Pela ordem durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de reunião com o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, para agradecer a colaboração do Governo Federal na mitigação da crise de segurança pública no Espítrito Santo (ES), e defesa da necessidade de valorização da carreira de policial.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Registro de reunião com o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, para agradecer a colaboração do Governo Federal na mitigação da crise de segurança pública no Espítrito Santo (ES), e defesa da necessidade de valorização da carreira de policial.
Publicação
Publicação no DSF de 16/02/2017 - Página 94
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, REUNIÃO, PARTICIPAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, RAUL JUNGMANN, MINISTERIO DA DEFESA, AGRADECIMENTO, AUXILIO, GOVERNO FEDERAL, REDUÇÃO, CRISE, SEGURANÇA PUBLICA, GREVE, POLICIA MILITAR, EXERCITO, DEFESA, NECESSIDADE, VALORIZAÇÃO, CARREIRA, POLICIAL.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, quero fazer um registro importante.

    A Bancada do meu Estado esteve hoje à tarde com o Ministro Raul Jungmann, Ministro da Defesa. Fomos lá dizer a ele o quanto nós, em nome do nosso Estado, estamos gratos ao Ministério da Defesa, às Forças Armadas e ao Presidente da República, até porque o nosso conceito de segurança nacional não inclui as Forças Armadas estarem nos Municípios, na situação em que está o meu ou de qualquer outro também, de rebelião de presídio. Mas há uma crise de autoridade no Brasil e nós estamos vivendo quase que um Estado de convulsão – V. Exª sabe o que o seu Estado e o seu povo sofreram com essa revolta nos presídios, essa mortandade que se estabeleceu.

    Fomos levar a nossa gratidão e o entendimento – até porque, como Parlamentares federais, é o que nós podemos fazer – por essa disponibilidade. As forças federais foram para o meu Estado. Lá a Força Nacional está com pouco mais de três mil homens e também parte do Exército Brasileiro, a partir do 38º BI. Esses efetivos todos estão dando esse sentimento de segurança nas ruas da Grande Vitória, onde o problema foi minimizado, não resolvido. E também o interior passa a conviver, não só os Municípios polos, mas os Municípios pequenos também, com essa insegurança que se estabeleceu no meu Estado.

    Faço um registro aqui: esse momento difícil nos dá a oportunidade, nos dá alguns lampejos para o futuro, porque algo de bom fica nisso.

    Alguém, quando decide ser polícia, sabe que polícia não faz greve. Quando decide ser polícia, sabe que ali é caserna e que há uma ordem de autoridade ali dentro. Mas o que a polícia, as mulheres, o movimento de mulheres no Espírito Santo fez, as esposas, dá uma lição para o Brasil e desmoraliza o discurso de esquerdopatas que passaram a vida aqui no País dizendo que tem que acabar com a polícia, que nós não precisamos de polícia, que tem que desmilitarizar a polícia, que a polícia tem que andar na rua com cassetete ou sem nada, só com uniforme, como se isso fosse pelo menos intimidador.

    Esse discurso cai por terra. E, se não caiu na cabeça de alguns, eu convido vocês a irem para o Espírito Santo para conviver conosco um dia sem polícia na rua. Esse movimento mostrou a importância da polícia. Esse movimento mostra a morte desse discurso, discurso inconsequente, irresponsável, de uma esquerda que faz um discurso voltado para o umbigo e que vai se desmontando ao longo do tempo com essa violência que se estabeleceu na Nação brasileira.

    Nós precisamos da polícia, sim. A polícia precisa ser respeitada, bem remunerada. A polícia precisa ser reciclada. Nós não precisamos de polícia? Como?

    Olha, Sr. Presidente, mesmo com um 38 na cintura e mal pago, sem ter arma pesada, quando a polícia sai da rua, a bandidagem vem para o meio da rua. Por quê? Porque minimamente ainda respeita a polícia. "Ah, mas na polícia só tem bandido!" Mentira! Onde tem trigo, também tem joio. Na polícia não só tem bandido. Lá tem bandido? A maioria absoluta é gente de bem. Bandido tem em todo lugar. Tem bandido até na igreja, onde não deveria ter. Tem bandido na política, tem bandido na OAB, tem bandido no CRM. Em todo lugar, tem gente do bem e gente do mal.

    Então, traz à luz essa reflexão. Nós, sociedade, precisamos da polícia – polícia forte, efetivo forte, respeitada, polícia remunerada, porque, sem segurança não tem educação, sem segurança não tem escola, sem segurança não tem saúde, não tem hospital, não tem posto de saúde. A insegurança é o fomentador de todos os males.

    Por isso, eu me solidarizo com o povo do meu Estado, que ficou durante oito dias trancado dentro de casa. Eu me solidarizo com o povo do meu Estado, que pagou o preço de ver quase 150 homicídios. Muitos foram pagamento, acerto de contas? Foram, mas muitos inocentes morreram nessa questão.

    Fica aí uma questão que já não cabe mais à Bancada Federal. Estivemos lá os Senadores hoje com o Ministro, a Bancada Federal, os Deputados Federais, eu, a Senadora Rose e os Deputados Federais que lá estavam. O nosso limite é esse, e a outra parte cabe ao Estado, porque é Polícia Militar, ao Sr. Governador, aos Secretários de Estado, para poder conduzir essa problemática, que é estadual.

    Por isso, nós precisamos conviver e fazer uma reflexão em cima de um discurso emocional, já que não é constitucional e não cabe na caserna o discurso das mulheres, das esposas. É emocional. "O salário do meu marido está comprometido, ele fez empréstimo consignado, não dá para pagar aluguel." O policial militar tem que pagar a bala com que ele atira no bandido. E ainda a gente vê proposta ali na Câmara de que o policial que atira precisa responder um processo criminal. Isso é conversa de esquerdopata, gente de mente doente que só pensa no umbigo e nas suas filosofias mortas.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Por isso, Sr. Presidente, eu quero neste momento, fazendo este registro, agradecer ao Governo Federal as tropas que lá estão, e me solidarizar com o meu povo, com a própria Polícia Militar, que sabe por que está fazendo o movimento, porque sabe também que, durante muitos anos, sofreu descaso. Fica o exemplo para que possa, daqui para frente, o Governo estadual rever tudo isso e dar à polícia um novo rosto, uma nova cara, fazer com que eles trabalhem com alegria, com felicidade, porque a mão do Governo estadual certamente estará dando esse rumo, uma vez que o nosso Estado é um dos poucos do País que não quebrou.

    O nosso Estado não quebrou. O nosso Estado foi bem gestado, está sendo bem gestado. As finanças estão no lugar. Ainda não estamos no esgoto, Sr. Presidente, e, não estando no esgoto, pressupõe dizer que, com a economia arrumada, podemos também arrumar a vida da Polícia Militar do nosso Estado.

    Para tanto, faço esse registro e encerro, Sr. Presidente, cumprimentando o Ministério Público do Amazonas pela atitude que tomou, trazendo de volta para a cadeia o pedófilo desgraçado Adail Pinheiro, que foi prefeito da cidade de Coari e que estava em liberdade com o perdão presidencial. Só ainda requeiro que ele está em prisão domiciliar. Um sujeito abusador, desgraçado, criminoso como ele não pode estar em prisão domiciliar, não pode estar preso em casa.

    Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/02/2017 - Página 94