Pela Liderança durante a 29ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do transcurso do Dia Mundial da Água e anúncio da realização de seminário para a discussão da revitalização de rios maranhenses e de suas nascentes.

Autor
Roberto Rocha (PSB - Partido Socialista Brasileiro/MA)
Nome completo: Roberto Coelho Rocha
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
MEIO AMBIENTE:
  • Registro do transcurso do Dia Mundial da Água e anúncio da realização de seminário para a discussão da revitalização de rios maranhenses e de suas nascentes.
Publicação
Publicação no DSF de 23/03/2017 - Página 33
Assunto
Outros > MEIO AMBIENTE
Indexação
  • REGISTRO, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, AGUA, ANUNCIO, REALIZAÇÃO, SEMINARIO, DISCUSSÃO, ASSUNTO, REVIGORAÇÃO, RIO, NASCENTE, LOCAL, MARANHÃO (MA), OBJETIVO, PROTEÇÃO, RECURSOS HIDRICOS, RELEVANCIA, ABASTECIMENTO DE AGUA, REGIÃO NORDESTE, COMENTARIO, RACIONAMENTO, LOCALIDADE, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), MOTIVO, SECA, ELOGIO, ESFORÇO, GERALDO ALCKMIN, GOVERNO ESTADUAL, GARANTIA, ABASTECIMENTO, POPULAÇÃO.

    O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - MA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, comemoramos hoje o Dia Mundial da Água, uma data voltada à conscientização para o fato singelo e preocupante de que a água que existe no Planeta é toda a água que existe no Planeta, ou seja, a água não é produzida, ela é um bem finito. Ela pode congelar nos polos, pode salgar nos mares, pode evaporar nos céus, pode poluir, mas a quantidade de água no Planeta será sempre a mesma. O que muda, e de maneira drástica, é a demanda humana cada dia maior. Por isso é previsto que, no futuro, haverá sérios conflitos em razão da garantia desse recurso natural.

    Outro dia, aqui mesmo neste plenário, eu vi a emoção dos três Senadores da Paraíba com a chegada das águas do São Francisco no sertão daquele Estado. As imagens são impressionantes da alegria do povo de Monteiro com a chegada das águas. Mas não é só a escassez o problema.

    Eu venho de um Estado, o Estado do Maranhão, que tem 12 bacias hidrográficas. No meu Estado estão 60%, Srª Senadora Simone Tebet, de todas as águas interiores do Nordeste. Temos mais de cinco mil quilômetros de rios perenes e, no entanto, enfrentamos problemas graves de assoreamento de rios e de uso indiscriminado e desregulado dos nossos corpos d'água.

    Depois de amanhã, sexta-feira, dia 24, portanto na semana em que se comemora a água no mundo inteiro, estarei promovendo, em São Luís, um seminário sobre a revitalização dos rios maranhenses e suas nascentes. Ele faz parte de um amplo programa que criamos, intitulado "SOS Águas do Maranhão". Especialistas na questão hídrica, empresários, agricultores, entidades da sociedade civil, técnicos da Codevasf, a Presidente da Codevasf, Drª Kênia, o Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, a Agência Nacional de Águas e outros agentes de Governo estarão debatendo conosco os caminhos para enfrentarmos a grave questão da agonia dos nossos rios, das nossas águas maranhenses, de que a grande maioria é água amazônica também.

    No ano passado, desenvolvi uma campanha pelas redes sociais que produziu um relatório fotográfico sobre a situação das águas do Maranhão. Internautas de todo o Estado contribuíram enviando fotografias que revelam as perdas enormes que os recursos da água vêm sofrendo.

    O seminário dessa sexta-feira, que também será feito em outras datas no interior do Estado – será, ao todo, durante este ano, cerca de meia dúzia em todo o Estado do Maranhão, um Estado muito grande, que é maior do que o Estado de São Paulo –, é um dos frutos desse trabalho coletivo que fizemos ao longo de 2016.

    Nunca é demais lembrar que a crise hídrica pode afetar, de maneira brutal, milhões de pessoas nos grandes centros urbanos. Foi o que aconteceu em 2014 e em 2015 na região metropolitana de São Paulo.

(Soa a campainha.)

    O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - MA) – Estamos falando de 22 milhões de pessoas afetadas, Sr. Presidente. A longa estiagem, acompanhada de picos recordes de temperatura, impactou diretamente na queda acentuada dos estoques de água dos mananciais da região metropolitana de São Paulo, e o Sistema Cantareira foi o mais atingido. Não faltou quem fizesse previsões catastróficas, anunciando o colapso das águas de São Paulo. Foi aí que entrou o enfrentamento sereno e seguro do Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Enquanto muitos torciam pelo pior, o Governo trabalhava.

    A Sabesp prontamente colocou em prática uma série de ações emergenciais para manter a regularidade do abastecimento. Foi implantado um bônus aos consumidores que economizassem água.

(Soa a campainha.)

    O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - MA) – Em seguida, veio o ônus, multando os perdulários. Foi um período marcado por grande mobilização da população, que compreendeu a situação e passou o poupar água, vigiando o desperdício.

    Também foi feito um largo combate ao desperdício, com a redução estratégica da pressão das redes em algumas horas do dia. Centenas de pequenas obras de ampliação de transferência de água entre sistemas de abastecimento foram executadas, enfim, uma conjunção estratégica de esforços que resultou em um sistema muito mais estruturado e capacitado, um bom exemplo de ousadia, com a construção de barragens, canais, tubulações e bombas flutuantes.

    A experiência do uso dessas bombas foi tão exitosa que hoje...

(Soa a campainha.)

    O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - MA) – ...elas estão atuando para acelerar a chegada das águas do Rio São Francisco, tão falado nesta tribuna, beneficiando os Estados da Paraíba e de Pernambuco.

    Essas bombas foram transportadas em 34 carretas, numa jornada pelo País, e foram instaladas no Reservatório de Braúnas. Elas anteciparam a chegada das águas em mais de 25 dias, coisa que poderia acontecer só o ano que vem, em razão da realidade da região. A chegada das águas no sertão beneficiou, portanto, centenas de milhares de famílias nordestinas.

    Aliás, faço aqui este registro, Sr. Presidente, Srs. Senadores, como nordestino, pois parece que o Governador Alckmin evita dar publicidade aos seus atos. Hoje mesmo...

(Soa a campainha.)

    O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - MA) – ...para concluir, soube que ele também está trazendo bombas hidráulicas para amenizar o problema de Brasília. Elas irão operar no Lago Paranoá. Sem contar que, antes disso, o Governador Alckmin já havia feito um acordo com o Governo Federal e os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro pelo qual viabilizava a interligação das Bacias do Jaguari e Atibainha, ou seja, o Governador mostra que a questão da água está muito acima das disputas partidárias. É uma questão humanitária.

    Por fim, concluo dizendo que ele passa uma poderosa mensagem de que, quando se unem, os Estados podem fazer mais pelos brasileiros, afinal somos um País só. Faço aqui este registro e uma homenagem ao Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Dia Mundial das Águas, para que a história...

(Interrupção do som.)

    O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - MA) – ... para que a história faça justiça a um gestor público que agiu como um estadista e merece o reconhecimento de todos nós.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/03/2017 - Página 33