Discurso durante a 147ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre a ocorrência de abuso infantil na sociedade brasileira.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DIREITOS HUMANOS E MINORIAS:
  • Considerações sobre a ocorrência de abuso infantil na sociedade brasileira.
Publicação
Publicação no DSF de 05/10/2017 - Página 97
Assunto
Outros > DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
Indexação
  • COMENTARIO, EXCESSO, CRIME, ABUSO, PEDOFILIA, VITIMA, CRIANÇA, LOCAL, BRASIL, REGISTRO, ATUAÇÃO, ORADOR, OBJETIVO, COMBATE, PROBLEMA, REPUDIO, EXPOSIÇÃO, ARTES, REALIZAÇÃO, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, MUNICIPIO, PORTO ALEGRE (RS), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, Senador Eduardo Lopes, gostaria que V. Exª se sentasse para me ouvir. Penso que a matéria que vou tratar interessa ao Brasil, interessa a V. Exª, como pai de família, como Senador, como homem religioso, como homem que preza valores e bandeiras.

    Sr. Presidente, eu prometi ao Brasil nas redes sociais, na semana próxima passada, quando deflagrou-se no Brasil essa investida contra as crianças do País. Eu me lembro que em 2006, Sr. Presidente, Senador Anastasia, quando instalei a CPI da Pedofilia, o Brasil nada sabia sobre isso. E tudo que se sabia sobre isso é que um pai ou um padrasto poderia estar abusando de uma enteada. E, normalmente, é um padrasto desempregado, bêbado, pobre.

    Nós revelamos o crime dos crimes, que hoje no Brasil é crime hediondo. Eu sou Relator dessa lei e conheço o texto da lei. Nós avançamos na melhoria do Estatuto da Criança e do Adolescente, criamos tipos penais e modificamos condutas. E o Brasil foi revelado e continua, Senador Eduardo Lopes, como um País que está entre os três maiores abusadores do Planeta. Perde até para Bangkok. O Brasil é o maior consumidor de pedofilia na internet do Planeta.

    Nós avançamos, a sociedade acordou. O que ficou disso, Senador Eunício? O que ficou disso, nobre Deputada? O que ficou é que a sociedade acordou. A sociedade rejeita pedófilo, a sociedade rejeita abusador de criança. A sociedade não quer conviver com abusador de criança, com aqueles que, do alto da sua tara, da sua disposição de molestar um inocente, matam a infância e o sonho de uma criança, não tão somente tendo com ela conjunção carnal, mas molestando no seu emocional, no seu moral e no seu psicológico.

    Nas semanas passadas, ainda dentro deste mês – já estamos dentro de um outro mês –, explodiu o que vem explodindo por aí todos os dias. A CPI dos Maus-tratos está instalada, há muito recebendo denúncias. Apesar de termos, Senador Eduardo, avançado na legislação, explodiu a fatídica, criminosa e irresponsável exposição em Porto Alegre, com dinheiro público, comandada pelo Santander.

    E, quando você não tem lei para barrar crime, mexa no bolso. E o povo começou a tirar as contas do Santander.

    Eu quero conclamar o povo para continuar tirando. Continue tirando! Continue tirando, porque quem faz publicidade querendo o seu dinheiro, lhe remunerando muito baixo para poder emprestar com um juro mais alto e fazer fortuna, como fazem os bancos, ele fica com o seu dinheiro, que é pai de família, que é mãe, que é tio, que tem filho, que tem neto, que ama a criança e respeita a criança, coisa que eles não sabem respeitar.

    Ainda hoje, o curador da exposição foi convidado. Debochou. Foi convocado, mentiu, usou um Senador e uma Senadora do PT, cada um contou uma história para eles, mentirosa, e entrou no Supremo, pedindo um HC para não depor na CPI. O Ministro Alexandre deu uma lição para eles, Senador, do que é uma CPI, do poder de justiça, de polícia, e determinou que ele se apresentasse imediatamente.

