Discurso durante a 68ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Análise da situação político-institucional do País e críticas à mudança de discurso do PT sobre a investigação de membros do Partido dos Trabalhadores e de outros partidos.

Autor
José Medeiros (PSD - Partido Social Democrático/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Análise da situação político-institucional do País e críticas à mudança de discurso do PT sobre a investigação de membros do Partido dos Trabalhadores e de outros partidos.
Aparteantes
Paulo Paim.
Publicação
Publicação no DSF de 19/05/2017 - Página 65
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • COMENTARIO, CRISE, POLITICA, PAIS, MOTIVO, GOVERNO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, QUEBRA, ECONOMIA NACIONAL, SUPERFATURAMENTO, OBRAS, CRITICA, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), INCOERENCIA, APOIO, OPERAÇÃO, POLICIA FEDERAL, INVESTIGAÇÃO, CRIME, CORRUPÇÃO, CONFIANÇA, DELAÇÃO, EMPRESARIO, AGRONEGOCIO, ACUSAÇÃO, CRIME DE RESPONSABILIDADE, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente João Alberto, todos os brasileiros que nos acompanham pela Rádio e pela TV Senado, que nos acompanham neste momento pelas redes sociais, creio que só V. Exª, com o tanto de tempo que tem acompanhando a vida do Brasil, a história do Brasil – podemos dizer que é a história contemporânea viva – pode mensurar este momento pelo qual estamos passando, este momento de fragilidade política, de uma imensa fragilidade também na economia. Uma coisa depende da outra, basta ver o que ocorreu hoje com a Bolsa, com o dólar. A Bolsa brasileira teve de, inclusive, fazer o chamado circuit breaker: param quando chegam a uma queda de dez pontos.

    É um momento muito difícil, mas os próprios estudiosos e os pensadores já diziam que os momentos de crise aguda são momentos em que você tem a oportunidade de mudar o curso de tudo. Nós estamos agora diante de uma situação em que temos de nos reunir para achar uma saída, sob pena de que o povo tome as rédeas da situação e venha para as ruas novamente, de que tomem a procuração – não direi as rédeas –, mas de que tomem a procuração que nos deram de volta e que vão para as ruas novamente. Isso, neste momento de conflitos, não seria nada bom para o País. Não seria bom por quê? Porque o Partido que era chamado de o dono das ruas, que saiu do Governo porque o povo puxou de volta a produção que a ele tinha dado, não se contentou. Mesmo no momento em que estava saindo, seus principais líderes chegaram a dizer: "Vamos tocar fogo neste País, vamos incendiar este País". Realmente, de lá para cá, foi o que aconteceu, com conflito. Tivemos até cadáveres.

    Mas, neste momento, nos busca fazer avaliação do cenário: como chegamos a este ponto? Como foi que chegamos a este momento de tão extremada crise no cenário político? É bom a gente rememorar aqui, porque hoje eu vi vários Senadores chegarem aqui e passarem uma régua no passado do Governo passado, como se eles não tivessem responsabilidade nenhuma. Chegaram aqui apontando o dedo sobre esse fato que aconteceu ontem, que os jornais noticiaram.

    Eu achei interessante, porque, até poucos dias, Senador João Alberto, a Polícia Federal não tinha credibilidade. Tudo que ela dizia era como se a Polícia estivesse fazendo parte de uma perseguição ao Governo que saiu. Era como se todos os delatores fossem mentirosos. Então eu acho que, de certa forma, os que diziam isso aprenderam uma lição. Primeiro, pelo que eu vi que foi dito hoje, que delações premiadas têm validade. Pelo menos passaram, a partir de hoje cedo, a ter validade, por todos os que falaram aqui. Segundo, que gravações de corrupção do Presidente não são uma afronta à democracia – porque até então eram, tanto do ex-Presidente Lula quanto da ex-Presidente Dilma, eram uma afronta à democracia. E dizia-se aqui – inclusive o Senador que me antecedeu, dizia: “Imagine gravar um Presidente da República!” Era o que falava. Mas a partir de hoje passaram a ser normais dentro da democracia.

    Também uma lição que ficou hoje para o Partido que saiu do poder é que a Lava Jato e as demais operações de combate à corrupção não são uma perseguição contra Lula e contra o PT. Agora há pouco uma Senadora disse aqui que agora vale, porque antes eram parciais. Eu falei: “Não é possível! Esse raciocínio não cola". Ou a Polícia tem credibilidade ou não tem. Ou o Ministério Público tem credibilidade ou não tem.

    E também eu acabei sabendo hoje que a Globo não é golpista, que o noticiário da Globo também agora vale. E também que a Polícia Federal não atua na ilegalidade. Isso tudo foi hoje cedo, aqui assistindo aos discursos. E mais um ponto: que até agora os delatores eram pessoas criando histórias para evitar que Lula fosse candidato em 2018. Agora não, as delações valem.

