Discurso durante a 81ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da participação de S.Exª na feira do agronegócio no município de Alta Floresta (MT).

Comentários a respeito da atual situação econômica do Brasil e destaque para a importância do agronegócio.

Autor
José Medeiros (PSD - Partido Social Democrático/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
  • Registro da participação de S.Exª na feira do agronegócio no município de Alta Floresta (MT).
AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO:
  • Comentários a respeito da atual situação econômica do Brasil e destaque para a importância do agronegócio.
Aparteantes
Waldemir Moka.
Publicação
Publicação no DSF de 07/06/2017 - Página 29
Assuntos
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Outros > AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, FEIRA, AGRONEGOCIO, MUNICIPIO, ALTA FLORESTA (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ELOGIO, DESENVOLVIMENTO, TURISMO, CRESCIMENTO, ECONOMIA, REGIÃO.
  • COMENTARIO, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, RECUPERAÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, ENFASE, CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), MOTIVO, AUMENTO, PRODUÇÃO, AGRICULTURA, PECUARIA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), DESENVOLVIMENTO, AGRONEGOCIO, REDUÇÃO, TAXA, JUROS, DESEMPREGO.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, todos que nos acompanham pela Rádio Senado, pela TV Senado, pelo Facebook, Twitter, estive, nesse final de semana, no Município de Alta Floresta, no Mato Grosso, e fiquei encantado – já fazia algum tempo que não ia em Alta Floresta –, em como a indústria do turismo ali se desenvolveu e como o Brasil tem competência para oferecer serviços ao mundo inteiro.

    Estive na feira do agronegócio, na Expoalta, lá em Alta Floresta, e vi que, apesar deste momento de crise, lá há uma pujança na economia e as pessoas estão sentindo a crise bem menos do que no restante do País.

    Mas há uma significativa preocupação em perguntar sobre Brasília. Como está Brasília, como essas coisas vão se desenrolar. E eu queria dar resposta aqui, da tribuna, para todos os cidadãos de Alta Floresta e para o Brasil, para, mais ou menos, fazer um relato de como está a nossa economia neste momento.

    Na última semana, saíram as notícias nos jornais, sites, trazendo reportagens, artigos, reflexões acerca da importante notícia de que a recessão no Brasil tecnicamente acabou. Devo lembrar que tudo isso é fruto das importantes medidas que o Governo Federal e o Congresso Nacional têm tomado desde o impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

    Após esse desastre do governo anterior, o Brasil voltou a crescer, e com as reformas em curso vai crescer ainda mais, não nos resta nenhuma dúvida de que isso irá acontecer. A primeira notícia é o crescimento do Produto Interno Bruto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O PIB cresceu 1% nos três primeiros meses do ano, ou seja, a primeira alta após oito trimestres de queda. Em valores correntes, o PIB totalizou 1,6 trilhão neste primeiro trimestre.

    Isso é bom ressaltar para que todos os brasileiros que estão nos assistindo agora saibam que, desde a proclamação na República, o PIB brasileiro, a economia brasileira nunca tinha sofrido uma crise tão terrível. Nós chegamos a ter PIB aí cerca de 3% negativo. Então, essa notícia de que o PIB cresceu um ponto é uma notícia muito boa.

    E quem mais ajudou a alavancar o PIB foi o setor de agricultura, pecuária, da produção brasileira, o agronegócio, do qual o meu Estado, Mato Grosso, é sempre líder na produção. Ele é constantemente demonizado aqui por correntes ideológicas, que se beneficiam da produção e do trabalho desses abnegados, que trabalham, por muitas vezes sem infraestrutura, mas que trazem aqui uma demonização sem tamanho.

    Rotulam de ruralista, como se fosse um xingamento. Dizem que estão desmatando o País inteiro, o que não é verdade. Meu Estado, por exemplo, tem capacidade de dobrar a produção sem derrubar um pé de mato, Senador Waldemir Moka, o que acontece também com o seu Mato Grosso do Sul.

    E o Brasil ainda registrou a maior expansão, em mais de 20 anos, lá em Mato Grosso, em termos de agronegócio. E o agronegócio foi o grande destaque entre os setores calculados pelo IBGE, com salto de 13,4 em relação ao trimestre anterior. A safra recorde de grãos ajudou a impulsionar o resultado, sendo o maior crescimento desde o quarto trimestre em 1996. A indústria subiu 0,9% após dois trimestres de queda, enquanto o setor de serviços não teve variação.

    A segunda boa notícia, Senador Moka, e que deve ser comemorada, vem do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em um ponto; de 11,25 para 10,25. Essa taxa anual, que vinha a taxas exorbitantes, agora já dá sinais e vertentes de queda. Foi o sexto corte seguido na taxa. A previsão do mercado financeiro é de que a taxa básica de juros da economia continue a recuar nos próximos meses e chegue a 8,5% ao ano no final de 2017.

