Fala da Presidência durante a Sessão Solene, no Congresso Nacional

Abertura da sessão solene destinada a comemorar o centenário de nascimento do Sr. Roberto de Oliveira Campos.

Autor
Cidinho Santos (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: José Aparecido dos Santos
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Abertura da sessão solene destinada a comemorar o centenário de nascimento do Sr. Roberto de Oliveira Campos.
Publicação
Publicação no DCN de 18/04/2017 - Página 8
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO SOLENE, CONGRESSO NACIONAL, OBJETIVO, HOMENAGEM, CENTENARIO, NASCIMENTO, EX SENADOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), EX-DEPUTADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS, ELOGIO, VIDA PUBLICA.

      CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ  REDAÇÃO FINAL

      Número Sessão: 003.3.55.N  Tipo: Solene - CN

      Data: 17/04/2017  Montagem: 5827


     O SR. PRESIDENTE (Cidinho Santos. Bloco Moderador/PR-MT) - Bom dia, senhoras e senhores.

      Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

      Declaro aberta a sessão solene do Congresso Nacional destinada a homenagear o centenário de nascimento do Sr. Roberto de Oliveira Campos.

      Convido para compor a Mesa o Deputado Estadual Allan Kardec, representante da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso; o Sr. Ricardo Corrêa, Deputado Federal de 1990 a 1994 e amigo do homenageado; o Sr. Paulo Roberto de Almeida, Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais da Fundação Alexandre de Gusmão do Ministério das Relações Exteriores.

      Também quero registrar a presença do Sr. Antonio de Moraes Mesplé, Ministro do Itamaraty; do Sr. Rodrigo Sérgio Garcia Rodrigues, Secretário Especial da Saúde Indígena do Ministério da Saúde; do Sr. Jorge Luis Mendes, Conselheiro da Embaixada da República da Guiné-Bissau; do Sr. Mohamed Boulmani, Ministro Conselheiro do Reino do Marrocos.

      Estando a Mesa composta, convido a todos para, em pé, cantarmos o Hino Nacional.

      (Procede-se à execução do Hino Nacional.)

     O SR. PRESIDENTE (Cidinho Santos. Bloco Moderador/PR-MT) - Convido, ainda em tempo, para compor a Mesa o requerente desta sessão na Câmara dos Deputados, o Deputado Federal Paes Landim.

      Esta sessão está sendo transmitida ao vivo pela TV Senado e também pela TV Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso para todos os 141 Municípios de Mato Grosso.

      Hoje, Roberto Oliveira Campos estaria completando 100 anos de vida. Mas quis o destino que ele nos deixasse no dia 9 de outubro de 2001 aos 84 anos. Foi economista, diplomata e político brasileiro, mas, sobretudo, foi uma das mentes mais lúcidas que a política nacional já teve.

      Esse mato-grossense nascido na nossa Capital, Cuiabá, em 17 de abril de 1917, trilhou seu caminho na vida pública desde muito jovem, tendo ingressado no serviço diplomático em 1939, exercendo a função nos Estados Unidos da América. Trabalhou no segundo Governo de Getúlio Vargas, sendo um dos criadores do atual Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -- BNDES, do qual foi posteriormente Presidente.

      No Governo de Juscelino Kubitschek, teve participação importante no Plano de Metas. Exerceu os cargos de Embaixador do Brasil em Washington, no Governo João Goulart, e em Londres, durante o Governo Geisel.

      Tornou-se Ministro do Planejamento no Governo Castello Branco, período em que atuou como protagonista para modernizar a economia e o Estado brasileiro, e controlou a inflação.

      Criou, em conjunto com outros, o Banco Central do Brasil e o Fundo de Garantida do Tempo de Serviço -- FGTS, esse, sem nenhuma dúvida, uma das mais importantes conquistas do trabalhador brasileiro. 

      Foi Senador da República por Mato Grosso, por 8 anos, e Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro por duas legislaturas. Foi também escritor e professor.

      Roberto Campos foi defensor incondicional das liberdades democráticas e da livre iniciativa, enfaticamente pela redução do tamanho e da influência da máquina administrativa estatal nas atividades produtivas e da modernização das relações entre o Estado e a sociedade. Autor de frases célebres, costumava dizer: “Estive certo quando tive todos contra mim”. Ouso dizer que talvez essa frase foi -- e ainda é -- uma grande verdade dita em voz alta.

      Roberto Campos combateu, por exemplo, sem o menor apoio e êxito, o monopólio da PETROBRAS, a que ele chamava de “Pretrossauro”. Obcecado com a ideia de progresso e de que o estatismo é trágico e empobrecedor, dizia que o bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito. E que o que ele pode nos dar é sempre menos do que pode nos tirar.

      Senhoras e senhores, o momento que vivemos no Brasil pede mudanças e grandes reformas! Precisamos de reformas amplas e eficazes na Previdência, trabalhista, política, tributária, entre tantas outras. E aí me vem à cabeça outra máxima de Roberto Campos de que o mundo não será salvo pelos caridosos, mas pelos eficientes! E mais: “Continuamos longe demais da riqueza atingível e perto demais da pobreza corrigível!”

      Senhores presentes, quero finalizar, agradecendo a presença de todos, em especial, aos familiares, amigos, companheiros, colegas desse grande homem que foi Roberto Campos.

      Quero registrar também a presença do ex-Prefeito de Cuiabá, Dr. Anildo Lima Barros, que acaba de chegar ao nosso plenário.





Este texto não substitui o publicado no DCN de 18/04/2017 - Página 8