Discurso durante a 54ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre a greve geral ocorrida em 28 de abril.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MOVIMENTO SOCIAL:
  • Comentários sobre a greve geral ocorrida em 28 de abril.
Aparteantes
Fátima Bezerra, Lindbergh Farias, Vanessa Grazziotin.
Publicação
Publicação no DSF de 03/05/2017 - Página 21
Assunto
Outros > MOVIMENTO SOCIAL
Indexação
  • COMENTARIO, REALIZAÇÃO, GREVE, AMBITO NACIONAL, PARALISAÇÃO, TRABALHADOR, MOTIVO, DESAPROVAÇÃO, REFORMULAÇÃO, LEGISLAÇÃO PREVIDENCIARIA, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, GESTÃO, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEFESA, RETIRADA, MATERIA, APRECIAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Jorge Viana, ontem foi 1º de maio, mas é a primeira oportunidade que nós estamos tendo, aqui no plenário do Senado, de falar sobre a greve geral, sobre a paralisação que houve no País.

    O primeiro esclarecimento, pessoal, é que muita gente confunde ato de protesto com greve geral. Ato de protesto se faz em sábado, se faz em domingo, como aconteceu muito aqui no País, com 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões, 4 milhões, se quiserem, de pessoas na rua. Greve é cruzar os braços. Greve são os bancos pararem. Greve, sim, são os rodoviários pararem, são os metroviários pararem, são os ferroviários pararem, são as fábricas pararem. A greve, na maioria dos casos, é até silenciosa, é o protesto silencioso dos homens e mulheres que pararam as máquinas. As máquinas param. Por isso, o movimento atingiu assim mais de 40 milhões de pessoas. Foi a maior greve – e eu coloquei às 8h da manhã do dia no meu Twitter – da história deste País.

    Mas eu inicio com esta frase, de que eu gostei muito, que estava em frente a um banco: "Deputado ganha alto salário para tirar direito dos trabalhadores". E é verdade mesmo. Eu acho que é uma covardia o cara ganhar mais de R$30 mil para vir para o Congresso retirar direito do trabalhador, tanto aquilo que está na CLT, como também na reforma da previdência.

    Mas vamos mostrar umas fotos. Na Rodoviária de Brasília não havia ninguém. Não era só ônibus, não havia ninguém. O povo ficou em casa, nem veio para a Rodoviária. Vocês viram multidão nas rodoviárias? Viram multidão nos metrôs? O povo ficou solidário, solidário ao movimento liderado pelas centrais e pelas confederações.

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – Mesmo sem a grande imprensa falar da greve.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Com certeza.

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – Parece que era proibido falar.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Não falaram, mas aconteceu. Está aqui. Foi o grito silencioso. Não havia barulho em nenhuma fábrica e os próprios empresários reconheceram, estava tudo parado. Banco não abria, comércio não abria, os ônibus não circularam.

    Querem mais? Vamos ver, então. Metrô de Brasília: nem abriu as portas. Está aqui, Metrô de Brasília. Querem mais? Rodoviária de Brasília: nada circulando – nada circulando. Mas vamos sair de Brasília. Terminal Rodoviário de São Paulo: tudo paradinho, silêncio, quietinho. Isso é o que tem que mostrar.

    Por isso que a pesquisa que sai hoje demonstrou a mesma coisa: 70% da população – para mim é até mais, mas saíram 70% – é contra a reforma previdenciária; e 65%, 68%, a trabalhista.

    Isso aqui é num banco. Algum banco operou? Claro que não operou, vocês sabem que não. Comércio vendeu? Não vendeu, prejuízo. As fábricas produziram? Não produziram, porque os trabalhadores não foram para as fábricas.

    Outra aqui do Metrô de São Paulo, olhe só: vazio, vazio, vazio. Eu estive lá, em Goiânia e em Minas. O que se via nas ruas eram só militantes. Havia algumas pessoas nas ruas, mas eram os militantes das causas, das centrais, repito, das confederações, dos sindicatos, das associações.

    Alguém tem dúvida ainda de que não houve greve? O próprio Governo reconhece, pessoal. Todo mundo sabe que, nos bastidores do Governo, o Governo dizia: "surpreendeu a todos".