    Por fim, a última notícia que merece destaque é a de que a taxa de desemprego no Brasil começou a cair. Isso é muito significativo e muito importante. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, a taxa de desemprego em abril caiu para 13,6%. Trata-se da primeira queda mensal do indicador desde novembro de 2014. É claro que o número de desempregados ainda é grande, mas a tendência com esse novo rumo da economia é cair cada vez mais. Portanto, estamos diante de um forte sinal de que estamos num processo de recuperação de emprego e de renda.

    Esses números são as marcas da responsabilidade, Senador Moka, promovidas pelo ajuste de contas conduzido pela competente equipe econômica liderada pelo pulso firme do Ministro Henrique Meirelles. Portanto, é preciso que esse otimismo econômico tome conta do povo brasileiro, dando-lhe sempre a esperança de dias melhores.

    É essa a resposta que dou ao meu Mato Grosso, a Alta Floresta e a todo o Brasil, que nos ouve neste momento.

    Concedo um aparte ao Senador Waldemir Moka.

    O Sr. Waldemir Moka (PMDB - MS) – Senador José Medeiros, eu ouço com atenção o pronunciamento que V. Exª faz e fico realmente pensando o quanto esse segmento é injustiçado, por assim dizer. Na verdade, se não fosse o chamado agronegócio, este País estaria numa situação muito pior, porque ele é a grande locomotiva da economia deste País e está provando isso agora, com números, com geração de emprego, com geração de renda. Pará nós – V. Exª é do Mato Grosso, eu sou do Mato Grosso do Sul –, é fácil notar: em cidades onde há agricultura forte e pecuária forte, o comércio sente isso. O comércio, realmente, é o primeiro a sentir a força do agronegócio, porque essa riqueza estimula as vendas e, estimulando as vendas, estimula a massa salarial, que é gasta no próprio comércio, que precisa contratar mais pessoas para o atendimento. É assim que se gira a chamada espiral da economia. Então, faço das palavras de V. Exª, ao falar do agronegócio do seu querido Mato Grosso, as minhas em relação a Mato Grosso do Sul. Se o País inteiro tivesse realmente terras férteis e produtivas como temos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul... Mas nós temos no Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, e em Goiás aqui. Este é um País cuja principal vocação é produzir alimentos. Agora, o que nós precisamos também...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Waldemir Moka (PMDB - MS) – ... é agregar valores a esses alimentos. Em vez de vender o milho in natura, vamos vender o frango, vamos vender o suíno, vamos agregar valor. E eu tenho certeza de que esse é o caminho certo. Por isso, precisamos valorizar cada vez mais homens e mulheres de mãos calejadas, que acordam muito cedo e dormem tarde, trabalhando, arando terra, produzindo, fazendo a terra gerar riqueza, renda e emprego. Parabéns pelo discurso de V. Exª.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Agradeço a V. Exª a intervenção, Senador Moka, porque ela agrega valor e credibilidade à minha fala devido à experiência que V. Exª tem na defesa desse setor que é muito importante para o Brasil e que precisa ser defendido, porque eu tenho dito que ele é mal compreendido.

    Já caminhando para o final, Senadora Ângela Portela, quero dizer que, nessa ida a Alta Floresta, também passei por Barra do Garças, onde está sendo construída a ponte sobre o Rio Araguaia, também passei por Sinop e findei a minha passagem em Cuiabá, onde participei de discussão sobre a saúde.

    Aliás, Mato Grosso está precisando muito de ajuda na saúde. Já marquei uma audiência com o Ministro Ricardo Barros, para que possamos falar sobre a saúde de Mato Grosso. A Bancada de Mato Grosso destinou R$80 milhões para a saúde em Cuiabá, que é uma cidade polo, cidade do saudoso Prefeito Dante de Oliveira e de prefeitos como Roberto França, que deu uma outra cara a Cuiabá. Aliás, em termos de urbanismo, eu posso dizer que houve Cuiabá antes de Roberto França e depois de Roberto França. Obviamente, temos de dar os méritos ao Prefeito Mauro Mendes...

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – ... que continuou nessa tendência. E hoje Cuiabá é uma linda capital brasileira.

    Ali, Srª Presidente, temos uma capital bonita e um Estado pujante, mas estamos principalmente precisando de muita ajuda do Governo Federal tanto na parte da infraestrutura como também nas áreas da saúde e da aviação regional, em que temos uma carência imensa. Esperamos discutir tão logo esses temas para que nosso Estado possa continuar contribuindo para o Brasil.

    Sr. Presidente, agradeço a tolerância, fechando esta fala aqui dizendo que o nosso Estado em breve terá uma hidrovia ligando Mato Grosso à Argentina.

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Inclusive, neste mês ainda, teremos uma reunião com a Embaixada da Argentina.

    Vamos continuar aqui na defesa desse Estado que tanto precisa do Brasil.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/06/2017 - Página 29