    Eu podia tê-lo ouvido hoje, mas eu quero esperar para as próximas semanas, porque eu quero que ele venha coercitivamente. Esse debochado da honra alheira, debochado das coisas de família e da moral de criança. O problema dessa gente...

    E em seguida explode o teatro do Masp, de São Paulo. Um homem nu contracenando com uma criança. Quem vê o vídeo vê a mãe – aquilo é a mãe – forçando a criança a tocar no indivíduo, "porque ele é um ser morto", diz a exposição. E o Masp mandou uma nota tão bacana, que lá estava tudo sinalizado, dizendo que ia ter cena de gente nua lá dentro. Sinalizar é dizer: "Proibido entrada de crianças!" Como é proibido vender bebida abaixo de 18 anos. É proibido entrada de criança!

    Lá tem um ser que vai ser manipulado por adultos. Os adultos, pelo contrário, estavam olhando uma criança, e o Estatuto da Criança e do Adolescente, Senador Eunício, diz que é crime expor, levar, entregar para filmar, teatro, filme e contracenar. Só essa palavra. Só lendo o texto, você acha que o texto da lei é a própria produção contrária do que lá estava.

    A mãe levou o filho, e quando a mãe leva, ou parente de até quarto grau, a pena é acrescida de dois terços. Por isso, o Ministério Público já teria que ter decretado a prisão desses canalhas lá, em São Paulo. Ontem eu estive em São Paulo, mas eu quero me ater a essas ações todas que o Brasil conhece.

    É porque no final de semana próximo, Senadores do Ceará, Senador Eunício, minha nobre Deputada, a Veja... Cada um defende o que quer e cada um milita pelo que acredita. Há uma mídia esquerdista, porque no Brasil ser de esquerda é ser a favor de aborto, ser de esquerda no Brasil é ser a favor de casamento homossexual, ser de esquerda no Brasil é ser a favor de ideologia de gênero, é querer escola com partido. Ser esquerda no Brasil é assumir o poder, aparelhar e assaltar a Nação. Ponto. Isso é ser de esquerda.

    O jornalista traz uma matéria de duas páginas aqui, na Veja. Vou mostrar a matéria. (Pausa.)

    Eu já deveria ter deixado esse trem no ponto; achei que iria achar rápido, mas eu vou achar.

    Senador Eduardo, não marque tempo para mim, não, porque hoje não há tempo, não.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – V. Exª é tolerante, embora digam que nós somos intolerantes, não é?

    Oxente! Embolei as páginas.

    Acho que vou pedir alguém para me ajudar, enquanto eu continuo falando. É, eu estou aqui passando. Estão aqui os irmãos Batista, esses metralhas; os recibos falsos de Lula; a tormenta de Aécio não passou. Lá vai.

    Acho que alguém vai ter que me ajudar aí.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Não. É revista desse final de semana.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Não é possível que alguém sabia do meu discurso, foi ali e tirou as páginas, não é? Eu não duvido de nada, viu? Só me falta ver chover para cima, porque tudo eu já vi.

    O título da matéria é "Essa gente incômoda" ou uma gente que incomoda.

    E eu recebi a foto dessas duas páginas de tudo que é lugar: de umbandista, de católico, de espírita, de evangélico, de quem não acredita em nada, mas acredita em família tradicional, criação de filho, macho e fêmea, revoltados com o texto.

    Eu fiquei pensando no texto e olhando o texto – essa gente incomoda, "Essa gente incômoda" ou uma gente que incomoda. E fiquei pensando: eu nunca...

(Interrupção do som.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Alguém ajude o Presidente que ele é novato na Mesa. (Fora do microfone.) Já entrou?

    Quem é campeão nisto é o Cabo Daciolo, Deputado que anda com a Bíblia na mão. Nunca fiz, mas precisei fazer hoje.