    Mas querem mais? Vamos para Salvador, então. Está aqui a foto e está a fonte. Está aqui, porque nos metrôs eu não achei ninguém, nas rodoviárias, estou repetindo, não achei ninguém, mas eu achei, em atos localizados, militantes, com as suas bandeiras, de todas as cores, e a bandeira do Brasil imperando aqui, nessas fotos. Vamos ver mais aqui: Sorocaba.

    Isso é greve, pessoal! É greve, repito. As fábricas pararam, parou tudo neste País!

    Quem está me ouvindo em sua cidade, por menor que ela seja, veja, lembre a greve de sexta e me diga se não houve protesto na sua cidade. Você vai dizer: "O Senador tem razão". Eu não vou nem perguntar qual é a cidade. São mais de 5 mil cidades, e houve protesto, sim, nas 5 mil cidades. Mais ou menos protestos, mas houve. O Brasil disse "não" à reforma da previdência e à reforma trabalhista. É impossível que este Governo não acorde e não veja isso. É como repito: dá uma de avestruz.

    Vi o Ministro da Justiça, encabulado, triste, cabisbaixo, dizendo: "É, não foi o movimento que achávamos que haveria", de cabeça baixa, olhando para o chão e dizendo: "Por isso, vamos manter as reformas." É brincadeira!

    Vamos ver Brasília.

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – E, cedo, ele estava acusando, dizendo que era um grupo de baderneiros.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – É, quando não se tem argumento, apela-se para dizer que é grupo de baderneiros. Isso é quando não se têm argumentos.

    Sei que houve trocadores no meio, mas vão querer o que numa greve geral? Que não haja algum desencontro, encontro ou algo mais forte? Claro que vai haver! Acho até que, no geral, pessoal, houve pouco confronto, muito pouco. Lamento muito aquele caso, se não me engano, de Goiânia. Foi um ato covarde daquele policial, foi sim, ele sabe que foi. Os próprios policiais já estão...

    Olhe esta aqui: Santarém. Olhe o movimento de Santarém. Quero só terminar essas fotos rapidamente. Santarém – olhe só que maravilha de foto! E eu poderia rapidamente ir mostrando aqui, porque é tanta foto que recebi, uma em cima da outra. Olhe só, de todo tipo que vocês imaginarem remeteram para o meu gabinete. Aqui é Porto Alegre. Olhe, existe de todo tipo, pessoal, e dizem que não houve greve. É tanta bobagem, tanta mentira. Por isso é que essa tal reforma que eles querem não vai passar de jeito nenhum.

    A CPI nós instalamos e começou a funcionar hoje de manhã. São mais de cem requerimentos. Respondam os requerimentos. Não façam como eles fizeram lá na Câmara, em que não responderam os requerimentos, nenhum! Os Senadores querem saber, respondam o que está naqueles cem requerimentos, de diversos Senadores de todos os partidos. Vamos provar...

    Olhe aqui, olhe aqui, e depois dizem que não houve greve. Olhe esta aqui: "Nenhum direito a menos, só isso". Estou com mais de cem fotos aqui e até disse ao pessoal: "Não vou poder mostrar tudo isso". E eles pediram: "Então, mostre pelo menos da minha cidade". É de todo o Brasil.

    Olhe esta aqui: "Contra a reforma trabalhista. Contra a reforma da previdência". "Assim não dá". Olhe esta aqui, belíssima também. Bem grande tirada lá de cima: "Reforma não".

    Olhe esta cidade aqui: começou a chover, todo mundo de guarda-chuva, Lindbergh, e eles dizem que não tem...

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Senador, depois eu queria um aparte.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Vou lhe dar em seguida, vou lhe dar, faço questão.

    Olhe esta aqui: todos vestidos de palhaço. Tiraram o povo brasileiro para idiota e palhaço com essas reformas.

    Aqui há de tudo: "Fora, Temer", "Greve geral", "Não vamos abrir mão de direitos". É foto colorida, é foto em preto e branco, é foto para todo gosto aqui.

    Todas as centrais e confederações unidas! Todas! Todas as centrais e confederações unidas numa única versão. Mas não vou mais mostrar fotos, porque são quase mil fotos que recebi aqui. Não há mais nem lugar aqui em cima.

