Pela ordem durante a 54ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre a greve geral ocorrida em 28 de abril.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
MOVIMENTO SOCIAL:
  • Comentários sobre a greve geral ocorrida em 28 de abril.
Publicação
Publicação no DSF de 03/05/2017 - Página 75
Assunto
Outros > MOVIMENTO SOCIAL
Indexação
  • COMENTARIO, REALIZAÇÃO, GREVE, AMBITO NACIONAL, PARALISAÇÃO, TRABALHADOR, CRITICA, ATUAÇÃO, SINDICATO, REFERENCIA, ATO, VIOLENCIA, EXTINÇÃO, OBRIGATORIEDADE, CONTRIBUIÇÃO SINDICAL, ENFASE, LEGITIMIDADE, DIREITO, CORTE, SALARIO, HIPOTESE, PARTICIPAÇÃO, EVENTO.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu gostaria de fazer um registro sobre a fracassada greve do dia 28.

    Eu ouvi o Senador Lindbergh falando aqui que 40 milhões de brasileiros pararam – trabalhadores. Eles foram parados. Eles foram parados por meia dúzia de milicianos que foram para a rua revoltados porque a Câmara tirou deles a chamada contribuição sindical forçada.

    E nós não teremos mais, nós vamos manter... Aqui no Senado essa boquinha, essa mamata vai acabar.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Então...

    Posso continuar, Sr. Presidente?

    O SR. PRESIDENTE (Cássio Cunha Lima. Bloco Social Democrata/PSDB - PB) – Prossiga.

    A Senadora Gleisi, inclusive, é a primeira inscrita após a palavra de ordem de V. Exª e do Senador Petecão.

    Conclua por favor, Senador Magno.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Sr. Presidente, 40 milhões pararam? Não; eles foram parados. Os milicianos queimaram pneus. O pneu fez o papel. Fecharam as vias, fecharam rodovias e milhões, quem sabe uns 38 ou 39 milhões deixaram de chegar ao trabalho. E aqueles que chegaram ao trabalho foram impedidos de entrar em seu ambiente de trabalho, porque os milicianos estavam revoltados com a perda da chamada contribuição sindical. Aliás, tem um projeto mais antigo aqui, do Senador Petecão, nesta Casa, que a Casa não se dispôs a votar e já deveria ter votado. E, no final dessa boquinha, na verdade, eles foram para a rua revelar a sua revolta.

    Agora, quero dizer a última coisa: quem é que convocou a greve do dia 28? Quem convocou? Aqueles que destruíram o País. Aqueles que produziram 14 milhões de desempregados, aqueles que mandaram o nosso dinheiro para Cuba, para a Venezuela, para o índio da Bolívia, que deram o nosso dinheiro para o Kirchner e pagaram o João Santana. Milhões de dólares no exterior para poder eleger o presidente de El Salvador, um País importante para o mundo, com todo o respeito ao povo.

    Levaram para lá o nosso dinheiro. João Santana virou marqueteiro da América Latina, o capeta – elegia todo mundo com o dinheiro do Brasil. João Santana, o capeta do marketing, com o dinheiro, o suor e o sangue do povo brasileiro.

    Vamos parar de brincadeira, vamos parar de zombar, vamos parar de anarquia, porque o povo brasileiro não aguenta mais isso.

    Aí, a gente ouviu um negócio desse. Eu ouvi isso pelo rádio, do meu querido atleta, praticante de Ironman, o Senador Lindbergh, meu amigo atleta, que 40 milhões de trabalhadores pararam – ledo engano, e não procede. Há uma inverdade em tudo isso.

    Sr. Presidente, eu encerro a minha fala dizendo o seguinte: se o ponto dos grevistas foi cortado, tudo na vida pressupõe sacrifício. O direito de greve é legítimo, está na lei. O País reconhece e sabe. Agora, quem se dispõe a ir para a greve sabe também que há um preço a ser pago. Então, não dá para o indivíduo abandonar o seu posto de serviço e, depois, os seus defensores: "Não, não pode cortar o ponto, porque é um direito legítimo!" É legítimo! O errado seria impedi-lo de ir à greve. Ninguém foi impedido. Quem foi, foi porque quis.

    Pau que dá em Chico dá em Francisco, Sr. Presidente. Eu não sei se esse adágio é novo. Se não for, eu inventei ele agora, mas eu escuto mãe falar isso antes de eu nascer os dentes.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/05/2017 - Página 75