Fala da Presidência durante a 130ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registra que haverá votação de requerimento na CPI dos maus-tratos para convocação do Presidente do Conselho do Ministério da Cultura para exame do projeto Santander Cultural.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
DIREITOS HUMANOS E MINORIAS:
  • Registra que haverá votação de requerimento na CPI dos maus-tratos para convocação do Presidente do Conselho do Ministério da Cultura para exame do projeto Santander Cultural.
Publicação
Publicação no DSF de 13/09/2017 - Página 120
Assunto
Outros > DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, VOTAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), CRIANÇA, INFANCIA, REQUERIMENTO, CONVOCAÇÃO, PRESIDENTE, CONSELHO, MINISTERIO DA CULTURA (MINC), DISCUSSÃO, EXPOSIÇÃO, ARTES, MUNICIPIO, PORTO ALEGRE (RS), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).

    O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco Moderador/PR - ES) – Agradeço à Senadora Rose. O pronunciamento de V. Exª representa todos nós.

    Aqui na Mesa comigo está o Senador – toda vez eu lhe chamo de Senador, quem sabe seja uma profecia –, o Deputado Evair de Melo, que é da região das montanhas, da região de Domingos Martins, que mora na bela cidade de Venda Nova do Imigrante, e também a Deputada Geovania, de Santa Catarina.

    V. Exª representou todos os capixabas quando tratou da questão da Eco101 – ou da "eca", eu estou com nojo agora –, quando tratou da questão da duplicação, e encerra o seu pronunciamento falando da questão da mulher. A mulher é feito criança, não nasceu para ser abusada. Mulher nasceu para ser amada, não para ser violentada, ser abusada, como criança. Criança nasceu para ser amada, não para ser abusada.

    Amanhã, na CPI dos maus-tratos infantis, aliás, na quinta-feira, nós vamos votar o requerimento convocando o Santander. Vamos votar convocando o Presidente do Conselho do Ministério da Cultura, outrora "mamatório da cultura", que parece que continuou. Queremos ver o projeto. Vamos requerer o projeto que, examinado por eles, liberou a cota de quase R$1 milhão, em que o próprio Santander Cultural, então, entregou os impostos.

    A renúncia fiscal aprovada pelo Ministério da Cultura, digo para o Brasil... Renúncia fiscal é quando você abre mão de um hospital. Na renúncia fiscal, você abriu mão de creche, você abriu mão de esgoto, de calçamento. Isso é que é renúncia fiscal. Então, houve a renúncia fiscal de quase R$1 milhão para uma exposição pornográfica, indecente. Aqueles que pregam indecência e que acham que é normal agredir cristãos... Inclusive, há um Deputado Federal que eu soube que estava dando chilique na Câmara agora e que disse que a Bíblia é uma (Expressão vedada pelo art. 19 do Regimento Interno do Senado Federal.). Então, é politicamente correto tudo o que eles falam.

    E nós cristãos brasileiros, a maior nação católica do mundo de evangélicos, espíritas, que lutamos, defendemos valores da família tradicional, somos então obrigados a engolir aquilo que eles querem, porque eles podem tudo. Não, não somos mesmo. A democracia vigora com a maioria. E nós somos uma maioria absoluta, aqueles que defendem famílias neste País. Uma sociedade que não aceita escola com partido – porque famílias já estão pedindo, Senadora Rose, a homeschool, escola em casa, porque não querem levar mais seus filhos para a escola.

    Nós não precisamos de professores sindicalizados, comunistas, que acreditam em destruição de valores familiares para tentar catequizar os nossos filhos. Educação de filho é responsabilidade de pai e mãe, porque filho é dádiva de Deus. Escola não educa ninguém, escola abre janela para o conhecimento. Quem educa é pai e mãe. Professor, professora, quando educa os filhos, não faz mais do que a obrigação. E nem uma professora deste País tem obrigação de educar filho meu nem filho de ninguém; só o dela, ou o dele.

    Professor, professora, precisa ser bem remunerado, reciclado e respeitado. Professor não está exercendo a sua vocação, o seu sacerdócio de ensino, para ser agredido por aluno drogado, menino mal-educado, que não foi criado decentemente em casa, para socar rosto de professor, fumar maconha dentro da escola, pichar escola, entrar em escola e se tornar baderneiro dentro de um estabelecimento escolar. É isso que eles querem. Mas nós somos maioria e nós não vamos aceitar. Não vamos engolir.

