Pela Liderança durante a 68ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Manifestação contra o Governo Michel Temer e defesa da proposta de convocação de eleição direta para o cargo de Presidente da República.

Autor
Paulo Rocha (PT - Partido dos Trabalhadores/PA)
Nome completo: Paulo Roberto Galvão da Rocha
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Manifestação contra o Governo Michel Temer e defesa da proposta de convocação de eleição direta para o cargo de Presidente da República.
Publicação
Publicação no DSF de 19/05/2017 - Página 46
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • DEFESA, AFASTAMENTO, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, ILEGITIMIDADE, GOVERNO, NECESSIDADE, ANTECIPAÇÃO, ELEIÇÃO DIRETA, SOLUÇÃO, CRISE, POLITICA, RESPEITO, DEMOCRACIA, PAIS.

    O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadoras e Senadores, realmente chegamos ao ápice da crise política que foi instalada já há algum tempo.

    Não é a busca de culpados. Eu acho que as lideranças políticas, os Partidos políticos têm responsabilidade perante a democracia do nosso País e perante o nosso povo. Mas é fundamental lembrar que esse momento que estamos vivendo agora foi provocado por uma conspiração política que se instalou no Brasil.

    Forças políticas conservadoras, articuladas com interesses internacionais, golpearam a democracia para tirar um grupo que estava no poder instalado e que estava, mal ou bem, construindo o processo de um Estado social, dando oportunidades para todos, criando dignidade e cidadania para o nosso povo e para a nossa gente.

    No primeiro momento, nos oito anos de Lula, nós enfrentamos um problema que era a questão da economia, em consequência dos problemas na economia mundial, mas soubemos atravessar esse momento, assegurando as mudanças e a instalação de um Estado democrático em nosso País.

    O segundo momento foi já no governo Dilma, e acho que ela atravessou bem, enfrentando essas dificuldades. Realmente, já no final, houve problemas da economia, do processo de desenvolvimento do nosso País. Ao final, acho que nós, se cometemos algum erro, devemos fazer a autocrítica no sentido do dirigir a economia do nosso País. No entanto, não havia nenhum motivo para golpear a democracia. Havia dificuldades econômicas, mas a conspiração, que já estava instalada no nosso País, foi buscar criminalizar não só a Presidenta, mas criminalizar o Partido dos Trabalhadores, que estava como o principal comando de uma aliança política que estava se estabelecendo.

    Então, o que nós estamos vivendo hoje é produto de uma crise. Havia problemas econômicos, mas não se justificava a quebra da democracia, a instalação de um processo que levou a esse estado de coisas. Esse processo começou a influenciar parte do Judiciário e parte do Ministério Público, que direcionavam o processo para criminalizar um setor da política brasileira. E essa situação acabou se alastrando para todos aqueles que hoje agora estão na berlinda do processo que se instalou no nosso País.

    Por isso, o Partido dos Trabalhadores vem dizer o seguinte: agora não há outra saída. Os partidos políticos estão todos nesta crise, e a saída é consultar o povo. O povo é orientador quando nem os partidos nem as principais lideranças dão solução para o problema do nosso País.

    A palavra de ordem, para facilitar as coisas, é que o Sr. Michel...

(Soa a campainha.)

    O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA) – ... Temer, que se instalou ilegitimamente, renuncie e crie as condições para fazermos eleições diretas, chamando o povo a decidir. Este é o único rumo para sair da crise política: com um governo forte, saído do eco, da vontade, da força do povo. Este, sim, é aquele que tem a maior capacidade de resgatar a democracia no nosso País e direcionar um governo que seja instalado a partir desta democracia e a partir de um debate franco e aberto com um programa claro, para sair da crise política e da crise econômica que está instalada no nosso País.

    Portanto, vamos chamar o povo para as ruas para bradar que deve haver eleições já e diretas, para eleger um novo grupo político. E que esse grupo se instale e possa tirar o País da crise econômica, da crise moral e da...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA) – ... política, que estão instaladas no nosso País.

    Por isso, é responsabilidade de todas as lideranças aqui, de todos os partidos. A solução da crise é realmente novas eleições, para que, através do debate franco, aberto e democrático, o povo oriente, colocando quem seja no poder político do País para resgatar a grandeza que é o Brasil, o potencial que tem o Brasil de se desenvolver, distribuir renda, dar oportunidade para todos, gerar dignidade, gerar cidadania. Isso nós já conseguimos instalar no nosso País.

    Por isso, tem-se que chamar o povo para realmente redirecionar isto que está instalado aí: a ilegitimidade.

    Portanto, o Presidente Michel Temer deveria renunciar, retirar todas as suas iniciativas políticas...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA) – ... reforma da previdência, reforma trabalhista, as medidas provisórias que estão intervindo no processo. Não há saída por causa dessa ilegitimidade.

    E chamar-se o povo para poder, através de uma eleição, instalar um novo governo que dê condições e tenha condições, com a força do povo, de tirar o País do problema da economia, tirar o País da crise política e tirar o País de todas as crises que estão instaladas hoje.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/05/2017 - Página 46