Comunicação inadiável durante a 147ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o aniversário de 516 anos da descoberta do rio São Francisco.

Registro de artigo de autoria de S. Exa., publicado no Jornal do Comércio de Pernambuco, acerca da desaceleração do crescimento do Estado de Pernambuco.

Autor
Fernando Bezerra Coelho (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PE)
Nome completo: Fernando Bezerra de Souza Coelho
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Considerações sobre o aniversário de 516 anos da descoberta do rio São Francisco.
ECONOMIA:
  • Registro de artigo de autoria de S. Exa., publicado no Jornal do Comércio de Pernambuco, acerca da desaceleração do crescimento do Estado de Pernambuco.
Publicação
Publicação no DSF de 05/10/2017 - Página 16
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, DESCOBERTA, RIO SÃO FRANCISCO, COMENTARIO, PROPOSTA, PRESIDENTE, COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DO VALE DO SÃO FRANCISCO (CODEVASF), PARTICIPAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL, CRIAÇÃO, ALTERNATIVA, CONSTRUÇÃO, SISTEMA, BARRAGEM, RIO, AFLUENTE, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG).
  • REGISTRO, ARTIGO, AUTORIA, ORADOR, PUBLICAÇÃO, JORNAL, ASSUNTO, DESACELERAÇÃO, CRESCIMENTO, ESTADO DE PERNAMBUCO (PE).

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente, Senador Cássio Cunha Lima.

    Certamente, as bandeiras de lutas do Estado da Paraíba muito têm a ver com as nossas bandeiras em Pernambuco, em favor de um Nordeste cada vez mais solidário, mais fraterno e mais igual.

    Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna para registrar o aniversário do Rio São Francisco, que hoje completa 516 anos, desde a sua descoberta.

    Como todos sabem, o Rio São Francisco atravessa o seu pior momento hidrológico, o que causa muitas apreensões, preocupações quanto à sustentabilidade desse rio, que é denominado Rio da Integração Nacional e que é responsável por empreendimentos importantíssimos para o nosso desenvolvimento. Quero me referir, de forma especial, à água que é captada do Rio São Francisco para a irrigação de milhares de hectares.

    Como todos aqui nesta Casa sabem, venho de Petrolina, que é um dos principais polos de fruticultura do Nordeste brasileiro. E hoje toda a comunidade que vive na Bacia do São Francisco realiza um grande debate e pressiona esta Casa, o Congresso Nacional e o Poder Executivo para que iniciativas sejam tomadas no sentido de a gente poder, a médio prazo, recuperar o nosso Rio São Francisco.

    Muitas sugestões têm sido trazidas ao debate. Uma delas é que deveríamos cuidar de estudar rapidamente uma eventual transposição de águas do Rio Tocantins para o Rio São Francisco. Eu sou daqueles que não me oponho a qualquer estudo. Eu acho que o estudo de viabilidade da transposição do Tocantins merece o apoio do Congresso Nacional para que possamos debater se é viável do ponto de vista da viabilidade econômica, do ponto de vista ambiental e se esta é a única solução para recuperarmos o nosso Rio São Francisco.

    Eu gostaria de trazer, na tarde de hoje, ao fazer essa homenagem ao Rio São Francisco, uma outra proposta, proposta essa que me foi dada ontem, numa audiência que tive com o Presidente da Codevasf, o Dr. Antônio Avelino Rocha de Neiva, o Dr. Avelino, que recentemente assumiu a Presidência da Codevasf e reuniu a sua diretoria e o corpo técnico para que a gente pudesse, aqui no Senado Federal e no Congresso Nacional, colocar uma outra alternativa, uma outra visão, e é uma visão que me parece fazer muito mais sentido tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista econômico.

    A Engenharia da Codevasf, ao longo dos últimos anos, procedeu a estudos preliminares para a construção de um sistema de barragens reguladoras dos Rios das Velhas, Paracatu e Urucuia, que são afluentes do São Francisco no Estado de Minas Gerais. Esse sistema de barragens implicaria a construção de cinco barragens. Essas barragens estariam importando, seriam três barragens no Rio Paracatu, a Paracatu 1, a Barragem do Sono e a Barragem da Caatinga, uma barragem no Rio das Velhas, denominada Barragem de Santo Hipólito, e uma barragem no Rio Urucuia, chamada de Barragem Urucuia.

    Essas cinco barragens oportunizariam a reservação de mais de R$9 bilhões de metros cúbicos. Para se ter uma ideia...

(Soa a campainha.)

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – ... isso significa, aproximadamente, um terço da reservação do Lago de Sobradinho. E a estimativa de custos para esse empreendimento é da ordem de R$3 bilhões. Se a gente colocar ao lado de uma eventual transposição, em que há estimativas de investimentos nunca inferiores a R$12 bilhões para uma vazão que seria agregada ao Rio São Francisco de, no máximo, 100m3 por segundo, o que os técnicos da Codevasf informam é que essas cinco barragens ampliariam a vazão do São Francisco na ordem de 420m3. Portanto, é essa a sugestão que eu quero trazer para o debate que está sendo realizado...

(Soa a campainha.)

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – ... em diversos Estados, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, para que a gente possa levar em consideração a alternativa à transposição a construção de barragens nos rios tributários do São Francisco.

    Para encerrar, Sr. Presidente, eu gostaria de registrar, com alegria, artigo de minha autoria, que hoje foi publicado no Jornal do Commercio de Pernambuco, em que procuro falar da desaceleração do crescimento do nosso Estado e cujo título é muito sugestivo: "Pernambuco ficando para trás".

    De 2011 a 2014, Pernambuco liderou os investimentos públicos no Nordeste. Investiu, sob a liderança de Eduardo Campos, mais de R$9,6 bilhões; o Ceará, R$9,1 bilhões...

(Soa a campainha.)

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – ... e a Bahia, R$8 bilhões. Nos dados apresentados pela Secretaria do Tesouro Nacional para o período de 2015, 2016 e até junho de 2017, Pernambuco desaba para um longe 3º lugar. Os investimentos na Bahia, que lidera, superam R$6 bilhões, o Estado do Ceará se aproxima de quase R$5 bilhões, e Pernambuco pouco mais de R$2,5 bilhões. Ou seja, Pernambuco perdeu o rumo, perdeu dinamismo, perdeu a aceleração no seu desenvolvimento. E é por isso que esse artigo propõe uma nova agenda para Pernambuco, um novo caminho e uma nova liderança para o Estado que possa fazer com que Pernambuco possa inaugurar um novo tempo para o seu desenvolvimento, beneficiando milhões de pernambucanos que clamam por emprego, por oportunidade de trabalho...

(Soa a campainha.)

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – ... mas sobretudo por mais investimentos num Estado que é tão carente, tanto nas áreas sociais como na área de infraestrutura.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/10/2017 - Página 16