    Senador Lindbergh, por favor, para o aparte de V. Exª.

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Quero parabenizar V. Exª. Essa foi a maior greve da história do País! Como V. Exª disse, greve é parar produção. Foram 40 milhões de trabalhadores, Senador Paulo Paim. E olhe que tentamos fazer muita greve nesse período. A última grande greve ocorreu em 1988, mas temos que admitir que não conseguimos mobilizar como desta vez. As pessoas pensam: "Ah, não; é porque houve paralisação de transporte". Não; é porque houve adesão! Outras vezes nós tentamos, mas não conseguimos uma adesão gigantesca como esta. E isso é porque as pessoas estão percebendo que essas reformas são reformas contra o trabalhador. É aquilo que falávamos do golpe: "Esse golpe não é contra Dilma; é um golpe contra a democracia e contra o povo trabalhador". Então, as pessoas perceberam e aderiram a essa greve, tanto é que a aprovação do Governo do Temer, segundo divulgado pelo Instituto Ipsos, é de 4%; 92% acham que o Brasil está no caminho errado. Eu quero chamar a atenção aqui para o monitoramento feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV, sobre a greve. Diz que a greve atingiu 1,1 milhão menções, sendo um dos assuntos mais comentados do mundo. Houve uma repercussão superior – e é a FGV que está falando – àquela do movimento do impeachment contra Presidenta Dilma – superior! Diz que, pela primeira vez, há um deslocamento para esse lado nesse último período da história. Agora, eu queria chamar a atenção para uma coisa, Senador Jorge Viana: o jornalismo de guerra feito, em especial, pela Rede Globo nesse caso da greve geral. Que sabemos que a Rede Globo manipula é um fato, mas, no último período, depois do golpe, eu acho que, tanto em cima do Presidente Lula quanto em relação à greve geral, o que se tem feito é um jornalismo de guerra, com nenhum espaço para o contraditório. Espaço algum para o contraditório! Era discussão o tempo todo tentando passa a ideia de baderna. No caso do Rio de Janeiro, houve uma ação extremamente abusiva por parte...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – ... da Polícia Militar, que simplesmente dispersou a mobilização. A Deputada Jandira Feghali estava falando do palco da Cinelândia e eles jogaram a bomba no palco! E eu quero aqui lamentar também as cenas que acontecerem em Goiás com o estudante Mateus – cenas bárbaras! Nós estamos organizando uma comitiva – a Senadora Fátima Bezerra, a Senadora Vanessa, a Senadora Gleisi, e estamos vendo se participam outros Senadores – para ir a Goiânia prestar solidariedade. Vamos tentar conversar com o Governador, porque aquilo que aconteceu é inadmissível. Mas eu quero encerrar aqui a minha participação, Senador Paulo Paim, parabenizando V. Exª, que é um dos grandes lutadores desta causa. Eu estou muito mal impressionado com tudo. Vocês sabem que a discussão, hoje, nos jornais – e eu encerro falando sobre isso – é uma reforma trabalhista agora dirigida aos trabalhadores rurais, Senador Cristovam – uma proposta de Nilson Leitão, do PSDB. Nessa proposta, ele permite substituir o salário por pagamento de alimentação e moradia. Isso é regime de servidão!

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Isso é senzala!

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Eu me lembro de um filme da Tizuka Yamasaki – se não me engano, Gaijin – que retratava imigrantes japoneses que vinham para o País e viviam nesse regime de servidão, sempre devendo nas vendas. Eram trabalhadores escravos! Então, é essa a proposta – e daqui a pouco vou falar sobre isso – que estão querendo aprovar agora. É um escândalo! Agora, encerro dizendo que o Senado não aprova essa reforma trabalhista. Vocês sabem que o projeto de terceirização que veio da Câmara foi aprovado há um ano pelo Eduardo Cunha, quando ainda era Presidente – um projeto do Sandro Mabel...

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Aqui ele não passou.

    O Sr. Lindbergh Farias (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Não passou! E o Relator é o Senador Paulo Paim. Tivemos apoios aqui. Acho que há uma situação aqui, no Senado, para que impeçamos aqui que esse regime, que é a volta da escravidão, volte a vigorar neste País. Parabéns, Senador Paulo Paim! Parabéns a todos os trabalhadores brasileiros, às centrais sindicais, por essa grande greve geral.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Senador, um minuto para a Senadora Vanessa Grazziotin, se V. Exª me permitir.

