Discurso durante a 20ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Preocupação com a crise econômica e registro dos esforços que o Governo Federal tem feito para modificar este cenário, destacando a necessidade da redução dos juros reais associados aos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Autor
Lúcia Vânia (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Lúcia Vânia Abrão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Preocupação com a crise econômica e registro dos esforços que o Governo Federal tem feito para modificar este cenário, destacando a necessidade da redução dos juros reais associados aos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Publicação
Publicação no DSF de 10/03/2017 - Página 68
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • APREENSÃO, CRISE, ECONOMIA NACIONAL, ELOGIO, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, NECESSIDADE, AJUSTE, TAXA, JUROS, FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO CENTRO-OESTE (FCO), FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORDESTE (FNE), FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORTE (FNO), MOTIVO, REDUÇÃO, ENDIVIDAMENTO, EMPRESARIO, PRODUTOR, COMERCIANTE, OBJETIVO, AUMENTO, NUMERO, EMPREGO, RENDA, POPULAÇÃO, IMPORTANCIA, ESFORÇO, BUSCA, ALTERNATIVA, GOVERNO, RETOMADA, CRESCIMENTO, ECONOMIA.

    A SRª LÚCIA VÂNIA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no momento em que celebramos a melhora de alguns fundamentos da economia brasileira, como o arrefecimento dos índices de inflação e a queda na taxa Selic, gostaria de aproveitar a manifestação do Senador Fernando Bezerra na tribuna desta Casa em 16 de fevereiro passado para reforçar a necessidade de o Governo ajustar as taxas de juros associadas aos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste a essa nova realidade.

    De acordo com a pesquisa Focus, um levantamento semanal de projeções dos principais indicadores de economia realizado pelo Banco Central, a inflação esperada para o fim de 2017 está em 4,36%, segundo informações atualizadas até 3 de março. Para 2018, a inflação esperada pelos analistas de mercado é de 4,5%.

    A convergência dos índices de inflação para o centro da meta defendida pelo Conselho Monetário Nacional é resultado do trabalho feito pela diretoria do Banco Central, assim como dos esforços realizados pelo Governo para transmitir aos agentes o compromisso com a melhora do quadro fiscal da economia.

    A comunicação do Banco Central sugere que os juros básicos da economia continuarão a cair em ritmo elevado nos próximos meses. Isso impõe a necessidade de o Ministério da Fazenda adequar os juros reais associados às linhas de empréstimos dos fundos constitucionais de desenvolvimento regional.

    O ajuste nas taxas de juros desses fundos é importante para que empresários, pequenos produtores e comerciantes possam não apenas reduzir os níveis de endividamento, como também investir nos seus negócios para gerar emprego e renda, impulsionando a retomada da economia no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste.

    O Governo tem realizado esforços para melhorar o quadro fiscal da economia, buscando adequar o crescimento das despesas ao comportamento das receitas, que foram extremamente atingidas pela recessão econômica.

    Ao mesmo tempo em que demonstra preocupação com a estabilidade do quadro macroeconômico, o Ministério da Fazenda tem sinalizado que promoverá esforços para avançar uma agenda de medidas microeconômicas, de modo a melhorar o ambiente de tomada de decisão para empresários e consumidores, além de elevar a produtividade da economia. Como exemplo, cito a intenção do Banco Central e do Ministério da Fazenda em debater medidas para reduzir o spread bancário e, consequentemente, as taxas finais de empréstimos para pessoas físicas e jurídicas.

    Os esforços para estabilizar a economia e a intenção de adotar medidas de cunho microeconômico estão inseridos em um contexto mais amplo, de garantir a manutenção dos juros em níveis mais baixos e similares aos observados em outras economias emergentes.

    Por fim, destaco que o Senado Federal, ao longo dos dois últimos anos, tem realizado ações para aliviar a crise econômica por que passa o nosso País, especialmente no que diz respeito às finanças públicas dos entes federados. Reitero aqui meu compromisso com essa agenda e afirmo que pretendo realizar o que for necessário para que possamos criar as condições para a tão necessária e esperada retomada do crescimento da nossa economia.

    Sr. Presidente, com essas ações, a exemplo do que fizemos aqui no passado com a Agenda Brasil, ao fazer uma agenda com temas microeconômicos, nós estaremos colaborando com a decisão do Banco Central no sentido de reduzir os juros e voltar a economia a crescer, gerando o tão sonhado emprego. É inquietante para esta Casa, é inquietante para o País, para aqueles que têm função pública, assistir passivamente o nosso povo brasileiro conviver com 12 milhões de desempregados.

    É preciso que se faça, o mais urgente possível, um esforço para que os empregos voltem à nossa sociedade, os empregos voltem ao povo brasileiro.

    Deixo aqui o meu compromisso e, principalmente, a minha decisão de, diariamente, buscar alternativas para que possamos oferecer soluções adequadas e resultados efetivos para aqueles que esperam desta Casa responsabilidade e trabalho.

    Muito obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/03/2017 - Página 68