Pronunciamento de Randolfe Rodrigues em 25/04/2017
Discurso durante a 49ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Críticas ao Governo Federal por sua política em relação à questão indígena, com destaque para a agressão sofrida por grupo de índios manifestantes ocorrida na Esplanada dos Ministérios em Brasília.
Críticas à aprovação da reforma trabalhista proposta pelo governo federal na Comissão da Reforma Trabalhista da Câmara dos Deputados.
- Autor
- Randolfe Rodrigues (REDE - Rede Sustentabilidade/AP)
- Nome completo: Randolph Frederich Rodrigues Alves
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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DIREITOS HUMANOS E MINORIAS:
- Críticas ao Governo Federal por sua política em relação à questão indígena, com destaque para a agressão sofrida por grupo de índios manifestantes ocorrida na Esplanada dos Ministérios em Brasília.
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TRABALHO:
- Críticas à aprovação da reforma trabalhista proposta pelo governo federal na Comissão da Reforma Trabalhista da Câmara dos Deputados.
- Publicação
- Publicação no DSF de 26/04/2017 - Página 70
- Assuntos
- Outros > DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
- Outros > TRABALHO
- Indexação
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- CRITICA, GOVERNO FEDERAL, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, POLICIA MILITAR, REFERENCIA, TRATAMENTO, COMUNIDADE INDIGENA, REPUDIO, AGRESSÃO, VITIMA, GRUPO, INDIO, PARTICIPAÇÃO, MANIFESTAÇÃO, LOCAL, ESPLANADA (BA), MINISTERIOS, BRASILIA (DF).
- CRITICA, APROVAÇÃO, PROPOSTA, AUTORIA, GOVERNO FEDERAL, OBJETO, REFORMA, ALTERAÇÃO, DIREITOS E GARANTIAS TRABALHISTAS, LOCAL, COMISSÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP. Sem revisão do orador.) – Presidente, reiterar os termos da minha manifestação ainda há pouco e associar-me, mais uma vez, às manifestações sobre o lamentável ocorrido, ainda há pouco, na porta do Congresso Nacional.
Esta tem sido a política do Governo Temer de diálogo com os povos indígenas: bomba de efeito moral e bala de borracha. Tem sido isso. Isso e uma ofensiva aqui nesta Casa, no Congresso Nacional, para flexibilizar a demarcação, para não ter mais demarcação de terra dos povos indígenas, apoiando a ofensiva de grandes projetos – como o de mineradoras – contra as terras indígenas. E aqui, quando os povos indígenas se dirigem ao Congresso Nacional em busca de serem ouvidos sobre os seus direitos, a resposta é deste tipo.
Sr. Presidente, amanhã eu queria... É fundamental aqui – eu acredito e tenho convicção do senso democrático de V. Exª... Quero cumprimentar V. Exª por já abrir um espaço amanhã, na sua agenda, para reunir-se com as diferentes lideranças que estão acampadas – mais de 30 mil índios de todo o Brasil; mais de 30 mil representantes dos nossos povos originários de todo o Brasil estão aqui. V. Exª muito bem faz, amanhã, ao receber uma comissão representativa deles. Mas é importante que, estes, amanhã, para ser dada uma resposta ao lamentável ocorrido desta tarde, tenham livre acesso, sem necessidade de acompanhamento de Polícia aqui nas dependências do Congresso Nacional. Repito: as dependências do Congresso Nacional pertencem... E nós, a mistura que formou o povo brasileiro, na verdade, é a invasora desta terra aqui. O mínimo que temos que fazer é tratar os representantes das populações originárias com o mínimo de respeito.
Para concluir, Sr. Presidente, só trazer uma informação ao Plenário. Ainda há pouco, a comissão da reforma trabalhista da Câmara dos Deputados, lamentavelmente, com o perdão da expressão, aprovou a desgraça da reforma trabalhista por 27 votos a favor e 10 contra. Só quero aqui advertir que os senhores que estão patrocinando essa reforma lesa-povo, que é o maior retrocesso da história contra o direito dos trabalhadores, que estão rasgando a Consolidação das Leis do Trabalho, na Câmara dos Deputados, tenham certeza de que estão colocando mais gasolina no fogo da greve geral da próxima sexta-feira. Na próxima sexta-feira, a resposta dos trabalhadores, não tenham dúvida, será implacável contra esta ofensiva aos direitos dos trabalhadores representada por essa reforma trabalhista retirando direitos e pela reforma previdenciária.