Comunicação inadiável durante a 153ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cumprimento pelos 106 anos da República da China, Taiwan, e por seu exemplo na condução das questões relativas às mudanças climáticas.

Elogio à gestão de Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda.

Comentários sobre a campanha Outubro Rosa e a importância da prevenção ao câncer de mama.

Autor
Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Ana Amélia de Lemos
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Cumprimento pelos 106 anos da República da China, Taiwan, e por seu exemplo na condução das questões relativas às mudanças climáticas.
ECONOMIA:
  • Elogio à gestão de Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda.
SAUDE:
  • Comentários sobre a campanha Outubro Rosa e a importância da prevenção ao câncer de mama.
Publicação
Publicação no DSF de 11/10/2017 - Página 32
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > ECONOMIA
Outros > SAUDE
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CHINA, TAIWAN, PAIS ESTRANGEIRO, ELOGIO, RESPONSABILIDADE, MEIO AMBIENTE, REDUÇÃO, EMISSÃO, GAS CARBONICO, EFEITO ESTUFA, PRESERVAÇÃO, AGUA, ENERGIA SOLAR, ENERGIA EOLICA.
  • ELOGIO, GESTÃO, HENRIQUE MEIRELLES, MINISTRO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), REDUÇÃO, INFLAÇÃO, ESTABILIDADE, ECONOMIA, PAIS.
  • COMENTARIO, CAMPANHA NACIONAL DE COMBATE AO CANCER (CNCC), IMPORTANCIA, CONSCIENTIZAÇÃO, POPULAÇÃO, PREVENÇÃO, DOENÇA.

    A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) – Muito obrigada, Senador Valdir Raupp, que preside esta sessão.

    Caras colegas Senadoras, Senadora Lídice, parabéns por defender também, como fez o Senador Raupp, o seu Estado e especialmente os Municípios. Nós somos todos municipalistas aqui nesta Casa e o Senador Raupp foi Prefeito de Rolim de Moura, então sabe as dores. A Senadora Simone Tebet também foi Prefeita. A Senadora Lídice também foi Prefeita de Salvador, da bela capital baiana. Eu ainda não fui e, se um dia for, vai ser de Lagoa Vermelha, minha terra natal lá no Rio Grande do Sul.

    Mas subo à Tribuna para mencionar hoje a celebração dos 106 anos da República da China, Taiwan. O Embaixador Isaac Tsai, num oportuno artigo publicado hoje no jornal Correio Braziliense, faz uma referência extraordinariamente oportuna falando que, nos últimos 23 anos, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas pediu a cooperação mais ampla possível de todos os países na luta para evitar as consequências devastadoras, pois até o momento nem o Governo de Taiwan, nem os 23 milhões de cidadãos, os que representa, tiveram adequado acesso às reuniões da Conferência das Partes. No entanto, esse país nunca usou tal fato como desculpa para se esquivar de suas responsabilidades como parte interessada na comunidade internacional. Aliás as mudanças climáticas não conhecem fronteiras e exigem, Senador Raupp, cooperação global.

     V.Exª, que é da Região Amazônica, sabe muito bem da relevância dessas questões. Eu sou do Rio Grande do Sul, e vivemos agora, com os efeitos das mudanças climáticas um processo de frequentes tempestades, temporais, ventos com alta velocidade, granizo, que nós lá chamamos de chuva de pedra, e isso tem mudado completamente o mapa da questão do zoneamento agrícola e também há efeitos devastadores sobre as comunidades.

    Eu, que conheci Taiwan recentemente a convite do Governo daquele país, posso testemunhar o que vi lá em matéria de sustentabilidade. Se algum país tem a ensinar o que é, o esforço que está fazendo em relação à questão de gerenciamento de redução dos gases de efeito estufa, esse país se chama Taiwan. É preciso reconhecer esse esforço. Então, de fato, é inexplicável, porque não há nenhuma razão diplomática ou razão geopolítica ou qualquer outra razão para que Taiwan não esteja participando nas Nações Unidas desse esforço global da questão climática, porque tem tudo a ver com o país que está fazendo o seu dever de casa, como eu tive a oportunidade de ver, em relação aos recursos naturais, à preservação da água, ao reuso da água, à energia solar e à energia eólica. É um país que tem muito a ensinar ao mundo inteiro – pequeno, mas grande pela sua sabedoria e pelo seu compromisso com o meio ambiente.

    Então cumprimento Taiwan, na pessoa do Embaixador Isaac Tsai, pelo trabalho que vem fazendo e pelos 106 anos.

    Eu trago aqui, também, Senador Raupp, brevemente, porque participei, neste final de semana, nos Municípios de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, na Serra Gaúcha, que V. Exª conhece bem, e também em Farroupilha, ontem à noite, juntamente com dezenas de empresários, os mais representativos daquela região...

