Pela ordem durante a 71ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Repúdio às tentativas de agressão entre senadores ocorridas na Comissão de Assuntos Econômicos, durante audiência pública destinada a debater a reforma trabalhista.

Autor
Sérgio Petecão (PSD - Partido Social Democrático/AC)
Nome completo: Sérgio de Oliveira Cunha
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SENADO:
  • Repúdio às tentativas de agressão entre senadores ocorridas na Comissão de Assuntos Econômicos, durante audiência pública destinada a debater a reforma trabalhista.
Publicação
Publicação no DSF de 24/05/2017 - Página 24
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • REPUDIO, TENTATIVA, AGRESSÃO, AUDIENCIA PUBLICA, COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONOMICOS, DISCORDANCIA, DEBATE, REFORMA, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA.

    O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente, na mesma linha do colega aqui que me antecedeu, eu já tenho 30 anos de mandato. Fui Deputado Federal, convivi com 513 Parlamentares, mas confesso a V. Exª que nunca tinha visto uma cena tão triste como eu vi hoje lá na comissão.

    E não estou aqui defendendo Governo de Michel Temer, governo de A ou governo de B. Eu estou aqui defendendo aquele cidadão ali, que é o Presidente da comissão, que foi humilhado no último ponto a que um homem pode ser humilhado; desacatado. E eu queria saber que tipo de companheirismo nós temos aqui nesta Casa em que os interesses políticos vão acima de tudo.

    Por isso, Presidente... Eu não sou de vir aqui e ficar xingando, mas fui Presidente da assembleia do meu Estado por quatro mandatos e eu nunca tinha visto essa cena que eu vi hoje aqui: os próprios colegas empurrando lá a militância para invadir; os próprios colegas jogando lá aqueles pobres coitados daqueles militantes contra a nossa segurança, pessoas que estão aqui para manter a ordem nesta Casa. Eu confesso que nunca pensei que nós pudéssemos chegar a esse ponto. E aqui, Presidente, eu queria parabenizá-lo pela sua paciência.

    Eu nunca vi arrancar um microfone - arrancar um microfone, Presidente! O senhor tem que pegar aquelas imagens e ver que eram os Parlamentares que estavam alimentando aquela desordem. Porque essa não é a imagem do Senado. Nós sabemos que o Brasil passa por um momento difícil, mas nós é que temos que dar o bom exemplo. Nós não podemos incentivar a baderna. Sinceramente, ou nós tomamos uma posição aqui, ou a Mesa Diretora toma uma posição, sob pena sabe de quê? Todos os dias acontecer a mesma coisa nas comissões.

    E o respeito aos colegas, que é o mínimo que você pode exigir? É o mínimo! Acabou, Presidente. Os interesses políticos, o desespero está falando mais alto. Os problemas políticos nós vamos resolver lá na eleição. Eu não votei no Michel Temer, não, porque eu não votei na Dilma. Mas aqui eu não estou discutindo isso, o problema não é esse. O problema é que a situação está indo por um caminho que não tem... Eu não vejo nenhuma perspectiva de volta. Começaram as agressões aqui dentro do Senado. Isso incentiva a que as pessoas possam fazer bagunça nas ruas. Nós temos que dar o bom exemplo. E não foi isso que eu vi naquela comissão, não.

    Então, aqui, Presidente Tasso, eu queria prestar a minha solidariedade, porque a humilhação que V. Exª passou naquela comissão ali, por parte de alguns colegas, sinceramente, eu não aguentaria.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/05/2017 - Página 24