Discurso durante a 95ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Críticas aos discursos de oposição a Michel Temer, Presidente da República.

Defesa da necessidade da reforma trabalhista e tributária.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Críticas aos discursos de oposição a Michel Temer, Presidente da República.
TRABALHO:
  • Defesa da necessidade da reforma trabalhista e tributária.
Publicação
Publicação no DSF de 28/06/2017 - Página 65
Assuntos
Outros > GOVERNO FEDERAL
Outros > TRABALHO
Indexação
  • CRITICA, GOVERNO, GESTÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), DISCURSO, OPOSIÇÃO, GOVERNO FEDERAL, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • DEFESA, NECESSIDADE, REFORMULAÇÃO, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, REFORMA TRIBUTARIA, COMENTARIO, ACORDO, EDIÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), AUTORIA, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, OBJETIVO, MELHORAMENTO, ALTERAÇÃO, LEGISLAÇÃO FEDERAL, MATERIA TRABALHISTA.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, no debate que está colocado no intervalo desta votação, a gente escuta a mesma ladainha do impeachment. Infelizmente o Partido que esteve no poder faz uma pose hoje como se nunca tivesse estado no poder, e esses desmantelos, esse tsunami que caiu sobre a Nação está na conta de Michel Temer.

    Se é verdade a delação da JBS, e se é verdade o que a JBS fala de US$150 milhões para Dilma e Lula, ninguém toca nesses assuntos. Agora, a delação vale para o Temer; não sou advogado dele nem acusador dos outros. São fatos. São fatos.

    Agora, muita inconsequência e muita irresponsabilidade é brincar com o consciente e o inconsciente da Nação; é achar que se está tratando com gente tola. Eles nunca chegaram ao poder. Vocês levaram dinheiro do BNDES para poder financiar os ditadores da África; vocês levaram dinheiro do BNDES para Cuba; vocês distribuíram as nossas riquezas e ficaram com elas também.

    Agora estão falando até das palestras do Deltan. Por que vocês não falam da palestra do Lula? Esse é o enigmático! O cara que faz palestra de R$1 milhão, de R$700 mil... Sr. Presidente, eu preciso dar essa pincelada, porque eles não podem estar falando sozinhos. Ora, se o Temer, de fato, é um criminoso, quando a Dilma o apresentou, dizendo que era o Vice ideal para ela, estava falando da lata o lixo ou lixo da lata? Pô! E aí nós vamos ficar ouvindo isso aqui calados?

    A Nação não é tola, advirto os senhores.

    Agora, realmente, de forma emblemática, no momento em que estamos vivendo, amanhã, na CCJ, nós vamos ter que decidir a questão trabalhista. O Brasil precisa de reforma? É claro que sim. De geração de emprego? É claro que sim. No País, há 14 milhões de desempregados, Sr. Presidente. Aliás, advirto: com esse projeto do PSDB que eles relataram, de abrir as nossas fronteiras, de imigração, vamos trazer os fronteiriços todos para disputarem desemprego no Brasil. No momento em que o estado islâmico se glamorizou no mundo, nós abrimos as nossas fronteiras. Mas esse é um outro papo.

    Quero chamar a atenção para o dia de amanhã. Eu quero recordar a história. Quando o PT só tinha três Senadores – Suplicy, Heloísa Helena, Marina Silva e José Eduardo Dutra; quatro – e Fernando Henrique começou a fazer as privatizações – e Tião Viana; cinco –, eles tinham medo de que Fernando Henrique privatizasse a Petrobras. Hoje nós sabemos por que eles tinham tanto medo de se privatizar a Petrobras. É porque aquele peito cheio tinha dono. Pediram a Fernando Henrique que mandasse uma carta, um documento. Eu me lembro disso. Fernando Henrique mandou uma carta se comprometendo que não iria privatizar a Petrobras. Ponto!

    Quero ir a outro ponto para chegar aonde eu quero chegar, Sr. Presidente. Na reforma da previdência de Lula, de que eles se esquecem, porque tudo vale para os outros menos para Lula, porque é intocável... Na reforma da previdência de Lula, draconiana – o Sr. Berzoini que o diga –, tivemos a PEC Paralela, que foi comandada pelo Senador Tião Viana, hoje Governador do Acre. Um desastre a PEC Paralela! Um desastre! Por que eu estou dizendo isso? Porque há uma garantia do Senador Romero Jucá... Romero? Cadê o Romero? Romero, olhe para cá! Há uma garantia do Senador Romero de que o Presidente vai mandar uma medida provisória, para poder recompor aquilo que o Senador Ricardo Ferraço e agora V. Exª não estão aceitando no projeto, para que ele também não volte à Câmara.

    Aí eu questiono algumas coisas. O Senado perde o seu direito de legislar numa matéria absolutamente importante. Eu sugiro a V. Exª, porque é a única maneira...

    O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL. Fora do microfone.) – Vai ser uma guerra isso aqui.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Eu não sou defensor de Temer, não tenho nada com a oposição. Eu sei o que eles fizeram ao Brasil nesses 13 anos. Podem fazer discurso para a rua, para quem não os conhece. Mãe dizia: "Quem não te conhece que te compre." A mim, não; a mim, não. Mas, olha, é temerário.

    Nós estamos vivendo um momento de turbulência na Nação, e ninguém vai querer mostrar poder e força em cima de mim. Eu não vou trocar o pescoço de Meirelles pelo meu, doutor. Eu sou filho de uma faxineira. Eu ralei muito para chegar aqui, e Deus sabe como. Agora, vou trocar o meu pescoço? Mas sugiro a V. Exª uma coisa: que V. Exª peça para preparar uma medida provisória e que ela chegue aqui amanhã, como a carta que Fernando Henrique mandou, quando vocês pediram um documento – não foi isso, Senadora Rose? – de que ele não iria privatizar a Petrobras, e ele mandou. Então, traga essa medida provisória amanhã, porque senão, Senador, não ter direito de emendar...

    O projeto de reforma tributária é necessário para o País, é necessário, mas é preciso ser emendado. Nada é tão bom, que seja absolutamente bom, que não precise de mudança. E precisa de mudança. E o reconhecimento de que precisa mudança é essa tão falada medida provisória. Vem em que dia? Vem em que hora?

    Eu não sei se o Presidente está bem para podermos aceitar uma carta dele assinada aqui, com todo o respeito, pela situação que ele está vivendo.

    Agora, Sr. Presidente, Senador Romero, traga essa medida provisória pronta, mostrando que ela é a recomposição das emendas que o Senador Ricardo não aceitou e que também não aceitou V. Exª. Se isso acontecer, vocês têm uma chance de contar comigo; se não, o filho de Dadá está fora.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/06/2017 - Página 65