Discurso durante a 38ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pedido de celeridade na aprovação do novo diretor para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários.

Preocupação com a má administração da saúde no estado do Mato Grosso (MT).

Autor
Wellington Fagundes (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO:
  • Pedido de celeridade na aprovação do novo diretor para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
SAUDE:
  • Preocupação com a má administração da saúde no estado do Mato Grosso (MT).
Publicação
Publicação no DSF de 06/04/2017 - Página 76
Assuntos
Outros > SENADO
Outros > SAUDE
Indexação
  • PEDIDO, COMISSÃO, INFRAESTRUTURA, VOTAÇÃO, ESCOLHA, DIRETOR, AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIARIOS (ANTAQ).
  • APREENSÃO, ADMINISTRAÇÃO, SAUDE, GOVERNO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), FALTA, PAGAMENTO, MEDICO, MEDICAMENTOS, HOSPITAL REGIONAL, MUNICIPIO, RONDONOPOLIS (MT), COBRANÇA, PROVIDENCIA, GOVERNO ESTADUAL, GARANTIA, ATENDIMENTO, POPULAÇÃO, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Moderador/PR - MT. Sem revisão do orador.) – Eu havia pedido a inscrição.

    Eu gostaria aqui de agradecer a todos aqueles que votaram favoravelmente à indicação do Sr. Marcelo Vinaud Prado para a recondução à ANTT, com 51 votos favoráveis. Isso demonstra que o trabalho que ele já vem desempenhando à frente daquela agência tem sido aprovado pelo Congresso, principalmente por nós Senadores.

    É a penúltima agência hoje que falta completar o seu quadro. Com essa indicação, então, a ANTT tem toda a sua diretoria completa. Agora falta apenas a da Antaq, para a qual já temos a indicação do Sr. Francisval Mendes, uma pessoa que conhece também da área, já trabalhou como diretor da agência mato-grossense por quatro anos. A indicação agora já está feita pelo Presidente da República para ser definido o relator pela Comissão de Infraestrutura.

    Como é uma agência que só tem três diretores, eu quero aqui também fazer um apelo a todos os nossos companheiros da Comissão de Infraestrutura para que definamos, o mais rápido possível, pedindo também a mesma celeridade, Presidente, logo que chegue aqui, para que possamos votar. Porque a uma agência com apenas três diretores, sem dúvida nenhuma, falta o voto minerva, ela praticamente não tem como definir, ou seja, votar os projetos.

    Além disso, também, Sr. Presidente, quero aqui colocar uma preocupação nossa, como mato-grossense, sobre a questão da saúde no Estado de Mato Grosso.

    Eu acabo de receber, há pouco, um comunicado do Hospital Regional de Rondonópolis, que é administrado pelo Governo do Estado e foi construído com recursos do Ministério da Saúde, uma luta de todos nós da cidade de Rondonópolis. Hoje nós temos um hospital regional com muitas carências.

    O diretor do hospital me comunica que, desde dezembro, os médicos estão sem receber seus salários. Da mesma forma, as cirurgias foram suspensas.

    Hoje, o Governo do Estado deve ao Hospital Regional de Rondonópolis mais de R$13 milhões. Daqui a pouco, eles estarão numa reunião para decidir o que fazer.

    É importante dizer que esse hospital é administrado por uma das organizações sociais mais históricas do Brasil que é a Fundação São Camilo, de São Paulo, com toda a sua experiência de mais de 80 anos. Aquele hospital, quando foi assumido pela São Camilo, também passava por dificuldades.

    Hoje, o hospital foi reformado, ampliado no governo passado, e agora nós estamos vendo essa situação em que o hospital está sendo depauperado. Se os profissionais não recebem, está faltando medicamento, está faltando equipamento, estão faltando principalmente as condições mínimas para o funcionamento do hospital regional.

    Então, eu quero aqui fazer um apelo ao Governo do Estado de Mato Grosso, ao ex-Senador, hoje Governador, Pedro Taques, porque com a saúde, com a vida das pessoas não se pode brincar. Afinal de contas, se não têm o atendimento, as pessoas padecem, além de muitos já terem perdido a vida. Fica aqui o nosso registro cobrando uma atitude do Governo do Estado.

    O Governo do Estado já trocou três, quatro, cinco secretários. Agora já assumiu o novo secretário, mas governar é a arte de saber priorizar. E priorizar principalmente na questão da vida das pessoas é fundamental.

    Então, fica aqui esse registro. Inclusive quero fazer um apelo a toda a diretoria do hospital regional, aos médicos, para que, mais uma vez, possa haver aí uma forma de não cessar 100% dos atendimentos à população. Compreendo a situação dos médicos, que, desde dezembro sem receber, realmente não têm praticamente condições de tocar o dia a dia, inclusive um hospital demanda a condição emocional. Se um médico também atrasa nos seus compromissos particulares, é óbvio, é claro que o atendimento todo será prejudicado.

    Espero, fazendo um apelo aqui, que o Governo do Estado realmente busque priorizar a vida dos mato-grossenses. Aliás, o Governador chegou a dizer que agora ele iria escolher quem iria morrer e não escolher quem deveria viver. Isso é um absurdo, a nosso ver. Mesmo em qualquer situação de crise, é fundamental priorizar o trabalho de atendimento das pessoas. Portanto, não adianta falar em inaugurar isso ou inaugurar aquilo, se realmente as pessoas estão abandonadas. É claro que também sabemos que o Mato Grosso tem mais de R$1 bilhão na conta, inclusive com muitos recursos em conta parados há mais de dois anos. Então, isso demonstra também, a nosso ver, uma ineficiência na gestão do Governo. Que pelo menos na área da saúde essa atenção seja realmente priorizada no Governo.

    Era isso, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/04/2017 - Página 76