    Medeiros, você está querendo inocentar alguém? Não, eu estou fazendo uma reflexão sobre como é e por que é que essas pessoas estão defendendo tanto a democracia hoje, por que querem tanto que mude a Constituição – porque já estão chamando, até, que, se houver eleição indireta aqui, será um golpe. Que golpe? É o que está na Constituição! A menos que o TSE faça uma mudança e diga que vá ter nova eleição. Mas até agora... e já estão dizendo.

    Por que é que estão tão ávidos, tão acelerados? E ontem falavam com tanta alegria aqui que aconteceu e que o Temer foi gravado. É na esperança, sabe de quê? De que haja eleição imediatamente. Para quê? Para que Lula venha como candidato. E eu acho até positivo, Senador João Alberto, que haja isso, porque, aí sim, vai ser julgado pelas ruas e pelo que fez com o povo brasileiro.

    Primeiro, só para fechar esse tópico, não houve parcialidade alguma. As coisas foram feitas de forma tão atabalhoada por esses 13 anos de governo, que eles, na sua arrogância... Estou para dizer que nem a ditadura militar, Senador João Alberto, foi tão arrogante no poder quanto esse grupo que estava no poder até há pouco. Se sentiram acima de todos, donos da verdade, e até a própria Bíblia diz: "a arrogância precede a queda". E aqui tem um trecho bíblico que também ilustra bem isso. Dizem que Nabucodonosor fez os Jardins Suspensos da Babilônia, subiu e disse: "Eis a Babilônia, que construí para o meu deleite, para a minha honra". O Lula se comportava um pouco assim no poder: "eis o Brasil, meu jardim". Era como se ele fosse dono de tudo, tutelasse a todos. E subiram no poder, todo mundo sabe de que forma: usando os pobres como biombo, usando as elites também, criticando as elites e apontando o dedo para os outros. Era assim que faziam.

    E, quando chegaram ao poder, o que aconteceu? Porque eram donos de todas as soluções para o País. Quando chegaram ao poder, aconteceu uma coisa interessante. Vou citar só algumas coisas aqui para que a gente não perca. E por que estou falando isso hoje? É por que quero fazer um fechamento com os acontecimentos, porque a gente precisa contextualizar o que aconteceu hoje, o que está acontecendo no Brasil hoje com o passado recente, porque é uma coisa ligada a outra.

    Para falar de alguns prejuízos que esse governo deu para o Brasil: Angra, R$4 bilhões; o setor de energia foi totalmente desregulamentado e arrebentou com o setor. Mas, veio a Copa do Mundo também, preço dos combustíveis, a conta de luz, a Bolsa Empresário, Abreu e Lima, o Fundo Soberano, Pasadena, Petrobras, a transposição do Rio São Francisco, o Comperj, os swaps, que deixaram prejuízos de mais de R$120 bilhões. Essas foram só algumas coisas, sem citar as pedaladas que, no impeachment aqui, chegamos à conclusão de que foram quase R$100 bilhões.

    Esse foi o governo do Partido dos Trabalhadores. "Mas nós ajudamos os pobres, tiramos milhões da pobreza". É verdade, e colocaram mais depois, porque cheque sem fundo, uma hora chega o cobrador. Você dá um cheque e não tem lastro, você tem que pagar a conta. Foi isso. Deixou o País, o Brasil, arrombado, arrebentado.

    Qual era o mote desse grupo para chegar ao poder? Era acabar com a corrupção e melhorar a vida da gente. Aí, quando se quebrou uma das pernas, ficou com o "melhorar a vida da gente". E aí vamos fazer benesses, vamos dar tudo. Acontece que o dinheiro público tem um limite, Senador João Alberto, e não tem como satisfazer a todos. John Kennedy dizia: "Não sei qual o segredo do sucesso, mas o do fracasso é querer agradar a todos". Olha, quem dera se a gente pudesse ajudar todo mundo. Quem não queria acabar com a fome do mundo, com tudo? É uma coisa boa, mas isso tem um preço. E eles abriram Bolsa Empresário, "bolsa aquilo", duzentos e tantos milhões para um, duzentos e tantos milhões para outro. E assim vai.

    Quando terminou o Governo do Lula, ele resolveu fazer uma coisa. Eles aprenderam o seguinte: "Vamos ganhar algum também!". E o Lula saiu pelo mundo como um caixeiro viajante, tutelado por uma empresa e vendendo o Brasil. Ele fazia a transição: fazia o negócio lá e pegava os aportes no BNDES, e o negócio voltava, uma parte, para os companheiros.

    Isso aí foi justamente o alicerce de toda essa crise. O Brasil chegou a um momento em que não havia mais como, não se aguentava. Aí, desmoronou-se o castelo deles, porque se descobriu que aquela prosperidade toda era um castelo de cartas: quando se assoprou, caiu tudo.

