Discurso durante a 15ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Registro da inauguração da nova sede da Superintendência Regional e da Agência Porto Velho do Banco da Amazônia, em Rondônia (RO), destacando a importância do banco para o desenvolvimento da região.

Satisfação com a decisão do Governo Federal de suspender a importação de café do Vietnã, em resposta a reivindicação dos produtores nacionais.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO ESTADUAL:
  • Registro da inauguração da nova sede da Superintendência Regional e da Agência Porto Velho do Banco da Amazônia, em Rondônia (RO), destacando a importância do banco para o desenvolvimento da região.
AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO:
  • Satisfação com a decisão do Governo Federal de suspender a importação de café do Vietnã, em resposta a reivindicação dos produtores nacionais.
Publicação
Publicação no DSF de 24/02/2017 - Página 10
Assuntos
Outros > GOVERNO ESTADUAL
Outros > AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO
Indexação
  • REGISTRO, INAUGURAÇÃO, SEDE, SUPERINTENDENCIA REGIONAL, AGENCIA, BANCO DA AMAZONIA S/A (BASA), MUNICIPIO, PORTO VELHO (RO), ESTADO DE RONDONIA (RO).
  • ELOGIO, DECISÃO, GOVERNO FEDERAL, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO EXTERIOR (MDIC), ITAMARATI (MRE), SUSPENSÃO, IMPORTAÇÃO, CAFE, ORIGEM, PAIS ESTRANGEIRO, VIETNAM.

    O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Thieres Pinto, Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, minhas senhoras e meus senhores, subo a esta tribuna para saudar a iniciativa que levou à inauguração da nova sede da Superintendência Regional do Banco da Amazônia, do nosso popular Basa, em Rondônia, e da Agência Porto Velho-Centro.

    Estavam nessa inauguração, Sr. Presidente, o Governador do Estado, Confúcio Moura; o Presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho, e vários deputados estaduais; o Presidente do Banco da Amazônia, Dr. Marivaldo; o Superintendente em Rondônia, Wilson Evaristo, que já foi Diretor Administrador e Diretor de Crédito do Banco da Amazônia e voltou para a Superintendência de Rondônia, dada a importância do Estado de Rondônia para o agronegócio; Senadores; Deputados Federais; produtores; empresários; pecuaristas; produtores de peixe – da piscicultura de Rondônia – e de tantas outras áreas do segmento produtivo do Estado de Rondônia.

    Trata-se de uma nova estrutura, que conta com três pavimentos, sendo que, na parte térrea, funcionará a agência de atendimento ao público e, nos dois pavimentos superiores, estarão abrigados os departamentos da Superintendência de Rondônia. O prédio, que conta ainda com um auditório com capacidade para 300 pessoas, trará mais conforto e qualidade no atendimento da clientela do banco. Trata-se de um evento que reafirma o compromisso do Banco da Amazônia de continuar a investir em Rondônia e que sinaliza o momento de recuperação da confiança no desenvolvimento econômico do nosso País e do nosso Estado.

    A relevância do Banco da Amazônia para o fomento da Região Amazônica é indiscutível e se traduz no volume de créditos aplicados na região nos últimos cinco anos, que ultrapassa a cifra de R$25 bilhões injetados na economia da Amazônia. No mesmo período, somente em Rondônia, as contratações de crédito de fomento somaram cerca de R$5 bilhões, dos quais R$1,9 bilhão foram carreados para o setor agropecuário.

    Nessa linha, de acordo com os dados do Banco Central do Brasil, o Basa responde por 71,45% de todo crédito em fomento no Estado, o que demonstra a importância da presença dessa instituição em Rondônia. Para este ano, o banco projeta a aplicação de recursos que montam a R$1,34 bilhão, dos quais R$874 milhões são provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e R$160,46 milhões, da carteira de crédito comercial da instituição.

    As linhas de crédito do Banco da Amazônia em Rondônia indicam oportunidades de investimentos em diversos projetos sustentáveis, em áreas tais como: agricultura, aquicultura e pesca, pecuária de corte e de leite, suinocultura, ovinocultura, caprinocultura, avicultura, cacauicultura e a cultura hortifrutigranjeira. Nesse sentido, o propósito do banco é atingir todas as mesorregiões do Estado, impulsionando investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

    Por fim, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero dizer que minha participação no evento de inauguração da nova sede do Banco da Amazônia em Porto Velho renovou a certeza que tenho de que o desenvolvimento econômico da Região Amazônica não pode prescindir de iniciativas de fomento para a criação e a sustentabilidade de novos negócios.

