Pela ordem durante a 116ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do ex-senador boliviano Roger Pinto Molina.

Autor
Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Pesar pelo falecimento do ex-senador boliviano Roger Pinto Molina.
Publicação
Publicação no DSF de 17/08/2017 - Página 17
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MORTE, EX SENADOR, PAIS ESTRANGEIRO, BOLIVIA, ACIDENTE, AERONAVE, APRESENTAÇÃO, PESAMES, FAMILIA, PEDIDO, INSERÇÃO, ANAIS.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Era para me inscrever para uma comunicação inadiável.

    O SR. PRESIDENTE (Cássio Cunha Lima. Bloco Social Democrata/PSDB - PB) – V. Exª está inscrito já.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – E eu queria, pedindo a compreensão do colega Humberto, que é o primeiro inscrito, apenas fazer um brevíssimo registro, mas de algo muito grave.

    Hoje de manhã, nós tivemos a notícia da morte de um ex-Senador da Bolívia, do Pando, vizinho ao meu Estado, Cobija, foi governador, foi colega. Eu me refiro ao ex-Senador boliviano Roger Pinto Molina. Ele é muito amigo do Senador Petecão, mas também tem uma relação de amizade comigo, e é uma lamentável notícia que nós tivemos que receber. Ele sofreu um acidente de avião há pouco tempo aqui, há poucos dias, nos arredores do Distrito Federal, e veio a ser hospitalizado aqui em Brasília, e, hoje, na madrugada, morreu.

    Eu fiz uma publicação me solidarizando com a esposa, com os filhos, com os familiares, com os amigos.

    Ele morava recentemente em Epitaciolândia com a família, no Acre, e passou muito tempo na casa do Senador Petecão, aqui, em Brasília, enquanto havia a pendência de sua situação.

    Ele é a mesma pessoa que pediu, por conflitos com o governo da Bolívia, asilo no Brasil, na Embaixada do Brasil, na qual ficou meses. Depois com o funcionário da embaixada, que hoje é Chefe de Gabinete do Chanceler Aloysio Nunes, veio com auxílio do Senador Ferraço, que era Presidente da Comissão de Relações Exteriores naquela famosa saída de La Paz até chegar, aqui, em Brasília. Ganhou uma repercussão internacional. Levou, inclusive, a uma situação de troca do chanceler brasileiro aqui, pelo Brasil.

    E o Senador tinha uma relação muito próxima conosco. Eu ajudei a resolver a sua situação no Brasil, que dependia também de uma decisão do Ministério da Justiça, e isso foi tomado. E ele procurava retomar a vida dele trabalhando. Ele estava também acompanhado de uma outra tragédia: o seu genro era o piloto do avião que sofreu o acidente com o time da Chapecoense, em Medellín, no qual quase todos morreram. Então, ele estava saindo de um trauma na família, sua filha ficou viúva, e ele estava tentando levar a vida em frente.

    Recentemente falava sempre comigo. Vinha aqui e nos visitava.

    Eu fui tomado de surpresa com essa notícia e faço aqui um registro. É um colega, ex-Senador de um país vizinho, que morre de maneira trágica, aqui, num hospital de Brasília.

    O Senador Petecão deu uma acolhida para ele. São também amigos, como eu era, de muito tempo. Ele foi meu colega. Eu era Governador, ele também era governador de Pando. Ele tinha 58 anos.

    Faço esse registro para constar nos Anais do Senado essa singela homenagem de pesar que faço a ele, à memória dele e aos seus familiares.

    Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/08/2017 - Página 17