    Descobriu-se que sempre havia superávit – e isso a gente descobriu no processo de impeachment. Havia superávit todo ano. Por quê? Porque as contas eram maquiadas. Foi igual àquela empresa Enron, que era a maior do mundo, que falava assim: "pergunte por quê". Por que é pagavam tantos dividendos? Porque maquiavam os balanços! Todo mundo falava: "Que empresa próspera!" Quando se descobriu, ruiu a empresa, sumiu do mapa. Agora, eu tinha de fazer esse contraponto aqui, porque todos que subiram à tribuna disseram: "Tiraram uma mulher honesta!"

    Ora, que diabo de honestidade é essa – perdoem-me o palavrão –, em que a pessoa nomeava juiz para obstruir justiça, para soltar Marcelo Odebrecht, contratava Ministro? E vou repetir aqui, para quem não se lembra, dizia assim: "Ô Lula, eu tô enviando o documento, pelo Bessias, que é o termo de posse. Só usa se necessário, tá?" Isso é o quê? Era o medo de o Lula ser preso. Era obstrução de justiça clara! Subiram aqui hoje, dizendo que o fulano, o beltrano, estavam obstruindo a Justiça. Fizeram a mesma coisa!

    Quero fazer um alerta a todos os brasileiros: não se deixem enganar por esse nacionalismo, por essa defesa do Brasil aqui! O Brasil dessa gente é o dinheiro. São sepulcros caiados. Sepulcros caiados: apontam o dedo a todos; por fora, são brancos como a neve – e por dentro todo mundo sabe de que jeito é um sepulcro.

    Mas há mais. O discurso, antes de estar no poder, era de perseguição às elites brasileiras. Quem são as elites? Ninguém sabe quem são, porque, quando chegaram ao poder, com quem esse povo se sentava à mesa? Com a Odebrecht, a maior construtora do País, que tinha o giro de capital de quase R$1 trilhão. Com a Odebrecht, com uns trinta players nacionais.

    Certa feita, quando veio o Presidente do Banco Central aqui, perguntei a ele: "Como era feita essa divisão dessas obras, esses aportes de dinheiro do BNDES?". Ele disse: "Bem, foram escolhidas as campeãs. E era feito assim. Escolhemos as campeãs". Depois, fomos ver que as campeãs eram os doadores, era a turma ali do compadrio, da confraria.

    Foi montado um grupo interessante. E esse escândalo ainda não caiu, mas ainda vamos ouvir falar muito dele. Montaram um grupo. Eles decidiram fazer o Fies, e montaram um grupo. Inclusive, o Lula anda até hoje no jatinho para cima e para baixo. Montaram um grupo de educação, um grupo econômico, que praticamente monopolizou toda a educação privada do País. E o que aconteceu? As mensalidades são o triplo, para quem está no Fies, das de quem está pagando no dia a dia. Por quê? Porque era o governo que pagava. E aí eles dizem: "Ajudamos a educação brasileira. Ajudamos os estudantes."

    Sentavam com a Odebrecht – os bancos nunca ganharam tanto –, com a Camargo Corrêa, com todas as nossas grandes empresas. Não se ouvia falar em movimentos sociais nessa época, sabe por quê? Estavam todos amordaçados ganhando uma farinhazinha. Não se ouvia falar em invasão de terras, não se ouvia falar em nada. Sabe quantos palmos de terra foram passados para a reforma agrária? Nenhum. A última demarcação de terra para reforma agrária foi feita no governo Fernando Henrique e no finalzindo do governo Dilma, quando já estava caindo. Nenhum título de terra, para quê? Para manter o curral ali, uma cesta básica, manda a Conab lá, as pessoas ficavam no campo ganhando.

    Isso foi um pouco do retrato de como se comportaram no poder essas pessoas. Eles se adonaram do Brasil. Adonaram-se do Brasil. Acusavam os outros do que eles faziam. E não se comportam de forma diferente hoje. Eu vi aqui, por exemplo, acusação a Senadores. O que eles falavam, há pouco tempo, quando acontecia algo com qualquer um deles? Isso porque boa parte desse partido, vocês sabem, está lá em Curitiba, todos presos. Mas o que eles faziam aqui? Era uma choradeira aqui, porque o Moro estava perseguindo, que há uma conspiração internacional para que o Lula não seja candidato, que sempre odiaram o Lula. Que nada! O Lula chegou a ter quase 100% de unanimidade neste País. Acontece que as pessoas não têm bandido de estimação. Quando começou a vir à tona o que ele fazia, as pessoas foram se afastando. Então, não havia conspiração. É mito que havia conspiração. As pessoas apoiavam. "Ah, este Congresso não ajudou, não deu governabilidade." Mentira!

