Discurso durante a 128ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Considerações acerca da comemoração do dia nacional da Independência do Brasil, celebrado em 7 de setembro.

Autor
Pedro Chaves (PSC - Partido Social Cristão/MS)
Nome completo: Pedro Chaves dos Santos Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
CIDADANIA:
  • Considerações acerca da comemoração do dia nacional da Independência do Brasil, celebrado em 7 de setembro.
Publicação
Publicação no DSF de 07/09/2017 - Página 25
Assunto
Outros > CIDADANIA
Indexação
  • COMENTARIO, COMEMORAÇÃO, DIA NACIONAL, INDEPENDENCIA, BRASIL, REFERENCIA, HISTORIA, PATRIOTISMO, ANUNCIO, PARTICIPAÇÃO, DESFILE MILITAR, LOCAL, CAMPO GRANDE (MS), ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS).

    O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, meu bom-dia.

    Eu ocupo esta tribuna para refletir sobre o significado do 7 de setembro de 1822 para a história brasileira.

    Quero dizer que tenho profundo respeito por essa data, porque ela abriu um caminho novo para o País. Permitiu que o sonho represado de homens e mulheres se materializasse.

     O processo de independência de qualquer nação representa um momento muito especial, porque a sociedade civil e a sociedade política doravante têm o direito de traçar alternativas econômicas e políticas com autonomia e liberdade.

    A Nação andará com seus próprios pés, como gosta de dizer o economista Waldemar Otanni. O nosso Sete de Setembro tem esse indelével significado.

    Na virada do século XVIII para a centúria seguinte, brotaram vários movimentos sociais no Brasil, com o objetivo de conquistar autonomia política e econômica da nossa colônia. Os ventos pró-independência sopravam forte, em toda a América, nessa quadra histórica guiada por homens como Simão Bolívar, San Martin e outros.

    Era o exemplo inequívoco de que a independência estava chegando.

    A Guerra dos Mascates, em Pernambuco; a Inconfidência Mineira, em Minas Gerais; a Conjuração Baiana, na Bahia; e outras relevantes revoltas regionais indicavam que a conquista da independência era tarefa primordial e muito urgente.

    A verdade é que o Brasil não cabia mais na camisa de força do Império Português. Não havia outra alternativa. Ou Dom Pedro I declarava o Brasil livre do Poder Lusitano, ou outra liderança iria fazer.

    A Nação já estava madura para construir o seu próprio destino. A força das ideias venceu mais uma batalha na longa e difícil evolução da nossa sociedade.

    Passamos quase dois séculos da Independência e eu continuo convencido de que as ideias que culminaram com o Sete de Setembro não pereceram após o grito do lpiranga. Elas continuaram alimentando novos momentos de mudanças, mesmo que de forma lenta (como atestam alguns estudiosos do assunto).

    A luta pelo fim do escravismo, em 1888, e a conquista da República, em 1889, a meu ver, foram embaladas pelas ideias forjadas na luta pela independência.

    Não podemos entender episódios importantes da nossa história, como a República, o fim do escravismo ou a Revolução de 1930, se não lembrarmos dos bravos pioneiros, como Frei Caneca, Tiradentes, Duque de Caxias, Getúlio Vargas e outros destacados brasileiros, civis e militares, que colocaram suas vidas a serviço da construção de um Brasil desenvolvido e autônomo.

    Tivemos avanços importantes, Sr. Presidente, da Independência até o tempo presente.

    Devemos celebrar essas conquistas com entusiasmo e patriotismo. Mas, por outro lado, temos que olhar, com todo carinho, para os imensos gargalos sociais que ainda existem em nosso País. Gargalos que castigam, com muita intensidade, as populações mais pobres e vulneráveis, que não foram incorporadas ainda ao processo de criação e distribuição de riqueza.

    Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, encerrando, quero dizer que continuo fazendo parte do grupo daqueles que respeitam profundamente a data de 7 de setembro.

     Em nossas instituições educacionais, eu comemorava esse dia com intenso espírito cívico e, muitas vezes, como diretor de escola, com meus alunos e alunas. Desfilava, muitas vezes, pelas ruas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, nas comemorações do Sete de Setembro. Eu ia na frente da fanfarra, externando meu amor e compromisso com minha querida Pátria.

    Na próxima quinta-feira, por exemplo, amanhã, faça sol ou chuva, estarei na Rua 14, em Campo Grande, juntamente com as autoridades, celebrando o Sete de Setembro, na companhia de alunos, militares das Forças Armadas, quer seja do Exército, Marinha ou Aeronáutica, outros grupos sociais, autoridades e a população em geral, que tem prestigiado esse momento solene de nacionalismo e patriotismo.

    Por fim, eu saúdo mais uma vez as Forças Armadas e a Polícia Militar judiciária nesta significativa data.

    Que as ideias dos pioneiros da Independência continuem alimentando a caminhada do Brasil rumo às novas conquistas.

    Era o que tinha a dizer.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/09/2017 - Página 25