Discurso durante a 56ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão especial destinada a homenagear o Sr. Antônio Lomanto Júnior por 49 anos de vida pública.

Autor
Fernando Bezerra Coelho (PSB - Partido Socialista Brasileiro/PE)
Nome completo: Fernando Bezerra de Souza Coelho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão especial destinada a homenagear o Sr. Antônio Lomanto Júnior por 49 anos de vida pública.
Publicação
Publicação no DSF de 05/05/2017 - Página 14
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, LOMANTO JUNIOR, EX SENADOR, ELOGIO, VIDA PUBLICA.

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Meu caro Presidente e amigo, Senador Otto Alencar. Minha amiga, companheira de Partido, Senadora pela Bahia, Lídice da Mata. Prezado amigo, Senador Garibaldi Alves Filho. Queria aqui também cumprimentar o amigo, Deputado Federal José Carlos Araújo, em nome dele cumprimento todos os Parlamentares da Bahia presentes a esta sessão de homenagem. E quero registrar aqui a presença dos Ministros de Estado, da Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, do Ministro Antonio Imbassahy e do meu amigo, ex-Ministro, Geddel Vieira Lima. Queria cumprimentar a todos os familiares do nosso homenageado na pessoa do meu amigo, Deputado Federal, Leur Lomanto.

    Eu não poderia me ausentar desta tribuna. Fui um dos primeiros a chegar a esta sessão. Abracei os filhos de Lomanto Júnior e disse a Leur que ia dar presença na Comissão de Relações Exteriores, mas para cá voltaria, porque eu acho que através de mim, nesta manhã, vão falar muitos petrolinenses, vão falar filhos da minha terra que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com Lomanto Júnior. Eu falo aqui, Senador Otto Alencar, do meu tio, ex-Governador de Pernambuco, Nilo de Souza Coelho. (Palmas.)

    Eu falo aqui do meu tio, ex-Deputado Federal, Osvaldo de Souza Coelho. (Palmas.)

    Mas eu falo nesta manhã, sobretudo, em nome do meu pai, Paulo de Souza Coelho,... (Palmas.)

    ... rotariano como Lomanto. E ele tinha uma determinação na vida, muito grande: que era unir Petrolina e Juazeiro. Porque ele entendia que aquela ponte, aquele rio, não separavam as duas cidades, mas unia as duas comunidades em defesa do Vale do São Francisco.

    E naquela época em que Lomanto governava a Bahia, meu pai, ao lado do então Bispo de Juazeiro, Dom Tomás Murphy, ao lado de Américo Tanuri, Prefeito de Juazeiro, ao lado de Giuseppe Muccini, ao lado de João Freitas, todos baianos e juazeirenses, fundaram e criaram a Codevasf – Comissão de Desenvolvimento do Vale do São Francisco –, fundada em Juazeiro e Petrolina e que nascia com duas grandes bandeiras. A primeira, implantar uma companhia telefônica entre Petrolina e Juazeiro para que as ligações entre as duas cidades não fossem interestaduais, mas ligações locais. E a companhia se constituiu, se criou e serviu, durante muitos anos, à comunidade de Petrolina e Juazeiro. E a segunda bandeira era a estrada asfaltada de Feira de Santana até Juazeiro/Petrolina. Eu era menino, Senador Otto, tinha pouco mais de 10 anos, e nunca irei me esquecer da inauguração dessa estrada, a estrada que Lomanto trouxe da capital baiana até as margens do São Francisco.

    Juazeiro se engalanava para receber o seu Governador, mas eu aposto que a maior festa Lomanto teve em Petrolina, no Iate Clube, quando o Governador já eleito de Pernambuco, Nilo Coelho, o recebeu em Pernambuco, agradeceu pela estrada e disse que Lomanto o estava colocando numa situação de desafio, porque, se ele, sertanejo de Jequié, tinha feito o asfalto chegar a Juazeiro, ele, sertanejo de Petrolina, haveria de ligar Petrolina até o Recife, no asfalto. (Palmas.)

    Por isso é que eu precisava vir a esta tribuna para dar o testemunho de como este Governador da Bahia, este Senador, este homem público marcou a história da minha cidade e marcou a minha história, porque o asfalto que ligou Juazeiro a Salvador me levou a estudar na Bahia. Em vez de fazer o curso de ginásio e científico no Recife, era mais próximo ir pela estrada de Lomanto, no ônibus leito da São Luís, para poder fazer o curso de ginásio e científico nos Maristas de Salvador. E, aí, eu tive o privilégio de me tornar também meio baiano. Convivi na Bahia durante sete anos. Devo a minha formação aos professores, às instituições de ensino, que me empurraram para a trajetória política que hoje abraço.

    Por isso, Senador Otto, minha amiga, Senadora Lídice, meu amigo, Deputado Leur Lomanto, é uma belíssima homenagem a que o Senado presta hoje ao Governador Lomanto Júnior. É um dos grandes nomes da história da política da Bahia e é um homem que tinha um temperamento alegre, como Lídice aqui bem colocou. Depois, eu cruzei com Lomanto aqui, neste Senado, ainda à época de Nilo Senador, cruzei com ele aqui e só via nele o sorriso, o desejo de bem viver, de bem servir e sempre a paixão pela Bahia e a paixão, sobretudo, pelo interior da Bahia.

    Portanto, salve Lomanto! Viva Lomanto! E que ele sirva de exemplo e de inspiração para os que hoje marcham na vida pública para servir ao seu povo e a sua gente.

    Parabéns.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/05/2017 - Página 14