Pela ordem durante a 121ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao Decreto nº 9.142/2017, editado pelo Presidente da República, o qual extingue a Reserva Nacional de Cobre, localizada nos estados do Pará e do Amapá.

Autor
João Capiberibe (PSB - Partido Socialista Brasileiro/AP)
Nome completo: João Alberto Rodrigues Capiberibe
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
MEIO AMBIENTE:
  • Críticas ao Decreto nº 9.142/2017, editado pelo Presidente da República, o qual extingue a Reserva Nacional de Cobre, localizada nos estados do Pará e do Amapá.
Publicação
Publicação no DSF de 24/08/2017 - Página 61
Assunto
Outros > MEIO AMBIENTE
Indexação
  • CRITICA, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DECRETO FEDERAL, ASSUNTO, EXTINÇÃO, RESERVA, COBRE, ESTADO DO PARA (PA), ESTADO DO AMAPA (AP), POSSIBILIDADE, EXTRAÇÃO, MINERIO, DESTRUIÇÃO, FLORESTA AMAZONICA, PREJUIZO, MEIO AMBIENTE, COMUNIDADE INDIGENA.

    O SR. JOÃO CAPIBERIBE (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - AP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é coisa muito rápida.

    Eu quero justificar minha ausência na primeira votação, mas eu queria informar à Casa o tamanho do desatino que revogou a Reserva Nacional do Cobre e Associados, englobando 4 milhões de hectares entre Pará e Amapá,

    Na verdade, é um desatino por quê? Porque nessa área existem nove reservas: a Reserva do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, com 3,8 milhões de hectares; a Reserva Florestal do Amapá e do Paru; a Reserva Biológica de Maicuru; a Estação Ecológica do Jari; a Reserva Extrativista Rio Cajari; a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru; as Terras Indígenas Waiãpi; e a Terra Indígena Rio Paru d´Este. São nove reservas que estão concentradas nessa área. O tamanho do desastre ecológico que vai provocar a mineração nessa região... Só levando mesmo para Mato Grosso, para a terra do Senador Cidinho, porque eu acho que lá ele deseja. No Amapá, nós não queremos isso.

    Nós temos uma experiência amarga com mineração no Amapá, porque a mineração se instala e, pouco tempo depois, se desinstala e deixa um rastro de destruição ambiental e social, porque as pessoas não têm o que fazer depois da exploração mineral.

    Eu lembro aqui a empresa Jari Florestal, a Jari Celulose, a Jari Mineração, que se instalaram no Amapá nos anos 60 e que arrastaram para o coração da floresta 100 mil pessoas. E hoje nós temos uma das cidades mais precárias do nosso Estado, que é Laranjal do Jari, em função da exploração mineral, em função desses projetos insensatos criados pelo Governo Federal.

    Essa atitude do Presidente Temer é de uma insensatez. Ele ignora completamente a existência de milhares de pessoas, de indígenas que vivem ali, de populações que vivem naquela área.

    Portanto, Sr. Presidente, está sendo apresentado um projeto para revogar esse decreto. Eu espero que a Casa, com sensatez, tome essa decisão.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/08/2017 - Página 61