    E o fiz, porque, se esses perdulários e criminosos não se envergonham de andar de boina, botar um charuto na boca e exaltar Fidel, exaltar Che Guevara, ir para rua e exaltar Lula, se eles não se envergonham de exaltar Maduro, de exaltar o índio da Bolívia e citar, com a boca cheia, Nietzsche, Freud, Karl Marx, por que eu me envergonharia da minha fé? Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, porque, para mim, é poder de Deus! A Bíblia é minha regra de fé e prática.

    A Bíblia, no livro de Atos dos Apóstolos, diz o que esse rapaz falou sem saber: essa gente incômoda. Não se atemorize, não, porque, até certo ponto, ele não mentiu. Porque a Bíblia diz que, na descida do Espírito Santo, em Atos, no Pentecostes, Senador Eduardo, quando o povo foi cheio – diz a Bíblia –, o povo crescia em graça, e se multiplicava, e se tornaram como peste no meio do povo. E peste incomoda, peste é incômoda. O que é uma peste? Peste é coisa que viraliza, que cresce, que toma corpo, que ganha campo. E aqueles que creem na família, aqueles que professam a Deus e a seu filho, Jesus, como salvador e senhor da sua vida, têm crescido nesta Pátria a ponto de reduzir esquerdistas doentes, defensores de molestar criança, pedófilos, aqueles que são movidos a uma crença de que o crime compensa, aqueles que defendem homens travestidos de criança, que estupram, sequestram e matam. E eles evocam o Estatuto da Criança só para defender assassino de 17 anos, de 18, de 15. Essa gente incômoda, e essa gente incomoda.

    Então, aquele povo crescia em graça e virou como peste no meio do povo, porque esse povo começou a contagiar com uma palavra de vida, com a redenção para a vida. Esse povo começou a contagiar com mudança de comportamento, mudança de linguagem, obediência, misericórdia, exercício da vida, dividir o pão. E isso incomoda. Esse povo parou de beber, parou de cheirar, parou de fumar, parou de adulterar, parou de prostituir. E, aí, cresciam em graça e eram tidos como peste. Até certo ponto, não errou.

    Essa gente incomoda mesmo, mas incomoda quem? Quem? Aqueles que querem mudar a natureza do Deus da verdade em mentira, exaltando mais a criatura do que o criador. Aqui no livro de Romanos, no capítulo I, a palavra de Deus diz que, porque o homem, do alto da sua vaidade e desgraça, do alto da sua concupiscência...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – ... tentou mudar a glória do Deus da verdade em mentira – preste atenção, preste atenção –, inflamando-se na sua sensualidade, homem com homem, mulher com mulher, recebeu, nos seus próprios corpos, a recompensa. Está aqui no livro que atravessou gerações, que atravessou séculos, que atravessou milênios e que, para nós, cristãos do mundo inteiro, não só contém, mas é a palavra de Deus.

    E eu falei com alguém: "Olhe, eu vou para a tribuna. E vou levar a Veja, e vou levar a Bíblia." Ele disse: "Não faça isso. Muita gente gosta de você, não vai entender. Você é um cara respeitado." Eu só sou respeitado, porque sou assim. E eu cheguei aqui não porque disponho de qualquer mérito. Se, na minha vida, existe ausência de alguma coisa, é ausência de mérito. Eu cheguei aqui pela graça de Deus.

    E eu incomodo! Nós incomodamos! Por quê? Porque nós não somos a favor de homossexualismo? A regra da boa convivência é o respeito. Ao homossexual devo respeito e ele a mim, e mais nada que isso. E eu não posso me tornar um criminoso, abdicar da minha fé e daquilo em que creio porque eu posso me tornar um criminoso. Como posso me tornar um criminoso? Só porque não bato palma, não glamorizo, não aplaudo, não acho graça em um macho beijar outro macho?

