Discurso durante a 89ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do jornalista Jorge Bastos Moreno.

Considerações sobre a sentença do Juiz Sérgio Moro, que condenou o ex-Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

Considerações sobre a reunião dos governadores de todo o Brasil com o Presidente Michel Temer, para a renegociação das dívidas dos Estados junto ao BNDES.

Autor
Lasier Martins (PSD - Partido Social Democrático/RS)
Nome completo: Lasier Costa Martins
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Pesar pelo falecimento do jornalista Jorge Bastos Moreno.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:
  • Considerações sobre a sentença do Juiz Sérgio Moro, que condenou o ex-Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
  • Considerações sobre a reunião dos governadores de todo o Brasil com o Presidente Michel Temer, para a renegociação das dívidas dos Estados junto ao BNDES.
Publicação
Publicação no DSF de 15/06/2017 - Página 27
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MORTE, JORNALISTA, O GLOBO, ENCAMINHAMENTO, VOTO DE PESAR, ELOGIO, VIDA PUBLICA, INFLUENCIA, POLITICA, PAIS.
  • COMENTARIO, SENTENÇA CONDENATORIA, AUTORIA, SERGIO MORO, JUIZ FEDERAL, CONDENAÇÃO, PRISÃO, SERGIO CABRAL, EX GOVERNADOR, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), MOTIVO, CRIME, CORRUPÇÃO, LAVAGEM DE DINHEIRO.
  • COMENTARIO, REUNIÃO, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, GOVERNADOR, ESTADOS, OBJETIVO, RENEGOCIAÇÃO, DIVIDA, BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL (BNDES), ENFASE, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), AUMENTO, INVESTIMENTO, CONCLUSÃO, OBRAS.

    O SR. LASIER MARTINS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente dos trabalhos, Senador Jorge Viana.

    Colegas do plenário, telespectadores e ouvintes, minha primeira palavra é de adesão, é de subscrição, Senador Jorge Viana, ao seu voto de pesar, associando-me também a esta perda de um importante jornalista brasileiro, Jorge Bastos Moreno, colunista de O Globo, que morreu no início da madrugada desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, aos 63 anos de idade – portanto, muito jovem –, por complicações cardiovasculares, conforme o jornal O Globo.

    Quando falece um jornalista falece um canal de comunicação, ainda mais quando da qualidade do Jorge Moreno, pessoa estimada e, profissionalmente, reconhecida como muito perspicaz, como o "rei do furo". Então, efetivamente é uma perda. Também me integro ao voto de pesar que está passando aqui, pelas bancadas do Senado, por iniciativa do Senador Jorge Viana.

    Outra palavra que eu queria dirigir da tribuna do Senado é sobre a repercussão devida que está acontecendo com a sentença do Juiz Sérgio Moro, que condenou o ex-Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão.

    A palavra que se tem a dizer é que é punido adequadamente não o homem público, mas um adversário do interesse público e, sobretudo, um adversário, um inimigo do dinheiro público do Rio de Janeiro.

    O ex-Governador foi condenado por corrupção nas obras do Comperj e foi, na mesma sentença, absolvida a primeira-dama Adriana Anselmo.

    O Juiz Moro disse que o Rio de Janeiro está em situação de quase falência, com o sofrimento da população e dos servidores públicos resultante de uma série de fatores, mas também da cobrança sistemática de propina pelo ex-Governador e seus associados. Para o Juiz, o esquema chefiado por Cabral indica ganância desmedida.

    Essa é a frase adequada que está sendo corretamente sintetizada e enfatizada nos jornais de hoje. Uma ganância desmedida que merece e mereceu a reprovação especial do julgador Sérgio Moro.

    A condenação do ex-Governador é emblemática, pois reafirma a disposição das instituições para cumprir o seu papel institucional e que todos devem ser iguais perante a lei. Nessa seara não deve haver privilegiados. Quem cometeu o crime que pague por ele!

    Outra referência que eu queria fazer aqui da tribuna, Sr. Presidente, é com relação ao jantar com os governadores ontem à noite.

    O Presidente da República, Michel Temer, recebeu, ontem à noite, os governadores para um jantar no Palácio da Alvorada. Estiveram presentes 18 dos 27 governadores, inclusive da oposição, como o de Minas, Fernando Pimentel, do PT.

    O Presidente chegou depois das 8 da noite, acompanhado do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Além da equipe econômica, participaram os Presidentes da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do BNDES.

    Os governadores querem o alongamento das dívidas com o BNDES para baixar as prestações e ganhar um fôlego nas contas. Com essa renegociação, os Estados regularizam a situação e, assim, poderão ter acesso a novos financiamentos.

    Quando se trata de BNDES, trata-se de uma instituição por que tanto temos lutado para que seja desvendada através do fim do sigilo das suas operações. É uma matéria que está sob a avaliação do Senado, um projeto de minha responsabilidade. Esperamos que na próxima semana seja votado aqui, no plenário, o requerimento de urgência que trata do fim do sigilo das operações do BNDES, que foi alvo de uma verdadeira orgia em desperdícios nesses últimos anos. Essa verba, que foi tão criminosamente desviada, bem que poderia estar servindo aos Estados que estão em enormes dificuldades, entre eles o meu Rio Grande do Sul.

    Dos R$50 bilhões que os Estados devem ao BNDES, algo como R$30 bilhões referem-se a empréstimos que só podem ser renegociados mediante o aval do Tesouro Nacional. Então, evidentemente, há de se reconhecer que essa busca de ajuda não coaduna, não combina com a proposta de austeridade do Presidente da República. Entretanto, nós não podemos descartar a situação que vivem Estados, como disse há pouco, como o Rio Grande do Sul, pois, afinal, o Estado do Rio Grande do Sul, como o Rio de Janeiro, como Minas Gerais e aqui mesmo, o Distrito Federal precisam desse socorro para investimentos, para atender a obras urgentes. Esperamos que esse jantar de ontem tenha tido esse resultado. Sem esse resultado, nós estamos convencidos de que, no Rio Grande do Sul, o Estado não conseguirá andar. Ele não conseguirá realizar mais nada sem o socorro que está pedindo ao Governo Federal, e é por isso que esperamos que esse jantar de ontem tenha rendido um bom resultado.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/06/2017 - Página 27