    Por isso, ao enaltecer a inauguração da Superintendência do Banco da Amazônia e da nova agência em Porto Velho, eu faço aqui um apelo às demais instituições financeiras, ao Banco do Brasil, que investe muito em Rondônia – investe no Brasil e investe muito em Rondônia –, à Caixa Econômica Federal, que começa também a destinar linhas de crédito para o fomento à agricultura, à pecuária e a outros projetos no agronegócio, que invistam pesado também. Assim como o Banco da Amazônia vem investindo em Rondônia, que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os bancos privados também, que ganham dinheiro, que possam investir fortemente para o desenvolvimento do agronegócio do Estado de Rondônia.

    Há que se apoiarem e ampliarem o espectro e o volume de investimentos do Banco da Amazônia em toda a Região Amazônica, sobretudo, Sr. Presidente, no meu querido Estado de Rondônia.

    E, para encerrar esta fala, eu queria mais uma vez falar do que já falei ontem. Esse assunto foi muito discutido, muito debatido no meu Estado nos últimos dias, não só em Rondônia, mas em Minas Gerais, no Espírito Santo, em São Paulo e até em outros Estados que não são tradicionais na produção de café. O café trouxe uma discussão muito forte nos últimos dias, porque o Ministério da Agricultura, a Camex, o Ministério da Indústria e Comércio, todos os órgãos envolvidos na área de exportação e importação estavam prestes a autorizar a importação de 1 milhão de sacas de café do Vietnã, café que se produz em Rondônia, café que se produz no Espírito Santo, café que se produz em Minas Gerais e em outros Estados. E olhem que o Brasil nunca importou café. O Brasil produz historicamente cinquenta e tantos milhões de sacas de café. O Brasil exporta anualmente mais de 30 milhões de sacas de café. Por que cargas d'água o Brasil agora resolve importar café? Nós nos movimentamos. Primeiro, foram os produtores que se movimentaram em todo o Brasil, inclusive no meu Estado, mas nós, a partir daí, movimentamos o Ministério da Agricultura, o Ministério de Relações Institucionais, com o Ministro Imbassahy, o Ministério da Indústria e Comércio Exterior, com o Ministro Marcos Pereira e a Secretária Executiva da Camex. Todas as Bancadas desses Estados fomos em audiência para tentar impedir essa, eu diria até, loucura que estavam fazendo na importação desse café, porque não sabiam nem que tipo de pragas que poderiam vir do Vietnã para as nossas lavouras cacaueiras. Com a sensibilidade do Presidente Temer e dos nossos Ministros, que se reuniram na noite, ainda, de antes de ontem, à noite, depois das nossas audiências, resolveram, por determinação do Presidente da República, Michel Temer, pela suspensão imediata da importação do café até se fazer um levantamento mais apurado, mais aprofundado sobre essa questão.

    Eu tenho certeza de que não há nenhuma necessidade de importação de café robusta, de café conilon do Vietnã para o Brasil, até porque a nossa produção começou a crescer novamente. Além de estar produzindo 50 milhões de sacas de café e exportando 30 milhões, a nossa produção em Rondônia e no Espírito Santo volta a crescer – em Rondônia, volta a crescer com toda a força. Quando fui Governador, incentivei muito o café, chegamos a produzir mais de 4 milhões de sacas de café. Depois, caiu um pouco e retoma agora com uma variedade nova que a Embrapa desenvolveu, o BRS Ouro Preto, porque a estação de pesquisa é na cidade de Ouro Preto, em Rondônia, ajudada pelos nossos produtores, viveiristas, com viveiros espalhados por todo o Estado de Rondônia produzindo o café clonal. Eu falo que isso virou o bicho. Chega-se a produzir até 160 sacas por hectare.

    Diante disso, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho certeza de que o Governo do Presidente Michel Temer e os Ministros, seus auxiliares, não irão mais autorizar a entrada de café do Vietnã no Brasil, para derrubar, como já derrubaram nas últimas duas semanas, os preços.

    Os produtores estavam todos animados, tentando produzir mais café, e aí vem essa notícia. Só com a notícia, só com a expectativa da possibilidade de importação, derrubaram em R$130 o preço da saca de café no meu Estado. E olhem que o café sempre foi e vai ser, cada vez mais, uma fonte de economia, de geração de emprego, de geração de renda para vários Estados do Brasil, sobretudo para o meu Estado, o Estado de Rondônia.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/02/2017 - Página 10