Discurso durante a 67ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas aos discursos de oposição à delação premiada.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
LEGISLAÇÃO PENAL:
  • Críticas aos discursos de oposição à delação premiada.
Publicação
Publicação no DSF de 18/05/2017 - Página 104
Assunto
Outros > LEGISLAÇÃO PENAL
Indexação
  • CRITICA, DISCURSO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ASSUNTO, OPOSIÇÃO, DELAÇÃO PREMIADA.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nada me surpreende. Do que está acontecendo no Brasil só falta eu ver chover para cima. O resto tudo eu já vi. Agora estou achando bonito, estou achando hilário o comunicado do Senador Lindbergh. Não seria o sujo falando do mal-lavado? Olhe, Sr. Presidente, não seria o lixo falando do monturo?

    Sr. Presidente, deixa eu falar uma coisa: até parece... E delação agora vale? Porque, para o PT, delator nunca valeu nada, delação não é nada, delação não vale nada, delator não vale nada; agora, o delator do Temer vale.

    O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Vale, porque tem prova, tem gravação, gravação de conversa com o Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Senador Lindbergh, eu ouvi V. Exª fazer um comunicado que não se diz...

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Deixa ele falar mais! Lindbergh, quer falar mais? Quer? Mas eu gosto de debater com eles.

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Senador Magno Malta, é a Mesa que dirige os trabalhos ainda nesta Casa.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Ah, tá! Está bom!

    Então, Sr. Presidente, é o rabo tentando comer o cachorro. Eu fico até emocionado, me faltam as palavras. Eu tenho dificuldade de raciocinar, mas, diante de um fato como esse, que está com o Presidente do seu partido, seu ex-Presidente da República, essa figura enigmática que disse ao Juiz Moro que a mulher dele é quem negociava com os empreiteiros dentro de casa, nas costas dele.... Tudo era a mulher que morreu.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Um cara sem o mínimo de dignidade, passando por todos esses vexames – todo dia tem vexame. E agora, com a delação do Palocci, a delação do Palocci não vai valer, porque, para o PT, delator não presta, delator não vale, delação não chega a lugar nenhum, mas, contra os outros, pimenta no olho dos outros é refresco!

    Sr. Presidente, eu só estou falando porque falei com o Senador Lindbergh que eu ia falar. Quando ele disse que ia comunicar, eu disse: "Não fale, não, que eu vou contraditar". Então, é o seguinte: eu não estou atirando na nuca, estou atirando no peito. O Brasil vê estarrecido: para os outros, vale; para eles, não vale. Então, vamos esperar.

    Com tanta gente na cadeia, com tanta gente do partido deles na cadeia, um governo com tanta gente indigna ocupando ministério... Até acho uma coisa engraçada agora sobre as reformas: eles dizem que o Governo virou um balcão de negócio. Até parece que esqueceram, que sofrem de amnésia. No impeachment de Dilma, Lula acampou dentro de um hotel aqui...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – ...e estava dando ministério até para suplente de Deputado. É uma brincadeira de mau gosto!

    Eu estou cumprindo o meu papel com a sociedade, porque sei que a sociedade, diferentemente deles, não sofre de amnésia, mas reitero que, ao ouvir uma coisa como essa, ou você chora ou ri, porque, de fato, é o rabo tentando comer o cachorro e é o sujo falando do mal-lavado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/05/2017 - Página 104