Discurso durante a 18ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do Sr. Orlando Porto de Andrade, Prefeito da cidade de Canindé de São Francisco (SE).

Anúncio da realização de sessão solene, no Senado, para comemoração do Dia Mundial do Rim.

Autor
Eduardo Amorim (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Pesar pelo falecimento do Sr. Orlando Porto de Andrade, Prefeito da cidade de Canindé de São Francisco (SE).
SENADO:
  • Anúncio da realização de sessão solene, no Senado, para comemoração do Dia Mundial do Rim.
Publicação
Publicação no DSF de 08/03/2017 - Página 82
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > SENADO
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MORTE, PREFEITO, MUNICIPIO, CANINDE DE SÃO FRANCISCO (SE), ESTADO DE SERGIPE (SE), APRESENTAÇÃO, PESAMES, FAMILIA, ELOGIO, VIDA PUBLICA.
  • ANUNCIO, REALIZAÇÃO, SESSÃO SOLENE, SENADO, MOTIVO, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, ORGÃO HUMANO, FUNÇÃO, LIMPEZA, SANGUE, CONVITE, PARTICIPAÇÃO, SENADOR, DEPUTADO FEDERAL.

    O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco Social Democrata/PSDB - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Com toda a certeza, não gastarei os 20 minutos. Procurarei ser sucinto, porém, objetivo, como costumo fazer.

    Sr. Presidente, assim como o senhor, só que de forma muito mais recente, aproveito este momento aqui na tribuna para falar de um triste acontecimento, de uma perda enorme para todos nós sergipanos, no último domingo. É com imenso pesar que digo, desta tribuna, que Sergipe perdeu um dos seus maiores líderes, especialmente o sertão sergipano, mais especialmente ainda a cidade de Canindé, já que, no último domingo, faleceu o Prefeito da cidade de Canindé de São Francisco, meu amigo – e alguns dias atrás estava aqui conosco em Brasília, conversando, buscando recursos para a sua cidade –, meu grande amigo Orlando Porto de Andrade, conhecido por todos nós como Orlandinho, que também era irmão do meu suplente, o Senador Kaká Andrade.

    Orlandinho era um desses raros homens públicos que tinha a política sobretudo como uma missão. Antes de ser um bom administrador, Orlandinho era o que se poderia chamar, com toda certeza, de um homem do povo, um homem simples, um homem humilde. Era conhecido pela firmeza na palavra e pela seriedade e lealdade com os amigos. Tratava-se de um homem querido por sua gente e respeitado pela classe política do nosso Estado.

    Orlandinho nos deixou a apenas dois dias de completar os seus 58 anos de idade, faria hoje 58 anos de idade. Portanto, uma perda bastante prematura, lastimável, não só para os familiares, mas, com certeza, para todos os amigos e, principalmente, para aqueles que sempre contaram com seu trabalho tão importante em favor do desenvolvimento do Sertão sergipano, especialmente da sua cidade, Canindé de São Francisco.

    Deixo, portanto, as minhas sinceras condolências aos familiares e aproveito o momento para abraçar, mais uma vez, o meu amigo, meu grande amigo, Senador Kaká Andrade, irmão do Prefeito Orlandinho, que muito nos honra ter como nosso suplente aqui nesta Casa.

    Orlandinho era um homem obstinado, era um homem determinado, era uma pessoa incansável. Eu tive o privilégio, digo assim, privilégio de tê-lo como amigo, de tê-lo como paciente. Há 17 anos, como anestesista, fiz uma das inúmeras cirurgias por que Orlandinho passou para tratar de um câncer. Tinha o seu tratamento sob controle, mas, no último domingo, uma hemorragia pulmonar, fruto de uma lesão pulmonar, fez com que ele nos deixasse de forma muito precoce.

    Orlandinho, mesmo no hospital, ligava para as pessoas, ligava para o seu secretariado para saber se a Feira de Canindé tinha tido um bom aproveitamento, se os comerciantes tinham vendido suficiente, se a carne vendida na feira sobrou, não sobrou, mostrando, de forma simples e humilde, o seu comprometimento, a sua atenção com o seu povo e com sua gente.

    Eu perdi um grande amigo. Tenho certeza também que Canindé de São Francisco perdeu talvez o maior líder de toda a sua história. Então, a todo o povo de Canindé de São Francisco, aos sertanejos sergipanos e aos amigos, meus sentimentos por essa perda realmente irreparável.