    Aqueles que querem ideologia de gênero, façam uma escola, uma cooperativa; tem um número até bom. Criem uma escola e ponham os filhos de vocês lá. Mas não tentem se meter na criação dos nossos filhos e desfazer aquilo que nós fazemos em casa. Aquilo que nós ensinamos, o que nós pregamos como crença e como fé, e como educação dos nossos filhos, não são vocês que vão desfazer dentro de uma sala de aula.

    Então, nós estamos vivendo um Brasil de intolerância. A intolerância nas sentenças – encerrou a Senadora Rose com uma pauta que revolta o Brasil, que é essa do juiz. Isso é abuso de autoridade, seu juiz! O nome dele é José Eugenio, do Dr. Juiz. José Eugenio. Sr. José Eugenio, eu estou representando contra o senhor no conselho de Justiça do Brasil. O senhor precisa ser investigado. Como o senhor, tantos outros: aquele juiz descarado, aquele moleque que prendeu os bens de Eike Batista e depois estava dirigindo o carro do cara, usando o piano do cara, e o dinheiro que estava sob custódia da Justiça sumiu também, um dinheiro de traficante. Tomara que ele resolva te cobrar, vagabundo! O cara foi usar o carro do Eike! Eu fiquei imaginando: se esse cara, Senadora Rose, fosse o juiz do caso Cerveró, ele ia querer usar os óculos de Cerveró.

    Os tribunais superiores, sentenças esdrúxulas: Rocha Loures está solto. Dono da Nutry, essa empresa de suplementos, lá no Paraná. Soltou Rocha Loures, no outro dia o mesmo ministro negou habeas corpus a uma mulher que roubou biscoito no supermercado.

    O juiz solta a mulher de Sérgio Cabral, uma ladra, criminosa. A lei não ampara, os filhos dela são crescidos. E mesmo se não fossem. Agora, existe mãe que caiu com uma mula, dentro de um ônibus, trazendo meio quilo de maconha do Paraguai, outras com 300 gramas; algumas foram comprar e nem sabiam o que era, estava na caixa, foram enganadas, trouxeram, e foram presas. Tiveram bebê na cadeira, estão amamentando na cadeia. E não recebem o mesmo privilégio, doutores juízes, ministros? Ou vocês soltam essas mulheres ou mandam a mulher de Sérgio Cabral de volta para a cadeia, ou, então, prendem a mulher de Sérgio Cabral.

     Quantos presos com tuberculose, quantos presos por causa de uma pedra de maconha, uma pedra de crack? E estão presos com tuberculose, com AIDS. Não existem filigranas na lei para soltá-los. Mas o médico Abdelmassih, esse cretino, esse crápula, este bandido, criminoso, que estuprou 49 mulheres está em casa tomando leitinho esperto, porque uma juíza e a Presidente do STJ mandaram que ele ficasse em casa. E os outros doentes que cometeram crime de menor potencial ofensivo? É isso que tem sido feito no Brasil. Não acreditaram.

    Não é só na classe política, não: no Judiciário. O BNDES, banco de fomento, pegou todos os seus recursos e entregou para meia dúzia de empresas dos amigos de Lula, e todos estão presos. E o pequeno empresário não consegue. O cartão que criaram para o pequeno empresário depois foi cortado. Este é o Brasil em que nós estamos vivendo.

    Mas eu quero encerrar esta sessão dizendo a vocês brasileiros que não percam a esperança. Vamos manter a esperança. Vamos manter o foco. Esta é uma Nação abençoada, uma Nação rica. Deus nos deu tudo.

    Nós estamos percebendo o descolamento da economia deste momento político, aliás, momento politiqueiro, feito por aqueles que praticam politicagem, não política, um momento horroroso. Mas a economia começa a se afastar, começa a cair a nossa inflação. O emprego começa a voltar devagarinho.

    Não vamos perder a esperança. Agora é eu perguntar a mim e você perguntar a você, cada um de nós, enquanto cidadão, perguntar: "Qual é o meu papel? O que devo fazer? Como posso fazer?", até porque este momento feio que nós estamos vivendo é depurativo, é importante, é um momento em que a Nação está sendo passada a limpo.

    Não se atemorize. Há um propósito de Deus. Há a mão de Deus em tudo isso para depurar esta Nação tão vilipendiada, tão maltratada, tão roubada por homens públicos que tiveram de tudo, tiveram de Deus a graça de chegar ao topo do poder, pintaram e bordaram e hoje se fazem de vítimas.

    Não percam a esperança. Vamos manter a esperança, porque o Brasil não pertence aos canalhas. O Brasil é nosso, de homens e mulheres, brasileiros de bem.

    A sessão está encerrada em nome de Deus.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/09/2017 - Página 120