Pronunciamento de Fátima Bezerra em 04/04/2017
Discurso durante a 37ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentários sobre o processo judicial em que o Senador Lasier Martins é acusado de cometer violência doméstica em desfavor de sua esposa.
- Autor
- Fátima Bezerra (PT - Partido dos Trabalhadores/RN)
- Nome completo: Maria de Fátima Bezerra
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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PODER JUDICIARIO:
- Comentários sobre o processo judicial em que o Senador Lasier Martins é acusado de cometer violência doméstica em desfavor de sua esposa.
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/04/2017 - Página 23
- Assunto
- Outros > PODER JUDICIARIO
- Indexação
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- DEFESA, APURAÇÃO, PROCESSO JUDICIAL, REU, LASIER MARTINS, SENADOR, DENUNCIA, AUTORIA, ESPOSA, CRIME, VIOLENCIA DOMESTICA, ENFASE, COMBATE, VIOLENCIA, DESTINATARIO, MULHER.
A SRª FÁTIMA BEZERRA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN. Sem revisão da oradora.) – Obrigada.
Senador Lasier, primeiro quero aqui dizer, com absoluta clareza, que não procede essa afirmação de que há seletividade nas iniciativas que a Procuradoria de Defesa dos Direitos da Mulher ou a Bancada Feminina tem tomado nesta Casa. Não procede isso.
Segundo, quero aqui corroborar o que a Senadora Vanessa colocou. Nós não estamos aqui fazendo julgamento precipitado, até porque não cabe a nós condenar ou inocentar. Cabe exatamente à Justiça, cabe às instâncias competentes tratar desse caso com toda a seriedade que ele requer. Até porque V. Exª, mais do que ninguém, sabe qual é a cultura que ainda impera no Brasil e em boa parte do mundo: a cultura da violência contra a mulher. Não é à toa que temos nos mobilizado tanto no Congresso Nacional, contando inclusive com a participação importante dos Parlamentares homens para aprovar legislações que venham no sentido de garantir a cidadania das mulheres.
Portanto, quero colocar que nós não poderíamos nos omitir de maneira nenhuma. Seja Parlamentar, seja lá quem for, nossa posição aqui é um dever, uma prerrogativa que a gente tem. Repito, o que se quer é a investigação, é a apuração e que tudo seja feito com muita seriedade, para que ao final a verdade venha à tona. Até porque o direito a viver uma vida com dignidade, de viver uma vida sem violência é um direito inalienável não só das mulheres, mas de todos nós.