Pronunciamento de Paulo Rocha em 10/08/2017
Discurso durante a 8ª Sessão Solene, no Congresso Nacional
Sessão Solene do Congresso Nacional em comemoração ao aniversário de 80 anos da União Nacional dos Estudantes (UNE).
- Autor
- Paulo Rocha (PT - Partido dos Trabalhadores/PA)
- Nome completo: Paulo Roberto Galvão da Rocha
- Casa
- Congresso Nacional
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM:
- Sessão Solene do Congresso Nacional em comemoração ao aniversário de 80 anos da União Nacional dos Estudantes (UNE).
- Publicação
- Publicação no DCN de 11/08/2017 - Página 22
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM
- Indexação
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- SESSÃO SOLENE, CONGRESSO NACIONAL, MOTIVO, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES (UNE), ELOGIO, ATUAÇÃO, ENTIDADE, MOVIMENTO ESTUDANTIL, COMENTARIO, IMPORTANCIA, SOCIEDADE, JUVENTUDE.
O SR. PAULO ROCHA (Bloco/PT - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Quero saudar todos e, em nome da Mesa, saudar nosso Presidente, a nossa Presidenta da UNE e nosso Reitor, no meu Estado, Presidente da Andifes, e saudar aqui todos os nossos convidados, os nossos Parlamentares.
Eu sou de uma geração que vem da luta operária na resistência ainda contra a ditadura militar. Eu não tive oportunidade de sentar-me nos bancos das universidades, porque eu vivia numa região muito pobre do Estado e sequer tinha ginásio lá na época. Apenas consegui chegar ao primário – naquela época era o curso complementar primário – e nem curso ginasial havia. Fui obrigado a ir à capital e me formei em operário. Naquele momento, havia as grandes mobilizações, que eram dos estudantes do Brasil. E foi nessas lutas dentro da fábrica e com a mobilização dos estudantes nas ruas que tive a minha formação de lutador, de socialista – foi no chão da fábrica e nas lutas nas ruas.
Digo isso para homenagear todos os estudantes e, na pessoa da Presidenta, as companheiras que estão assumindo há algum tempo a UNE, mas também quero homenagear esse lutador contra a ditadura militar, que veio também da luta estudantil, o nosso Deputado José Mentor, que foi um dos...
(Soa a campainha.)
O SR. PAULO ROCHA (Bloco/PT - PA) – ... pegos em Ibiúna. Ele pertence a essa geração, o companheiro José Mentor, que é do meu Partido. (Palmas.)
Portanto, queria dizer o seguinte: a luta toda nossa levou a conquistas e a avanços; a luta da classe operária; direitos trabalhistas; avanços trabalhistas, inclusive na Constituição de 88. E foi nessa somatória e de aliança política entre os operários, os movimentos sociais e, principalmente, os estudantes que a gente logrou, ganhou e conquistou a democracia.
Entendemos que só é através da democracia que podemos solucionar os graves problemas do nosso País; através da vontade da maioria do povo. Foi assim que chegamos a colocar aqui, no Congresso Nacional, Deputados, Deputadas, Senadores e Senadoras, operários...
(Interrupção do som.)
O SR. PAULO ROCHA (Bloco/PT - PA) – Eu fui prejudicado porque me preparei para falar por cinco minutos, como V. Exª me cortou em três, eu ...
O SR. PRESIDENTE (Orlando Silva. PCdoB - SP) – Eu já me antecipei e ofereci mais dois minutos, nobre Senador.
O SR. PAULO ROCHA (Bloco/PT - PA) – Então, eu acho que a gente conquistou, através da democracia, não só os espaços institucionais. Um operário como eu, que não tem formação nas universidades, virei Senador da República, e assim tantos outros lutadores, homens e mulheres, que chegaram aqui.
E foi com essa força da luta e da democracia que elegemos um operário para governar o Brasil; mudou o Brasil em todos os setores: da inclusão social; em desenvolvimento com distribuição de renda; resgate da soberania do País perante outros povos.
(Soa a campainha.)
O SR. PAULO ROCHA (Bloco/PT - PA) – E, quanto a esses avanços, a elite brasileira, através de um golpe parlamentar, retoma para si o poder para destruir tudo isso que nós conquistamos ao longo de décadas. Não só a luta dos estudantes, mas também a luta operária, a nossa própria luta aqui dentro do Parlamento, a nossa mobilização na Constituição de 1988, tudo isso está colocado por terra.
Por isso, companheiros e estudantes, de novo somos chamados – essa aliança operária, estudantil e dos movimentos sociais – para voltar às ruas, reconquistar a democracia e continuar os avanços que nós estávamos conquistando no nosso País.
Por isso, viva a UNE e viva os trabalhadores!