    Por que essa gente incomoda? Porque essa gente não são os donos dos motéis do Brasil, essa gente não são os donos dos alambiques do Brasil, não são os donos dos parques gráficos que produzem pornografia no Brasil. Essa gente não vai para as ruas queimar patrimônio público. Essa gente prega a família tradicional, macho e fêmea. Essa gente não é acintosa contra a natureza de Deus. Essa gente é contra o aborto, essa gente é a favor do nascituro, então essa gente incomoda.

    Por que vocês estão tão apavorados com o texto da Veja? Esse rapaz só conseguiu escrever o que ele nem sabia que estava no Livro de Atos dos Apóstolos. Incomoda essa minoria que acredita no desmantelamento da família.

    Quero agradecer ao Alexandre Garcia pelo texto que escreveu hoje – "Nossas Crianças", o texto dele. E lá ele cita o meu nome, o da Senadora Ana Amélia, o trabalho que está sendo feito na CPI. Um respeitado comentarista político deste País que não se intimida diante de uma classe artística vazia, que aprendeu a tirar proveito sem pagar imposto, tirar proveito de recursos públicos. Refiro-me à chamada Lei Rouanet, que patrocinou essa indignidade.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – O crime está cometido. Para tanto crime cometido, é preciso que, pedagogicamente, aconteça a prisão e a punibilidade.

    Essa gente incomoda, porque essa gente deixou de ser inocente, porque essa gente recusou-se a ser massa de manobra. E agora eu me lembro e quero lembrar que a fé evangélica já reúne um terço da população e, em grande parte, é composta de tipo moreno ou brasileiros que vêm sendo vistos com crescente horror pela gente de bem do Brasil, olhe só. Mas não nos ofende.

    Lembro-me de um dia em que um padre – não desses que são do bem, mas um petista – escreveu um artigo...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – ... dizendo que eles são uma raça de urubu, nos chamando de urubu. E o desespero, o pessoal me telefonando: "Você viu o que ele escreveu?" "Você viu o que ele publicou na revista? Nós somos urubus, chamando a gente de urubu!" Eu disse: "Calma! Ele falou certo! Que besteira! Nós somos urubus, mesmo, porque urubu só está e existe onde há carniça. Nós só somos urubus porque há podridão lá embaixo! Porque o mundo jaz no maligno, o mundo apodreceu!"

    Capítulo 5, versos 11 e 12, de Mateus: "Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa." Bem-aventurados sois vós! Por que tanto temor, por que tanto desespero? Ah, o capítulo a partir do 18 de Mateus descreve a doutrina das últimas coisas: pai contra filho, filho contra pai. Muitos esfriarão do seu amor, abdicarão de suas famílias...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – ... haverá guerra, pestilência, ameaça, violência, morte, tudo que está diante de nós.

    Agora, só quero avisar ao rapaz do texto: esta Nação não é uma nação só de crentes. Se você focou nos evangélicos, fez muito mal, porque essa luta pela vida, contra o aborto, contra a legalização de droga, contra a ideologia de gênero e contra a escola sem partido, essa luta por valorizar a família e por valorizar macho e fêmea não é de evangélico, é de todos aqueles que amam a Deus, aqueles que respeitam a Deus. Essa luta é minha; é do Senador Maranhão, que é um católico dedicado, na Paraíba; é do Senador Eduardo; é do Deputado Daciolo; é do senhor e da senhora que me ouvem, seja qual for a sua confissão de fé. Este País é a maior Nação católica do mundo.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Nós somos, Senador Eduardo, majoritariamente cristãos neste País: um país de católicos, um país de evangélicos, um país de espíritas, de judeus, de muçulmanos do bem – o Alcorão não trata de nenhuma dessas barbaridades de assassinato, muito pelo contrário. Nós somos, minimamente, monoteístas – todos acreditamos em Deus –, mas, na sua maioria absoluta, nós somos cristãos. Nós somos cristãos, majoritariamente.

