Pronunciamento de Regina Sousa em 13/09/2017
Pela Liderança durante a 131ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentário à audiência pública da CDH sobre a criminalização do funk.
Críticas contra a suposta seletividade na persecução criminal praticada contra o ex-Presidente Lula.
- Autor
- Regina Sousa (PT - Partido dos Trabalhadores/PI)
- Nome completo: Maria Regina Sousa
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela Liderança
- Resumo por assunto
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DIREITOS HUMANOS E MINORIAS:
- Comentário à audiência pública da CDH sobre a criminalização do funk.
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ATIVIDADE POLITICA:
- Críticas contra a suposta seletividade na persecução criminal praticada contra o ex-Presidente Lula.
- Publicação
- Publicação no DSF de 14/09/2017 - Página 30
- Assuntos
- Outros > DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
- Outros > ATIVIDADE POLITICA
- Indexação
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- COMENTARIO, AUDIENCIA PUBLICA, LOCAL, COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS (CDH), ASSUNTO, CARACTERIZAÇÃO, CRIME, MODELO, MUSICA, ATUAÇÃO, COMISSÃO, REFERENCIA, POPULAÇÃO, MORADOR, AREA PUBLICA.
- APOIO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, OBJETO, INVESTIGAÇÃO, CRIME, CORRUPÇÃO, CRITICA, DIFERENÇA, TRATAMENTO, AUSENCIA, PROVA.
A SRª REGINA SOUSA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PI. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, eu quero fazer referência aqui a uma audiência pública que aconteceu agora na CDH, que debatia a criminalização do funk.
Nós tivemos a visita de "funkeiros", de MCs, de gente da Secretaria Nacional de Juventude, de uma antropóloga. Uma audiência belíssima, comandada pelo Senador Romário.
Que pena que as pessoas não se deem ao trabalho de ouvir aquela juventude. A Comissão de Direitos Humanos continua desfalcada de 18 Senadores de dois blocos de partidos, que dão bem uma amostra do que significam direitos humanos para eles.
Também queria comunicar que amanhã a CDH estará em São Paulo, em diligência, aprovada na Comissão, de requerimento da Senadora Gleisi, para discutir com as comissões de direitos humanos de lá e com as entidades o tratamento à população em situação de rua.
Mas eu quero aqui prestar minha solidariedade ao meu companheiro Lula. Eu acho que a elite brasileira já decidiu: eleição em 2018, mas sem Lula.
Acho que as caravanas foram um sinal de alerta. Eu desafio qualquer um a percorrer a passar 20 dias dentro de um ônibus, das 8h da manhã às 10h da noite às vezes, percorrendo este País e conversando com o povo, tocando o coração do povo, como o Lula fez.
Até três dias antes de a caravana terminar, 14 milhões de pessoas tinham acompanhado pela internet e uma quantidade incalculável de pessoas ia ao vivo. Para ter ideia, no Piauí, estavam programados dois atos – Picos e Teresina –, mas no trajeto fomos parados sete vezes, sempre com multidões na estrada querendo, pelo menos, ver Lula. E a gente parava, e ele falava com a população.
Eu acho que, diante de tudo que está aí, precisavam, pelo menos, apresentar uma prova, como há provas aí. Abandonaram todas as provas. Aliás, dizem que o Ministro Gilmar Mendes vai anular as provas das malas de Aécio e Temer, porque aquelas malas e aquelas gravações ninguém viu, nem ouviu. Então, estão dizendo que vão anular. E Lula é condenado com base em convicções, em delações de pessoas submetidas às masmorras, que dão depoimento... "Não, volta para a cela para você pensar direito, para trazer o depoimento que eu quero." Então, eu queria que alguém mostrasse – eu aceitaria de bom grado – uma gravação com Lula, uma mala de dinheiro do Lula, uma conta bancária do Lula e dos seus familiares. Até agora não apresentaram. Vão apresentar, se estão convictos assim.
E na última semana... Aliás, acho que esqueceram as malas, porque apareceu uma sala. Agora não é mais mala; é uma sala de dinheiro. Quem sabe não vai aparecer uma piscina cheia de dinheiro.
Na semana em que anunciaram a sala de dinheiro, aproveitaram para denunciar Lula duas vezes, como se as outras questões e aquele dinheiro não tivessem nenhuma importância.
(Soa a campainha.)
A SRª REGINA SOUSA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PI) – Por favor, Senador! Já?
Eu queria aqui falar, repudiar capa criminosa de O Globo. O Globo denunciou Lula e, logo embaixo, botou a foto do dinheiro – nenhum esforço foi capaz de achar a palavra Geddel naquela capa –, para ligar, para que quem visse sua capa achasse que aquele dinheiro estava relacionado a Lula. É muita má-fé.
Eu acho que a gente precisa saber do Banco Central: o Banco Central não tem nada a dizer? Como R$51 milhões circulam, e o Banco Central não tem nada a dizer? De onde saiu aquele dinheiro? De que banco saiu? Porque, para o cidadão sacar R$ 15 mil, isso tem que ser comunicado a não sei quantos lugares. E R$51 milhões não foram comunicados a ninguém? Aquele dinheiro saiu de onde? Falso ele não é.
Então, o Banco Central deve essa explicação para a gente, para a população brasileira e para este Congresso.
(Soa a campainha.)
A SRª REGINA SOUSA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PI) – Eu queria terminar, já que a campainha insiste tanto, só dizendo: aqui é dito sempre que ninguém está acima da lei. E é verdade. Lula não está acima da lei, mas também não está abaixo dela. E, no momento, o comportamento é parcial: o que está acontecendo é colocá-lo abaixo da lei.
Muito obrigada.