    Mas, Sr. Presidente, dando continuidade aqui à nossa fala – e, como eu disse, procurarei ser breve –, aproveito este momento e este espaço para fazer um convite a todos aqueles que estão nos assistindo pela TV Senado ou nos ouvindo pela Rádio Senado, ou ainda nos acompanhando pelas redes sociais, também aos colegas Senadores, Sr. Presidente, aproveito para fazer esse convite também a V. Exª, para, na quinta-feira próxima, dia 9 de março, estejamos todos aqui neste plenário para comemorarmos o Dia Mundial do Rim.

    É uma campanha global iniciada em 2006 que visa conscientizar sobre a importância de nossos rins. E, assim como aconteceu no ano passado, teremos aqui, no plenário do Senado Federal, nesta quinta-feira, uma sessão solene, que será às 9h da manhã, para discutirmos temas que, neste ano, a Sociedade Mundial de Nefrologia adotou, abre aspas: "Doença Renal e Obesidade. Estilo de vida saudável para rins saudáveis", fecha aspas. É uma campanha mundial que a Sociedade Brasileira de Nefrologia, através da sua Presidente, Carmen, e de toda a sua diretoria, realmente tem abraçado.

    Quero agradecer à Mesa desta Casa, especialmente ao Presidente Eunício, por ter sido sensível e ter nos permitido que fizéssemos aqui essa sessão solene. É o momento em que vamos discutir os transplantes renais; vamos discutir a hemodiálise praticada e realizada no nosso País; vamos discutir a prevenção renal; e vamos discutir o sofrimento, com toda a certeza, de milhares e milhares de brasileiros que, dia sim, dia não, passam por uma hemodiálise; e pedir ao Governo Federal, sobretudo ao Ministério da Saúde, que seja mais sensível a essa questão, que se lembre dos nossos nefropatas, que se lembre daquele que está numa máquina de hemodiálise, que se lembre daquele que necessita de um transplante.

    O Dia Mundial do Rim, no nosso País, é coordenado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e tem como principal objetivo aumentar a consciência da importância dos rins para a nossa saúde global e para reduzir a frequência e o impacto da doença renal e seus problemas na saúde de todos nós brasileiros.

    Pela indiscutível relevância do tema, gostaria de convidar todos os colegas – Senadores, Deputados, Parlamentares – que estão trabalhando nesta Casa a estarem presentes na sessão solene, na próxima quinta-feira, aqui neste plenário.

    Sr. Presidente, como eu disse, o dia 9 de março, próxima quinta-feira, segunda quinta-feira do mês de março, foi adotado como o Dia Mundial do Rim. Serão realizadas ações em todo o mundo com o objetivo de divulgar as informações relacionadas à prevenção das doenças renais. E a Sociedade Brasileira de Nefrologia coordena essa campanha no Brasil. Criou-se material informativo que será distribuído aqui.

    Ao longo dos anos, essa campanha de prevenção tem se intensificado, e o Senado Federal tem contribuído, sobretudo nos últimos anos, para a intensificação dessa campanha, ampliando cada vez mais o número de pessoas atingidas com informações sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce da doença renal.

    O tema de 2017, como eu já li aqui, é "Doença Renal e Obesidade. Estilo de vida saudável para rins saudáveis". A Sociedade Brasileira de Nefrologia, assim como nos anos anteriores, já preparou todo o material informativo e estará aqui distribuindo.

    Outra importante ação de publicidade da campanha é a iluminação de pontos turísticos, Sr. Presidente, em diversas localidades do País, com as cores azul e vermelho, para chamar atenção para a questão da doença renal crônica, a exemplo do que foi feito nos últimos anos no Cristo Redentor e no Obelisco do Ibirapuera.

    E aqui, Sr. Presidente, faço um apelo também ao Presidente desta Casa para que permita colocar um rim inflável na frente do Congresso Nacional, chamando unicamente atenção para as doenças renais crônicas.

    É isso que a gente teria para falar, Sr. Presidente, e mais uma vez fazer o convite, reforçar o convite, para que quinta-feira, dia 9 de março, possamos estar aqui nesse plenário às 9h discutindo, conversando sobre a problemática da doença renal crônica, especialmente no nosso País. Como disse, são mais de 120 mil brasileiros que, dia sim, dia não, passam por uma máquina de hemodiálise.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/03/2017 - Página 82