Explicação pessoal durante a 95ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Explicação pessoal em resposta ao pronunciamento do Senador Romero Jucá, referente à posição de S. Exª. acerca da reforma trabalhista.

Autor
Renan Calheiros (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AL)
Nome completo: José Renan Vasconcelos Calheiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Explicação pessoal
Resumo por assunto
SENADO:
  • Explicação pessoal em resposta ao pronunciamento do Senador Romero Jucá, referente à posição de S. Exª. acerca da reforma trabalhista.
Publicação
Publicação no DSF de 28/06/2017 - Página 69
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • EXPLICAÇÃO PESSOAL, REFERENCIA, PRONUNCIAMENTO, ROMERO JUCA, SENADOR, ASSUNTO, POSIÇÃO, ORADOR, DEFESA, REJEIÇÃO, REFORMULAÇÃO, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, RESULTADO, PREJUIZO, TRABALHADOR, REDUÇÃO, DIREITOS E GARANTIAS TRABALHISTAS, APOIO, RENUNCIA, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

    O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) – Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer ao Senador Romero Jucá que eu não fiz acordo com ninguém para revogar direito de trabalhador. Eu não fiz acordo com ninguém para revogar direito do trabalhador. Mas, Sr. Presidente, se exercer a Liderança do PMDB significar que, mantendo a correlação, o Líder do PMDB não pode alterar a Comissão de Constituição e Justiça, eu não quero ser Líder do PMDB para proceder dessa forma.

    Da mesma forma que eu acho que o Senador Romero Jucá está redondamente errado, quando, como Líder do Governo, admite o Governo dizer que convocou o Exército por pedido do Legislativo.

    O SR. ROMERO JUCÁ  (PMDB - RR. Fora do microfone.) – Eu falei isso?

    O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL) – Eu disse...

    Falou, naquele dia.

    O SR. ROMERO JUCÁ  (PMDB - RR. Fora do microfone.) – Eu falei agora isso?

    O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL) – Não, agora não. Também era demais falar agora.

(Soa a campainha.)

    O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL) – Em segundo lugar, Senador Romero, V. Exª, com toda a legitimidade e liderança que tem, não pode debitar ao PMDB o custo de, nessa circunstância de crise, sustentando um Governo que não tem mais credibilidade nenhuma, um País quebrado pelos equívocos da política econômica, obrigar, do dia para a noite, o Senado Federal a votar uma reforma trabalhista, Sr. Presidente, que amplia o trabalho intermitente, que amplia a insalubridade para lactante e gestante, que coloca o acordado sobre o legislado, Sr. Presidente. O Brasil é o único lugar que vai fazer isso sem regra! E que eleva ao mesmo patamar a demissão individual e a demissão coletiva.

    Não é isso que vai resolver o problema do Brasil! Nós precisamos de uma reforma trabalhista que atualize a legislação e precisamos de uma reforma das aposentadorias que viabilize a previdência social para a próxima geração, não uma reforma definitiva. E este Governo, infelizmente, este Governo que está aí, infelizmente, não tem nenhuma condição de propor ao País essas reformas que penalizarão a população.

    Nós precisamos tratar de saídas para o Brasil, porque o Presidente Michel Temer precisa entender, e precisamos, com humildade, com muita humildade...

(Soa a campainha.)

    O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL) – ...receber a sugestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Com muita humildade, ele precisa entender que demorar mais um mês, dois meses, três meses, um ano à frente do Governo, sem que, do ponto de vista institucional, nós possamos ganhar, fortalecer os poderes, não significará nada. É uma resistência para o nada, porque o erro do Presidente Temer foi achar que poderia governar o Brasil influenciado por um presidiário de Curitiba. Isso não ia chegar a lugar nenhum! Ainda mais com o presidiário recolhido ao cárcere em Curitiba e continuando a receber dinheiro, que é lamentavelmente o que hoje a realidade, a circunstância nos expõe.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/06/2017 - Página 69