    O Senador Cristovam Buarque, que está aqui – eu estava recém-chegado aqui no Senado –, falou-me: "Você está chegando, é novo aqui, eu estou juntando um grupo de Senadores. Nós precisamos sair desse fla-flu. Vamos arrumar um grupo aqui que não queira estar dando apoio a troco de dinheiro, nem a troco de cargo, e vamos conversar com a Presidente Dilma." Eu falei: "Vamos, vamos embora." E fizemos um grupo, um grupo substancial, quase dez Senadores, o que aqui é muito – dez Senadores.

    O Senador Cristovam catou esse grupo de Senadores, atravessamos a via aqui e fomos ao Palácio do Planalto. Chegamos lá, e a Presidente não nos atendeu, o Ministro dela também não, nem o chefe de gabinete do Ministro. Um funcionário que estava lá – acho que ficou até acanhado por ver tantos Senadores ali e ninguém nos atender –, chamou-nos, ouviu-nos, achou bonita a história, passou o cartão e disse que o Ministro retornaria. O Senador Cristovam está sentado ali acho que até hoje esperando esse retorno. Esse grupo estava ofertando, pois ninguém queria cargo, ninguém queria nada. Aliás, tudo que nós não queríamos era isso. Nós queríamos poder fazer. O que o governo estava precisando? Vamos fazer isso aqui. Não. Não quis. Não quis por quê? Porque se sentia dono de tudo e se sentia no controle da situação. E foi até bom para a gente.

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Agora vem bancando o coitado.

    "O que é que tem a ver, Medeiros, o que você está dizendo aí com o que aconteceu hoje?" O que estou dizendo e o que aconteceu hoje foi simplesmente uma continuidade. Estão querendo jogar, no colo dos outros, agora a JBS. A JBS foi criação do governo passado. Dizem que agora vamos ver, porque a JBS derrubou a Presidente Dilma. Não, ele era um dos que se sentavam à mesa. Monopolizaram o comércio de carne no País inteiro. No meu Estado, o Mato Grosso, todas as plantas frigoríficas praticamente foram dizimadas. Os produtores ou vendem para a JBS ou vendem, não há outra saída.

    Então, eu quero deixar bem claro, pingos nos is, dai a César o que é de César, dai a Lula o que é de Lula, a Dilma o que é de Dilma. Não venham se santificar aqui indo em cima das costas dos outros. Se essas gravações que aconteceram hoje, ou que dizem existir, forem do jeito que estão dizendo, eu creio que, pela estatura que tem, pela visão de País e da política que tem, o próprio Presidente Michel Temer fará uma avaliação e, com certeza, entregará esse cargo. Não tenho dúvida. Pelo que conheci dele nesse pouco tempo, se ele vir que não há governabilidade, que a situação é essa mesma, não tenho dúvida de que ele vai entregar isso. Não se apegará como fez a finada, que fica igual a uma alma penada, apegada até hoje. Diz que lhe tiraram o cargo. Tiraram não, perdeu, porque...

    Concedo um aparte ao Senador...

    O Sr. Paulo Paim (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Faço questão, Senador Medeiros. Nós podemos ter avaliações diferentes deste ou daquele governo, mas eu consegui escutar ainda o final...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Paulo Paim (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – ... de seu pronunciamento. E V. Exª defende com muita convicção o seu ponto de vista. E é legítimo, como outros aqui o fazem. Mas V. Exª agora aponta um caminho que eu gostei, confesso que gostei. V. Exª dizia ao Brasil que, por conhecer bem o Presidente Temer, ele, percebendo que não há governabilidade, para o bem do País, pode fazer esse gesto de chamar as eleições diretas dentro dos parâmetros que a lei permite. Acho que essa sua conclusão mostra um caminho. Eu falo isso com muita tranquilidade, porque, lá no passado, V. Exª, inclusive, assinou também aquele documento, em que eu chamei eleições diretas já, há um ano e meio, antes do impeachment. O Senador Cristovam também assinou, acho que V. Exª também assinou. Foram 36, se eu não me engano, os Senadores que assinaram a perspectiva de diretas já. Então V. Exª agora...

(Interrupção do som.)

    O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Senador, eu tenho um prazo regimental de encerrar a sessão, e ainda há um orador.

    O Sr. Paulo Paim (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Fora do microfone.) – É um segundo, Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Sim, eu queria dizer, já está encerrando depois do aparte, que vai falar o Senador Cristovam. Senão, não darei nem os 20 minutos ao Senador Cristovam.

(Intervenção fora do microfone.)

    O Sr. Paulo Paim (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Senador Medeiros, oxalá a gente consiga fazer uma grande concertação, não numa linha de quem foi contra ou a favor do impeachment, e que a gente aponte uma grande saída para o povo brasileiro. Obrigado pelo espaço que me deu.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/05/2017 - Página 65