Pronunciamento de Lindbergh Farias em 02/05/2017
Discurso durante a 54ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Crítica à orientação do Presidente Michel Temer para cortar o ponto dos servidores públicos federais que participaram da greve geral ocorrida em 28 de abril.
- Autor
- Lindbergh Farias (PT - Partido dos Trabalhadores/RJ)
- Nome completo: Luiz Lindbergh Farias Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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GOVERNO FEDERAL:
- Crítica à orientação do Presidente Michel Temer para cortar o ponto dos servidores públicos federais que participaram da greve geral ocorrida em 28 de abril.
- Publicação
- Publicação no DSF de 03/05/2017 - Página 66
- Assunto
- Outros > GOVERNO FEDERAL
- Indexação
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- CRITICA, ORIENTAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ASSUNTO, CORTE, SALARIO, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, HIPOTESE, PARTICIPAÇÃO, GREVE, AMBITO NACIONAL, PARALISAÇÃO, TRABALHADOR.
O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu só queria comunicar ao Plenário, aos Senadores, que este Presidente ilegítimo, Michel Temer, parece que quer se superar a cada hora. Agora acabou de orientar os seus subordinados a cortar o ponto dos grevistas, dos servidores públicos federais que participaram da greve do dia 28. Está aqui um ofício assinado pelo Secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho no Serviço Público, Augusto Akira, determinando o corte de ponto de todos os servidores públicos federais.
Primeiro, o Governo não reconheceu o tamanho dessa greve, que paralisou 40 milhões de trabalhadores, com uma força enorme no serviço público. Se ele está achando que vai intimidar... Nunca houve na história, Senador Cássio, corte de ponto em greve geral. Há corte de ponto em greve específica, mas em greve geral nunca.
Em um movimento amplo como esse, parece que a posição do Presidente, em vez de escutar o que houve naquelas mobilizações, é de enfrentamento. Eu tenho uma certeza: se ele acha que vai intimidar os servidores públicos, a resposta vai ser o contrário – mais mobilizações. E eu chamo a atenção dos Senadores de que essa greve tem de ter impacto aqui, na votação dessa reforma trabalhista e na da reforma previdenciária.
Quero aqui fazer esta fala, dizendo que chega de autoritarismo. Este Governo não poderia ter tratado dessa forma os servidores públicos federais. E o meu sentimento é de que a mobilização vai se fortalecer ainda mais, porque vai ter reação por parte dos servidores públicos.