Pela ordem durante a 96ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Solidariedade ao Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em função de notícias do seu suposto envolvimento em tráfico de entorpecentes.

Críticas ao instituto da delação premiada e a acusações sem provas contra Senadores.

Comentários sobre a inauguração da BR-425 no Estado de Rondônia.

Autor
Ivo Cassol (PP - Progressistas/RO)
Nome completo: Ivo Narciso Cassol
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
IMPRENSA:
  • Solidariedade ao Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em função de notícias do seu suposto envolvimento em tráfico de entorpecentes.
LEGISLAÇÃO PENAL:
  • Críticas ao instituto da delação premiada e a acusações sem provas contra Senadores.
TRANSPORTE:
  • Comentários sobre a inauguração da BR-425 no Estado de Rondônia.
Publicação
Publicação no DSF de 29/06/2017 - Página 23
Assuntos
Outros > IMPRENSA
Outros > LEGISLAÇÃO PENAL
Outros > TRANSPORTE
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, BLAIRO MAGGI, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO (MAPA), MOTIVO, ACUSAÇÃO, TRAFICO, ENTORPECENTE, AUSENCIA, PROVA.
  • CRITICA, INSTITUTO, DELAÇÃO PREMIADA, NECESSIDADE, EXISTENCIA, PROVA, REPUDIO, ACUSAÇÃO, GRUPO, SENADOR.
  • COMENTARIO, INAUGURAÇÃO, INFRAESTRUTURA, RODOVIA, MUNICIPIO, GUAJARA-MIRIM (RO), ESTADO DE RONDONIA (RO).

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Quero só aproveitar também, sendo solidário com o Senador Cidinho: pode ter certeza, Senador Cidinho, de que esse fato, além de ter constrangido o Ministro da Agricultura, que é o nosso colega, Senador Blairo Maggi, seus familiares também, é muito triste, porque infelizmente, no nosso Brasil de hoje, as pessoas, para tentarem levar vantagem, de uma maneira ou de outra, utilizam o nome das pessoas que, de repente, têm um conceito, Senador Cidinho, em âmbito estadual ou nacional e têm um certo conhecimento, uma certa amizade.

    E o piloto para se safar do tucano que vinha atrás dele, do avião de caça, tentou usar o nome do Ministro e, ao mesmo tempo, ficou comprovado posteriormente que nada disso era verdadeiro. Esses bandidos, esses traficantes vieram, na verdade, do país vizinho e, ao mesmo tempo, essa droga ia para os grandes centros – no caso, com certeza, para o Rio de Janeiro, São Paulo, para essas favelas.

    E eu sempre tenho dito aqui: o que a gente vê hoje no Exército Brasileiro? O Exército Brasileiro hoje está nas capitais. Por que o Exército Brasileiro não está na faixa de fronteira? Por que o Exército Brasileiro não está na faixa de fronteira? Por onde entram as drogas? Pelas faixas de fronteira.

    Um exemplo lá em Porto Velho. Nós temos tucano em Porto Velho, mas, até sair de Porto Velho para ir lá em Vilhena, são 900km, lá em Cabixi. Quer dizer, no tempo em que ele chega lá, o avião já está não sei onde, já chegou quase na China, como diz o ditado.

    Então, é essa situação que eu quero pedir aqui para o Ministro da Justiça, para o Presidente Michel Temer – na situação que ele está vivendo difícil no Brasil –, temos que rever. Se nós queremos acabar com o tráfico de drogas, com o contrabando de armas nos grandes centros, só há um caminho, Cidinho: é combater na faixa de fronteira. É na faixa de fronteira que se tem que combater a entrada dessas drogas.

    E é por isso que quero aqui... Mais uma vez, sou solidário ao Senador Blairo Maggi e, ao mesmo tempo, quero deixar um alerta para toda a população brasileira, Cidinho.

    Está aí nesse pega, solta; solta, pega; busca, pega e bota. E o que está acontecendo com o Brasil hoje? Qualquer um, para se safar da cadeia, usa a delação premiada, cita o nome da pessoa, e o cara já foi para... infelizmente o cara já foi para o esgoto, ele já foi para o valo mesmo. Isso é verdade. Cita o nome da pessoa. Se a pessoa é um homem público ou um empresário bem-sucedido, já está enrolada. E o cara, para se safar – esses bandidos, esses safados, esses pilantras, esses vagabundos, esses sem-vergonha –, faz qualquer coisa para tentar salvar a pele dele.

    Então, do que precisamos nesta Casa? Nós precisamos rever a nossa legislação, precisamos rever as leis.

    Eu sou a favor da delação premiada, mas tem que haver prova. Não se pode citar o nome de uma pessoa... Depois não se provou nada, o cara foi absolvido, mas aí já foi para o vinagre, politicamente ele já está acabado, politicamente ele já está desmoralizado – já está desmoralizado.

    Quem conhece as pessoas... Perante a sociedade, perante o Brasil, boa parte deste Senado aqui é toda de bandidos. Pelos delatores, para as pessoas, a maioria que foi citada... Amanhã se prova que não se deve nada, e do que adiantou?

