Pela Liderança durante a 84ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Comentário de ações do Governo Federal em favor da indústria pesqueira do Estado do Mato Grosso do Sul.

Agradecimento ao ministro Blairo Maggi pela forma rápida como foi assinado o contrato de permissão do uso do lago do Rio Paraná no Estado do Mato Grosso do Sul.

Autor
Simone Tebet (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
Nome completo: Simone Nassar Tebet
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
PESCA E AQUICULTURA:
  • Comentário de ações do Governo Federal em favor da indústria pesqueira do Estado do Mato Grosso do Sul.
PESCA E AQUICULTURA:
  • Agradecimento ao ministro Blairo Maggi pela forma rápida como foi assinado o contrato de permissão do uso do lago do Rio Paraná no Estado do Mato Grosso do Sul.
Aparteantes
Waldemir Moka.
Publicação
Publicação no DSF de 09/06/2017 - Página 33
Assunto
Outros > PESCA E AQUICULTURA
Indexação
  • COMENTARIO, ASSUNTO, ASSINATURA, CONTRATO, CONCESSÃO DE USO, LAGO, REGIÃO, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), RESULTADO, OBJETIVO, DESENVOLVIMENTO, INDUSTRIA, PESQUEIRA (PE), BRASIL.
  • AGRADECIMENTO, ELOGIO, BLAIRO MAGGI, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO (MAPA), MOTIVO, ATUAÇÃO, APROVAÇÃO, CONTRATO, CONCESSÃO DE USO, LAGO, REGIÃO, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS).

    A SRª SIMONE TEBET (PMDB - MS. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Obrigada.

    Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores – agradeço inclusive ao Senador Paulo, que cedeu gentilmente o seu tempo –, ocupo rapidamente a tribuna do Senado Federal neste momento e neste dia, um dia como tantos que estamos tendo tumultuados, um dia conflituoso, um dia em que a população ansiosamente aguarda os acontecimentos políticos que infelizmente impactam negativamente a economia do País para dar uma notícia boa.

    Afinal, são tão poucas que, quando acontecem, merecem ser compartilhadas, mesmo as que acontecem nos rincões mais distantes deste País, como no caso que vou dizer agora, no Município de Selvíria, de 7 mil habitantes, do meu querido Estado de Mato Grosso do Sul. Refiro-me a um contrato que acaba de ser assinado, Presidente, no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pelo nosso queridíssimo companheiro, hoje Ministro, Blairo Maggi, juntamente com a sua equipe eficiente. Assinaram, portanto, um contrato de permissão de uso do lago do Rio Paraná, no meu Estado de Mato Grosso do Sul, por 20 anos com duas grandes empresas produtoras de peixe de água doce – uma delas é, inclusive, uma das maiores produtoras do mundo.

    Estivemos lá hoje pela manhã – eu, juntamente com o Senador Waldemir Moka, com a Bancada de Mato Grosso do Sul da Câmara dos Deputados, estando ali presente os Deputados Geraldo Resende e Henrique Mandetta – e tivemos a grata satisfação de saber que, nessa simples canetada, nós estaremos saindo – o Mato Grosso do Sul –, Senador Lasier, da nona posição de maior Estado produtor de peixe do Brasil para a primeira.

    Estaremos produzindo, a partir do ano que vem, em três anos, 100 mil toneladas de tilápia por ano, apenas pela Tilabras e mais as 24 mil da empresa GeneSeas, no total de 120 mil toneladas/ano, lembrando que no Brasil, nos dados do ano passado, produziu 640. Com isso, não só saltaremos do nono para primeiro lugar no ranking dos Estados brasileiros produtores, mas, o que é mais importante: estaremos alavancando o desenvolvimento de toda aquela região.

    Falei de Selvíria, um Município de 7 mil habitantes; falo de Aparecida, que receberá também o empreendimento; falo em nome de Paranaíba, de Inocência, de Três Lagoas, da região do Bolsão; uma região que nasceu com esse potencial, pelo clima, pelo solo, pelas águas, pela capacidade de sua gente de receber bem empreendimentos como esse.

    Estivemos lá, falando com o Ministro Blairo Maggi da nossa alegria de ver um Ministério tão bem equipado, capitaneado pelo Ministro, pela sua competência, pela sua capacidade, pela capacidade operacional da sua equipe. É um empreendimento que poderia levar quatro ou cinco anos para sair do papel; e, em poucos meses, houve o processo licitatório; foi assinado hoje o termo e o contrato e, em 60 dias, haverá o lançamento da pedra fundamental.

    Isso significa desenvolvimento, isso significa geração de emprego, significa tudo aquilo que nós Senadores buscamos para esse tão querido, grandioso e amado País.

    Na presença do Senador Moka, coordenador da nossa Bancada, quantas não foram as vezes que estivemos lá e fomos tão bem recebidos. Ali, nós tivemos condições de explicar para o Ministério da Agricultura o impacto econômico, social e, principalmente, não só em relação a números, mas em relação a gente: O que esse investimento pode e é capaz de gerar no que se refere à qualidade de vida daquelas pessoas.