    A Srª Vanessa Grazziotin (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – E eu usarei o exato um minuto que V. Exª me concede. Senador Paim, também quero cumprimentar V. Exª e dizer que não há mais o que falar – eu falarei em seguida –, neste aparte, sobre o que V. Exª falou da greve, que foi a maior greve geral que este País já viu. A maior! Não adianta eles dizerem: "Não, porque eles ficaram sem transporte". As pessoas, quando querem trabalhar e estão sem transporte, dão um jeito. Mas as pessoas não saíram de casa, porque apoiavam, e mesmo aquelas que foram trabalhar, as poucas, Senador Paim, apoiavam o movimento e diziam: "Nessa, eu não vou, porque sou empregada de uma empresa muito pequena. Tenho contrato individual. Se eu for, vou perder o meu emprego, mas, na próxima, eu vou, porque não aceito que aprovem essas reformas".

(Soa a campainha.)

    A Srª Vanessa Grazziotin (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Mas quero dizer – e por isso solicitei o aparte – que V. Exª, mais uma vez, tem uma grande responsabilidade para com a Nação, que são os trabalhos desta CPI que começou a funcionar hoje, Senador. Não tenho dúvidas. V. Exª não tem dúvidas. O próprio Governo Federal não tem dúvidas. Não há déficit na Previdência Social! Mas precisamos de uma CPI para mostrar isso para a população brasileira: não há déficit.

(Soa a campainha.)

    A Srª Vanessa Grazziotin (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Então, por que tirar direito dos trabalhadores? Então, quero desejar a V. Exª sucesso na CPI. Não componho a CPI, mas, sempre que precisar, Senador Paim, me chame, porque estou disposta a ajudá-los neste trabalho que considero fundamental, primordial, rumo à derrota dessas reformas antipovo, que não permitiremos que passem no Congresso Nacional. Parabéns, Senador Paim! Muito obrigada.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Muito bem, Senador Vanessa.

    Senadora Fátima, para concluir esse um minuto.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Senador Paim. Trago aqui também as fotos de Natal.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – De Natal.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Natal está entre as capitais que, proporcionalmente, realizou uma das maiores mobilizações sociais nesta última sexta-feira, o que mostra claramente, Senador Paim...

(Soa a campainha.)

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – ... que não adianta o Governo desqualificar, tentar subdimensionar as manifestações, como o fez na sexta-feira. Não adianta chamar a grande mídia, distorcer, inclusive, o sentido geral da greve e até criminalizar os protestos. O fato é que as fotos falam por si. O fato é que não adiantava naquele dia ninguém fingir, Senador Jorge Viana, como se nada estivesse acontecendo no País. Era escola, era universidade, era transporte parados.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Professores, quase 100%, que é a sua categoria.

    A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Exatamente, 100%! Além da rede pública, também várias escolas da iniciativa privada aderiram, por quê? Porque sabem claramente o que está em jogo, Senador Paim. É a dignidade dos trabalhadores, é o direito sagrado à aposentadoria. Enfim, acho que o movimento do dia 28 – encerro, dizendo – passa para a história como um movimento não só das centrais sindicais, não só dos partidos de oposição. A esse movimento aderiu a maioria da sociedade brasileira, porque compreende claramente que o que está em jogo é o presente e o futuro da cidadania do nosso povo.

(Soa a campainha.)

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Sr. Presidente, muito obrigado a V. Exª.

    Acho que as centrais, Senador Lindbergh, já decidiram: se o Congresso não parar, a próxima greve vai ser de dois dias. Já existe uma decisão das centrais – e hoje vamos estar com eles novamente, eles irão visitar o Senado, por iniciativa de um grupo de Senadores –, e eles dizem que, se não pararem com essas duas reformas, a próxima vai ser de dois dias; e a outra poderá ser de três dias.

    Isso não é bom para o País.

    Por isso, mais uma vez, faço um apelo: Presidente Temer, não é feio; é bonito! É dos grandes líderes reconhecer quando errou. Reconheça que errou e retire essas duas reformas.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/05/2017 - Página 21