Pela ordem durante a 89ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do jornalista Jorge Bastos Moreno.

Autor
José Agripino (DEM - Democratas/RN)
Nome completo: José Agripino Maia
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Pesar pelo falecimento do jornalista Jorge Bastos Moreno.
Publicação
Publicação no DSF de 15/06/2017 - Página 46
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MORTE, JORNALISTA, O GLOBO, ENCAMINHAMENTO, VOTO DE PESAR, APRESENTAÇÃO, PESAMES, FAMILIA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, INFLUENCIA, POLITICA, PAIS.

    O SR. JOSÉ AGRIPINO (Bloco Social Democrata/DEM - RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vou procurar ser rápido, mas não poderia deixar de, até do plenário, repetir a nota que pessoalmente coloquei no meu Facebook, logo de manhã cedo.

    Moreno morreu a 1h da manhã. E, de manhã cedo, nos portais, já estava a triste notícia da morte de Moreno, aos 63 anos. Ele tinha uma vida carregada de amigos; convivia com todos. Claro que ele escolhia os dele, mas convivia com todos, como aqui salientou o Senador Randolfe Rodrigues.

    Ele tinha a rara capacidade de reunir pessoas, de ouvir as pessoas e de formar uma opinião – opinião que passava para a opinião pública.

    Nas colunas que escrevia – a última delas foi a Nhenhenhém –, mesclava a leveza do texto com a agudeza da notícia e da informação. Ele era perspicaz na obtenção da notícia e muito competente na passagem da notícia para conhecimento da opinião pública. Ele tinha a rara capacidade de conviver com todos e de escolher os dele, o que é um direito de qualquer cidadão.

    Chegou-se ao ponto de, na coluna de O Globo, ele ter um box separado, tal o prestígio da informação de Jorge Bastos Moreno, que teve, na política do Brasil, uma passagem muito importante e que registro na nota que emiti. Ele foi uma espécie de escort permanente de Ulysses Guimarães na luta pelas Diretas. Ele foi uma espécie de escriba dos momentos mais importantes da luta pelas Diretas e foi assessor permanente de um movimento que culminou com as eleições diretas para a Presidência da República.

    Eu acho que a memória viva mais substantiva de que o Brasil dispunha, dos fatos da política recente e da redemocratização do Brasil, estava com Jorge Bastos Moreno. Por isto: porque ele conviveu com Ulysses, que foi o Sr. Diretas; ele convivia com todos nos seus almoços ou jantares – ele era um belo cozinheiro –, que ele fazia na casa dele, reunindo as pessoas para ouvir opiniões, até para ouvir opiniões em contrário; mas para ser aquilo que o Brasil apreciou durante muito tempo, ser o repórter da política moderna e ser a grande memória viva dos últimos 40 anos da política no Brasil.

    Todos nós lamentamos muito a perda da figura simpática de Jorge Bastos Moreno. E, em meu nome pessoal, eu que o conheci e que tive com ele muito boas relações, quero que Deus o guarde e o conserve.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/06/2017 - Página 46