Pela Liderança durante a 29ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa dos produtores de carne do Estado de Goiás e do Brasil ante a repercussão da Operação Carne Fraca.

Autor
Wilder Morais (PP - Progressistas/GO)
Nome completo: Wilder Pedro de Morais
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:
  • Defesa dos produtores de carne do Estado de Goiás e do Brasil ante a repercussão da Operação Carne Fraca.
Publicação
Publicação no DSF de 23/03/2017 - Página 38
Assunto
Outros > CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Indexação
  • DEFESA, INOCENCIA, PRODUTOR RURAL, AMBITO NACIONAL, ENFASE, LOCALIDADE, ESTADO DE GOIAS (GO), MOTIVO, DIFUSÃO, INFORMAÇÕES, OPERAÇÃO, AUTORIA, POLICIA FEDERAL, OBJETO, INVESTIGAÇÃO, CRIME, AUTOR, FISCAL FEDERAL AGROPECUARIO, PARTICIPAÇÃO, EMPRESARIO, AGRONEGOCIO, REFERENCIA, AUTORIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO, FRIGORIFICO, PRODUÇÃO, CARNE, ADULTERAÇÃO, ALIMENTOS, DESRESPEITO, LEGISLAÇÃO SANITARIA, IRREGULARIDADE, CONSUMO, COMENTARIO, IMPORTANCIA, ECONOMIA NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, RELEVANCIA, PRODUÇÃO ANIMAL, EXPORTAÇÃO.

    O SR. WILDER MORAIS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - GO. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, eu ouvi aqui atentamente o discurso da minha colega Simone Tebet. Está acontecendo, neste momento, uma audiência pública juntamente com o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, também com o Ministro da Indústria e Comércio, exatamente sobre o debate que tem acontecido nos últimos dias com relação a essa operação Carne Fraca.

    Venho aqui a esta tribuna para defender o homem do campo, que é quem vem gerando hoje, nesses últimos anos, o equilíbrio da balança comercial.

    Do homem do campo vem o emprego, vem a renda e vem o alimento para a mesa de todo o continente. Portanto, quem vive na cidade deve ao trabalhador rural, ao homem do campo, ao fazendeiro, ao lavrador, ao tratorista, ao veterinário, ao agrônomo, ao zootecnista, ao vaqueiro, ao produtor, enfim, a quem labuta na roça. Não é justo sacrificar uma gente tão esforçada por causa de erros de uma pessoa, seja ela física ou jurídica.

    Em Goiás, como no Brasil inteiro, existe uma supersafra de notícias boas vindo do campo, e assim na agricultura e na pecuária.

    O Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás, José Mário Schreiner, informa que nosso Estado tem um rebanho de 363 milhões de cabeças. Isso, incluindo bovinos, suínos e aves. São 115 indústrias goianas processando carnes.

    Em 2016, o trabalhador da pecuária, o patrão, o empregado, produziu 1 milhão e 700 mil toneladas de carne em Goiás. A conta é simples: o ideal para a pessoa ficar bem nutrida é comer em média 200 gramas de carne por dia. Resultado: a proteína goiana é capaz de alimentar todos os mais de 7 bilhões de habitantes do Planeta durante um dia e ainda sobra carne para servir o Brasil durante um mês inteiro. É muita carne. É muita carne saudável, fiscalizada pelo maior especialista, que é o consumidor. A carne goiana tem clientes exigentes no mundo inteiro, e ninguém reclama dela. A indústria goiana exporta 443 mil toneladas de carne por ano. Todo esse esforço gerou R$10 bilhões em receita externa apenas no ano passado. Agora, de uma hora para outra, esses R$10 bilhões que vêm do exterior para o meu Estado podem ser apenas história.

     A área rural gera, direta e indiretamente, 50 milhões de empregos no Brasil. Quatro em cada dez empregos do campo são da pecuária. Então, como disse José Mário, "não é possível nem aceitável gerar incerteza ou insegurança aos milhões de consumidores de carne no Brasil ou no exterior". Nem ao consumidor, nem ao produtor, nem à nossa economia.

    As entidades de produtores rurais publicaram notas narrando a injustiça que estão sofrendo. Quem mais sofre é o pequeno chacareiro, é o sitiante, é a família que vive do que cria. O produtor nada tem a ver com o escândalo e é quem está pagando a conta.

    Goiás tem regiões que sobrevivem totalmente da pecuária. Empresas idôneas produzem carne de frango em ltaberaí, como a Só Frango,...

(Soa a campainha.)

    O SR. WILDER MORAIS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - GO) – ...como outra em Pires do Rio e outras tantas cidades goianas. É o empresariado que acredita no trabalho para gerar emprego e renda. As cidades de Rio Verde e Mineiros são duas joias da produção no Brasil; não podem ter sua economia afetada por causa de alguém suspeito.

    O produtor sofre também com o juro alto, sofre com a carga tributária, sofre com a logística ruim, sofre com o clima; não é justo sofrer por erro alheio. Nosso produtor coloca o alimento na mesa do mundo inteiro. Não é justo tirar a fonte de ele mesmo se alimentar. Nosso produtor derrama suor para encher a gôndola do supermercado. Não é justo que derrame lágrima por lhe faltar o dinheiro de fazer compra na mercearia.

    Não se trata de proteger quem cometeu ilegalidade. 

(Soa a campainha.)

    O SR. WILDER MORAIS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - GO) – Aqui se trata de proteger o produtor, a produção e a economia do nosso Brasil.

    Foi para isso que vim aqui, Sr. Presidente, para defender os produtores do Estado de Goiás e do nosso Brasil inteiro.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/03/2017 - Página 38