    Vou dar um exemplo aqui, nesta Casa, Senador Cássio, nosso Presidente que está presidindo essa Mesa. O meu pai era Deputado Federal de 1990 a 1994. A Câmara dos Deputados cassou naquela época, se não me engano, Ibsen Pinheiro. Ele era o Presidente daquela Casa. Disseram naquela delação que ele tinha pego um cheque, pego isso, pego aquilo. Três anos depois, quatro anos depois, ficou comprovado que não havia nada contra o Deputado e o Presidente da Câmara naquela época. Resultado: foi cassado, desmoralizado e, junto à sociedade...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) – ... e a seus familiares, infelizmente foi destroçado.

    Eu digo que esse é o pior assassinato que há. É pior do que aquele que chega e que ou o sequestra ou assalta e mata. Esse, não; essa delação sem prova, sem nada lhe tira a alma, lhe tira a dignidade, lhe tira o respeito e lhe tira, além de tudo, a vida. Por quê? Porque tira a sua saúde. Ela tira a sua saúde.

    Então, por isso, Presidente, nós precisamos... E a população que está em casa assistindo sabe disso. Eu sou muito verdadeiro, autêntico. É muito fácil usar o nome das pessoas. É muito fácil usar o nome, lá na Paraíba, do Senador Cássio Cunha Lima. É muito fácil, em Rondônia, usar o nome do Senador Ivo Cassol para o cara se beneficiar. Mas, infelizmente, o cara não prova nada, tanto nos outros lugares por aí.

    Então, é preciso haver segurança jurídica para as pessoas de bem, para que possam bater, chutar a mesa, derrubar a porta e fazer as coisas acontecerem. Caso contrário, infelizmente, está todo mundo no valo comum que é o esgoto sanitário. E aí, infelizmente, quem paga essa conta é o povo brasileiro. Então, portanto...

    Só para aproveitar aqui, nós, na sexta-feira, estaremos em Porto Velho com o Diretor-Geral do DNIT, juntamente com a Bancada federal – os três Senadores, os oito Deputados Federais –, juntamente com o Deputado Luiz Cláudio, visitando as obras do Trevo do Roque, que é uma obra sonhada.

    Foi dinheiro para lá, desviaram, comeram, os gatos levaram embora, mas, graças a Deus, o DNIT está terminando a obra. Estão fazendo ao mesmo tempo... E vamos inaugurar a BR-425, que é conhecida hoje como a BR Isaac Bennesby, que foi Prefeito de Guajará-Mirim e, com recursos próprios, naquela época em que era Prefeito, fez a pavimentação asfáltica. E o DNIT foi lá, fez uma obra de qualidade e deu dignidade para aquele povo, tanto de Nova Mamoré, como também de Guajará-Mirim.

    Nós vamos estar, às 11h30, na cidade de Nova Mamoré, na Câmara Municipal, para que o Diretor do DNIT possa receber um título. Vamos almoçar em Nova Mamoré, às margens do Rio Mamoré, mais para baixo, o Rio Madeira. E também estaremos em Guajará-Mirim, às 15h, para que a gente possa, também na Câmara Municipal, fazer a inauguração, e o Diretor do DNIT vai ser homenageado juntamente com a Bancada Federal.

    Então, eu queria só fazer esse registro aqui, Sr. Presidente, e às 5h da tarde vai ser cortada a fita, porque a BR já está funcionando, uma obra de qualidade, e a população de Rondônia com certeza vai ganhar com isso.

    E também, nesta quinta-feira, às 15h, 3h da tarde, estará o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, Dr. Renato, do Estado de Rondônia, numa reunião lá, se eu não me engano, no auditório do Ministério Público, juntamente, dando posse ao novo Superintendente do Estado de Rondônia, Bruno Malheiros, que é o novo Superintendente da Polícia Rodoviária Federal. Com isso, dando sangue novo e, ao mesmo tempo, ajudando, especialmente, a combater o tráfico de drogas e o tráfico de armas, porque a Polícia Federal tem estrutura para cuidar de nossas rodovias e pode combater, especialmente para quem usa os caminhões, o roubo de caminhonete em Porto Velho e de carro de quem vai para a Bolívia.

    Então, é fundamental o Dr. Renato colocar mais efetivo, colocar mais dinheiro à disposição, para que a gente possa combater especialmente roubo de carro, contrabando de arma e tráfico de droga.

    Então, tudo isso vai acontecer, Sr. Presidente, esta semana no nosso Estado de Rondônia. E a Bancada Federal estará junta, unida, especialmente, porque nós colocamos, três anos atrás, um recurso – a Bancada Federal – para construir a nova sede da Polícia Rodoviária Federal em Rondônia, perto da Unir. E em breve, se Deus quiser, até o final do ano, nós estamos inaugurando.

    Então, a gente trabalha em conjunto para fazer uma Rondônia e um Brasil cada vez melhor.

    Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/06/2017 - Página 23