Pela Liderança durante a 116ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos 100 anos de fundação da Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande-MS.

Autor
Pedro Chaves (PSC - Partido Social Cristão/MS)
Nome completo: Pedro Chaves dos Santos Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Comemoração dos 100 anos de fundação da Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande-MS.
Publicação
Publicação no DSF de 17/08/2017 - Página 26
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, DATA, ANIVERSARIO, SANTA CASA DE MISERICORDIA, MUNICIPIO, CAMPO GRANDE (MS), ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), IMPORTANCIA, SAUDE PUBLICA, ASSISTENCIA SOCIAL.

    O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, o nosso boa tarde.

    Ocupo esta tribuna para celebrar os 100 anos de fundação da Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande, instituição que ao longo deste centenário prestou relevantes serviços de saúde à Mato Grosso do Sul, à Região Centro-Oeste e aos países vizinhos, Paraguai e Bolívia.

    Tenho muito orgulho desse hospital, que começou a ganhar forma no dia 18 de agosto de 1917. Nessa data, um grupo de abnegados decidiu criar uma instituição em Campo Grande para atender os oito mil habitantes do Município que não tinham qualquer serviço público ou privado de saúde. Os doentes, claro, socorriam-se de enfermeiros, de benzedeiras, de parteiras e dos farmacêuticos que, na ausência de médicos, prescreviam medicamentos e faziam pequenas cirurgias.

    Essa precariedade, Sr. Presidente, estava em contradição com o crescimento do Município. Os novos habitantes, que chegavam a Campo Grande, com o advento do trem noroeste do Brasil, demandavam outra concepção de saúde, queriam ser atendidos por um hospital.

    Nessa perspectiva, foi criada a Associação Beneficente de Campo Grande, com o objetivo de arrecadar fundos para dotar a cidade de um hospital beneficente. Já em 1924, a Santa Casa começou a se tornar realidade. O Sr. Bernardo Franco Bais doou para a Sociedade Beneficente de Campo Grande uma imensa área onde hoje está construído o hospital.

    Aos poucos foram erguidos 40 leitos e uma sala cirúrgica. Em 1928, a Santa Casa começou a funcionar. Campo Grande passou, então, a ter dois hospitais já que, em 1922, foi inaugurado o Hospital Geral do Exército.

    Não são poucas as histórias de heroísmo de pessoas que se dedicaram de corpo e alma para ver essa obra inaugurada. Entre elas, pela dedicação e humildade, cito o trabalho de José Mustafá, que, conforme conta o Diretor da Santa Casa Heitor Freire, transportou em sua carroça, puxada por uma parelha de burros, toda a areia, tijolos, ferro, material, enfim, o que foi necessário para a construção desse novo hospital. O trabalho de Mustafá foi feito gratuitamente. Como reconhecimento a essa contribuição, uma ala do hospital foi batizada com o seu nome.

    Conheci a Santa Casa no início da década de 50. Acompanhava meu pai, Pedro Chaves dos Santos, nas visitas que ele fazia aos hospitais com o objetivo de levar uma palavra de conforto a todos os doentes, já que era cristão nato. Ali, onde tudo é difícil, eu pude ver como é importante a solidariedade e o carinho. Um abraço ou um sorriso para quem está lutando pela vida faz uma enorme diferença.

    Desde o tempo de adolescente até os dias de hoje, continuo, de alguma forma, ligado a essa instituição. Entre 2009 e 2010...

(Soa a campainha.)

    O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS) – ... por exemplo, fui Presidente da Santa Casa.

    Em 2016, logo que fui informado de que a Caixa Econômica Federal ampliaria o prazo de financiamento para os hospitais filantrópicos de 60 para até 120 meses, com seis de carência, liguei para o Presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, para me colocar à disposição da entidade no processo de reestruturação de dívidas da ordem de R$100 milhões. Enfim, todas as Santas Casas, todas as instituições filantrópicas estão totalmente endividadas. Tivemos sucesso na iniciativa. A Caixa Econômica foi sensível ao nosso apelo. A entidade ganhou mais tempo para saldar parcelas vincendas com instituições bancárias e fornecedores.

     Em função do trabalho que prestei no processo de entendimento entre a Santa Casa e a Caixa Econômica Federal, recebi carinhosa carta da direção da entidade, que, entre outras palavras de reconhecimento, destaca:

Nesta hora nos resta agradecer a Deus e às pessoas que, de alguma forma...

(Interrupção do som.)

    O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS) – Um minutinho a mais.

... intervieram pela solução de dificuldades quase insuperáveis. Em nome da Santa Casa, de toda sua diretoria e dos associados, manifestamos um muito obrigado, de coração, ao Senador Pedro Chaves.

    Hoje a Santa Casa possui um majestoso prédio de 33 mil metros quadrados e 750 leitos. Tem 3,3 mil funcionários, 600 médicos, 7 mil atendimentos emergenciais por mês, fornece 4,5 mil refeições por dia e tem um custo mensal de R$20 milhões.

    Encerrando, Sr. Presidente, Senadoras e Senadores, saúdo, em nome do Presidente, Esacheu Nascimento, os funcionários da Santa Casa, associados, diretores, corpo clínico, fornecedores, parceiros e todos aqueles e aquelas que batalham para que a instituição continue cuidando, com zelo e eficiência, da saúde da nossa população. Que a Santa Casa de Campo Grande celebre outros tantos centenários. Parabéns!

    Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

    Muito obrigado pelo tempo concedido.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/08/2017 - Página 26