    Então, se quiseram ofender, vocês ofenderam uma nação cristã. Um dia, quando vocês tentaram polarizar, dizendo que havia uma Bancada evangélica e tudo era eles e começaram a arrotar suas idiotices... Digo idiotice porque o indivíduo pode muito bem, e eu vi um poster... A cultura islâmica, por exemplo, nós precisamos copiar – dizia o poster...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – ... porque, na cultura islâmica, uma menina de oito anos pode se casar com um homem de dez anos.

    Eu não estou lendo isso aí, não; se quiser que eu leia, chegue mais perto. É bom ter assessor.

    Escute: "Ah, nós somos majoritários." Estão achando que ofendeu a mim? A mim, não; vocês só me possibilitaram a verdade, me deram a oportunidade de vir à tribuna para trazer a verdade. A minha confissão de fé é o meu orgulho.

    Filme aqui. É você que está na minha frente? É você que está de lado? É qual dos três? Aqui.

(Interrupção do som.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Fora do microfone.) – Em Atos dos Apóstolos...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – ... eles eram considerados como pestes, como incômodos. Eles incomodavam. Agora, eu tenho uma notícia triste para dar a vocês, esquerdopatas: vamos continuar incomodando.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – A missão precípua nossa é pregar. A nossa missão precípua é denunciar o erro. Nós não podemos perder.

    Agora falo aos cristãos do Brasil, aos líderes, àqueles que se acham líderes e que, num momento como este, ficam no WhatsApp repassando o que os outros falaram, mas que não têm coragem de botar a cara, não têm coragem de gravar um vídeo, não têm coragem de dizer: "Eu sou fulano de tal, sou de tal lugar, sou padre, sou pastor, tenho essa confissão, estou revoltado com essa exposição."

    Parece que só tem dois ou três que tem boca, o resto é mudo. E fica: não, vamos orar.

    Continuem orando, porque aquilo que nós podemos fazer, os anjos não vão fazer. Os anjos não vão descer para tomar essa providência. Continuem entre quatro paredes, omissos, medrosos, escondidos atrás de um chavão que não está mais na moda. "É, não vamos produzir escândalos." Escândalo é correr do pau.

    Essa é a hora do espírito do profeta Amós. Ai daqueles que fazem leis injustas contra as viúvas, contra os pobres, contra os menos favorecidos. É hora da justiça e não podemos nos intimidar com meia dúzia que recebeu de Deus o privilégio de governar este País por 13 anos. Deus os testou. Eles fecharam os olhos, não tomaram conhecimento, muito pelo contrário: eles odeiam Deus, eles amam o comunismo, eles amam espoliar o pobre em nome de protegê-lo, eles amam fazer riqueza, eles amam fingir que comem pão seco, mas tomam uísque de madrugada. Eles amam, de dia, fingir que andam com os pobres, mas são aliados das grandes fortunas, na madrugada.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – E, durante 13 anos, eles foram protegidos por essa mídia, que hoje continua os ilustrando.

    Mas eu tenho uma notícia triste: até Cristo voltar, jamais voltarão ao poder. Ninguém, não precisa ser profeta, não estou fazendo profecia, não estou fazendo... Há um quadro exposto, há um quadro posto, há uma realidade de uma sociedade civil que respeita a vida, que respeita a família, jovens que agora estão indo para as faculdades não para colocar a boina de Che Guevara, mas jovens que respeitam pai e mãe, jovens que têm limites, que dormem em casa, jovens que respeitam o instituto do casamento.

    Fui compungido a vir a esta tribuna hoje exatamente para dizer: não se indignem com esse texto, usem o texto, viagem no seu contexto e tragam à luz o verdadeiro texto, para dizer o que somos, o que continuaremos, o que pretendemos.

    Não podemos perder a ousadia, a determinação, até porque Deus não tem compromisso com frouxo. E vamos continuar incomodando. Cada ação terá uma reação. E não vamos mais esperar a ação. Seremos propositivos. E essa gente indigna, que se vangloria e que se gloria, e que se deleita sexualmente com a miséria mental, emocional e moral de uma criança, eles haverão de pagar pelos seus erros, eles haverão de pagar pelos seus crimes.