    É com muita honra que passo a palavra ao Senador Waldemir Moka.

    O Sr. Waldemir Moka (PMDB - MS) – Senadora Simone Tebet, para mim é uma honra muito grande aparteá-la neste momento em que estamos dando uma notícia realmente importante sobre a geração de emprego. Estamos falando de geração de emprego: de três mil empregos diretos e quase 13 mil empregos indiretos em toda a região. E é claro que isso beneficia diretamente a nossa querida Três Lagoas, porque é a cidade que tem uma infraestrutura muito grande, é a cidade que vai acolher praticamente esse investimento. Mas, estamos falando de Selvíria, que é uma cidade pequena, e isso vai transformar Selvíria. Essas duas indústrias – a Tilabras, no caso de Selvíria – vão propiciar a melhoria da qualidade de vida. É geração de emprego, é aquela massa salarial que será gasta no comércio local; e esse comércio local vai se fortalecer e vai contratar mais gente. É assim que gira a espiral da economia. Nós precisamos trazer exatamente isto: o Brasil precisa é de geração de emprego e de renda. E, nesse aspecto, o Ministro Blairo Maggi, que, aliás, ontem, fez um grande – um grande – evento, no Palácio do Planalto, levando lá uma quantidade muito grande de industriais, de produtores rurais, quando se anunciou o Plano Safra, é um ministro eficiente, que, com a sua capacidade de trabalho, com a sua determinação, traz notícias importantes. E para finalizar, para não deixar sem resposta, sobre essa questão dos embates da reforma trabalhista ou não eu sempre digo o seguinte: a sociedade tem divergência; e, quando a sociedade tem divergência, o Congresso Nacional só tem um jeito de resolver isso, que é no voto. Quem for a favor das reformas, vai votar "sim"; quem for contra, vota "não". Acho que é isso que o Brasil espera. E vamos superar essa fase para que o Brasil volte a ter notícias como essa, de geração de emprego, de renda, fazendo com que possa haver, neste País, um otimismo; otimismo para um País que é muito grande e potencialmente muito forte – tanto que suportou por 13 anos um Partido que gerou praticamente 12 milhões de desempregos neste País. Muito obrigado, Senadora Simone.

    A SRª SIMONE TEBET (PMDB - MS) – Eu que agradeço, Senador Moka, principalmente porque traz uma grande contribuição à minha fala quando fala da cadeia produtiva desse empreendimento, Senador Dário. Estamos falando aí de tanques-rede, que – para alguns que não sabem – é uma inovação dos últimos anos no Brasil, cresceu assustadoramente e ajudou no crescimento da produção de peixe, principalmente de água doce, no Brasil.

    Mas é importante lembrar que esse investimento, que inclusive é composto de empresas multinacionais, que visam, principalmente, como grande centro consumidor, ao exterior – ou seja, vai produzir para exportar –, melhorará a balança comercial brasileira. Temos que nos lembrar da cadeia produtiva e – mais importante ainda – de que é uma produção com zero impacto ambiental. O peixe vai passar por um processo de engorda em gaiolas, Senador José Medeiros, mas não para por aí. Eles vão construir laboratório de vacina, eles vão construir o frigorífico do peixe, vai haver ali a indústria da farinha, do óleo do peixe, a escama vai ser utilizada para a indústria cosmética de esfoliante, a escama do peixe, logo abaixo da pele, para a produção do colágeno e até o olho do peixe será usado para a produção medicinal.

    Ou seja, produz-se o peixe, através da aquicultura, e ele todo é aproveitado: do alimento, que vai à mesa do trabalhador, até vacinas, produção cosmética e também farmacêutica. Então, é um empreendimento de uma magnitude muito grande, aliado ao fato de lembrarmos que o Brasil, até pouco tempo atrás, produzia apenas 300 mil toneladas de tilápia por ano – 300 mil. As duas empresas, juntas, produzirão mais de 120 mil.

    Então, com essas palavras, eu encerro aqui a minha contribuição em pensar um Brasil diferente, um Brasil otimista, apesar de todas as dificuldades. Ninguém é cego e ninguém aqui quer tampar o sol com a peneira, mas o Brasil precisa continuar a crescer e a se desenvolver.

    Mais do que PIB positivo ou mais do que números, nós temos que pensar num índice que, para mim, é muito caro e que talvez seja o índice mais importante na vida do cidadão, que é o Índice de Desenvolvimento Humano. Empresas como essa contribuem muito.

    Nós falamos muito da multiplicação do peixe, como está na Bíblia. Nós não teremos esse poder de multiplicar o peixe através de um poder divino, mas através do trabalho, da crença, do apoio de todos, do Governo, das condições ambientais, climáticas, de solo, de água, da força trabalhadora do povo sul-mato-grossense e brasileiro. Nós não estaremos multiplicando o peixe, como eu disse, através dessa divindade, mas estaremos multiplicando o peixe na mesa do trabalhador brasileiro através do suor, do trabalho dessa mesma gente.

    Muito obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/06/2017 - Página 33