. Só aqui, na União, nós temos mais de 12 mil, 13 mil leis. Em cada Município, dependendo do tamanho, são 5 mil, 6 mil, 10 mil leis, fora as portarias, resoluções. Então, eu faço uma estimativa aqui, que com certeza vou errar, mas nós temos com certeza um arcabouço jurídico de mais de 300 mil regulações. Assim, fica difícil.

    Então, neste momento em que o Brasil passa por todos esses desafios na segurança, na economia, nós precisamos, realmente, pegar esse gancho da ideia que foi dada aqui pelo Senador Cristovam Buarque. Que reflitamos e, acima de tudo, possamos buscar um País diferente, até porque tivemos tempo de sobra para fazer isso, e não o fizemos. E agora a água bateu já no nariz. É o momento em que temos que trocar o pneu com o carro andando, porque já não temos mais tempo. Essa é a grande verdade.

    Em todas as cidades onde passamos, só vemos placas de "vende-se" ou "aluga-se". Isso é um termômetro muito ruim. E a esperança é que já sabemos que há números melhores agora para o próximo trimestre, mas isso não nos pode deixar, eu diria, acomodar. Precisamos ficar atentos o tempo inteiro e precisamos, acima de tudo, privilegiar, facilitar a vida daquele que quer fazer a economia crescer.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/02/2017 - Página 70