    Vivemos num país democrático, num Estado de direito: a lei precisa valer para todos.

(Interrupção do som.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Fora do microfone.) – Que Deus ajude esse País.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Quando os anjos visitaram Ló para tirá-lo de Sodoma, Sodoma estava tomada pelo homossexualismo, e eles não queriam as mulheres. E Ló, com medo, deu as filhas, e eles não quiseram. Eles queriam eram os anjos, colocar para fora, porque eles queriam os homens. Eles não se contentam em fazer uma opção sexual, uma opção homossexual, eles não se contentam em achar que é certo, que é correto e que satisfaz a sua libidinosidade abusar de crianças, mas eles querem formar uma sociedade em que abuso de criança seja normal, eles querem formar uma sociedade em que homossexualismo e ideologia de gênero seja normal, eles querem criar uma nova ordem social. E nós precisamos acordar. Nós precisamos acordar!

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Estamos vivendo dias em que eles dizem: "Atrasados, fanáticos, fanáticos. A sociedade mudou, fanáticos. Fundamentalistas, vivemos na era da internet. A sociedade mudou". A sociedade mudou, mas Deus não mudou. (Pausa.)

    Encerro, Sr. Presidente, esta minha fala, hoje à noite, dizendo àqueles que se lembram que entrem no YouTube – e os que não se lembram, orientem eles – e digitem no YouTube Ministro Gilberto de Carvalho, do governo Dilma: "Diz em Porto Alegre que o próximo enfrentamento ideológico do PT será com esses pastores de televisão e rádio".

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – "Vamos enfrentar os seus seguidores, gente vazia, de mente vazia que segue essa gente." Essa "gente vazia, de mente vazia" ama Deus, só não são ladrões, Gilberto de Carvalho, só não fizeram quadrilha para assaltar este País. Entrem no YouTube e vejam, porque lembro que até me pronunciei e mandei o Ministro daqueles dias e agora, denunciado, lavar a boca quando se referisse a nós.

    Vamos firmes, não vamos desanimar; vamos em frente. É o maior valor a vida. Deus é conosco, não precisamos temer postagens escritas. Deleitem-se muito mais em divulgar o que o Alexandre Garcia escreveu hoje do que passar isso para frente. Pois é, o texto está posto, não tomei...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – ... pelo contrário, ele conseguiu escrever aquilo de que nós já tínhamos ciência, que um dia já tinha sido escrito, de que já falamos tanto e hoje parece uma coisa absurda que nos mete tanto medo.

    Eu tenho, Senador Medeiros, quatro filhas e uma neta de um ano. Eu tenho, Senador Eduardo, quatro filhas e uma neta de um ano, que criei amando a Deus, observando valores, transmitindo a minhas filhas aquilo que de Dadá recebi: riqueza é honra, riqueza é caráter. A riqueza não está devidamente associada a um mandato ou a um anel; a riqueza de um homem...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Ajuntai, pois, tesouros nos céus onde a traça e a ferrugem não consomem. Amar a Deus, amar a família é a riqueza e o tesouro de um homem.

    Agradeço muito a Deus a oportunidade e agradeço à Veja a oportunidade que me deu de vir à tribuna e trazer a minha Bíblia, minha regra de fé e prática, a palavra de Deus.

    E aí concluo me dirigindo aos líderes de minha confissão de fé evangélica, pastores, apóstolos e bispos: quem mais deve à sociedade brasileira somos nós. Nós somos devedores, porque o compêndio de vida, de ética, de moral, de princípios, de dignidade, de dividir o pão e o exercício da vida estão na nossa mão, que é a palavra de Deus. E se ela está na nossa mão, nós nos tornamos devedores.

    Manifeste-se, assuma, ponha a cara, vá à luta, porque Deus não tem compromisso com frouxo.

    Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/10/2017 - Página 97