    Lá há empresas verdadeiramente globalizadas, marcas globalizadas, que estão hoje no mundo. Posso citar a Tramontina, daquela região, e outras empresas que estão vendendo e exportando num esforço de empreendedorismo.

    E penso que podemos chegar à conclusão de que os empreendedores já percebem uma pequena mudança no clima que está acontecendo. Inflação mais baixa, Senadora Simone, juros mais baixos, isso anima a estabilidade econômica – felizmente, pelo comando habilidoso de Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda.

    E é bom lembrar que, no governo Lula, foi ele o condutor do Banco Central, que era quem definia a política econômica, de fato, no País. Então, nós não podemos ficar usando dois pesos e duas medidas na avaliação crítica sobre o desempenho de Meirelles, que está cumprindo com a sua... E está dando credibilidade à política econômica. Ele confere credibilidade não só pela experiência na área financeira, mas, sobretudo, pela habilidade.

    Às vezes, esquecemos, Henrique Meirelles foi eleito o mais votado Deputado Federal em 2002, em Goiás, pelo PSDB, Senadora, e foi chamado por Lula para ser Presidente do Banco Central.

    Então, não é pouca coisa. É bom refrescarmos a memória, para entender esse processo e por que Henrique Meirelles hoje está conseguindo esses números positivos, fazendo uma gestão austera.

    Aqui se critica muito, se têm feito muitas críticas à PEC do teto dos gastos. Mas, não fosse essa PEC do teto dos gastos, nós estaríamos numa situação muito, muito pior do que estamos hoje, porque o setor privado, que trabalha, sente o peso, e o cidadão, nós, cidadãos, o povo, que se vale dos serviços, Senador Raupp, sabe que hoje o custo do Estado brasileiro está muito salgado, salgado demais.

    E até ouvi o Ministro Roberto Barroso, num evento de Procuradores de Estado, dizendo exatamente que o cidadão, o contribuinte já não suporta mais, porque o Estado ficou inchado demais. E é preciso ajustar a necessidade do País ao preço que é pago pela sociedade, para manter esse Estado inchado do jeito em que está. Ele precisa ser um Estado eficiente.

    Não é discutir se é Estado mínimo, médio ou grande: é o Estado eficiente, para que o cidadão, o contribuinte tenha serviços de qualidade e para que também o empreendedor possa, sem burocracia, continuar trabalhando seja para o mercado interno, seja para a exportação.

    O nosso grande problema está residindo especificamente nestas vertentes: burocracia excessiva, custo do dinheiro elevado, tributação excessiva.

    Eu estive na Fenachamp, a festa nacional do champanhe em Garibaldi. Champanhe gaúcha, premiado em Paris. A quinta mais... O mais valorizado espumante é de Farroupilha, da vinícola Perini. O quinto espumante mais valorizado moscatel, o quinto lugar foi desse espumante feito no Rio Grande do Sul, em Farroupilha.

    Então, isso é um motivo para mostrar a tenacidades desses empreendedores, que enfrentam uma tarifação, uma tributação tão elevada, ainda concorrendo com os nossos vizinhos, o chileno, o argentino e o uruguaio, e, mais ainda, com o contrabando que chega dos vinhos.

    Então, nós criamos uma Frente Parlamentar em Defesa do Vinho Brasileiro e estamos agora trabalhando para defender essa pauta, porque isso é também relevante para o nosso País. A maior parte dos produtores de uvas são os médios e agricultores familiares. Então, as cooperativas vinícolas também têm um peso extraordinário no meu Estado.

    Senador, nós aqui, nas sessões deliberativas, temos dez minutos, nos quais termino falando precisamente no Outubro Rosa. Temos que aproveitar até o final. Aqui, nós temos um cartaz muito ilustrativo, do qual falamos há pouco, num pronunciamento do Senador Eduardo Amorim, que é médico: Uma Cor de Esperança. É rosa; não é verde. Verde é a cor da esperança, mas o rosa é uma cor de esperança.

    O câncer de mama é o desenvolvimento anormal das células do seio. Essas estruturas crescem de forma desordenada e substituem o tecido saudável. O câncer, normalmente, começa com um pequeno nódulo, que pode crescer e se espalhar para áreas próximas à mama afetada, como os músculos, a pele e a axila. Mulheres com mais de 40 anos devem realizar a mamografia.

    Quero dizer, Senadora Simone Tebet, que lamentavelmente cada vez mais mulheres bem mais jovens do que 40 anos, com 20, 18, 19 anos estão tendo casos graves de câncer de mama. Portanto, não foi razoável que o ex-Ministro da Saúde tenha limitado a partir de 50 anos mulheres fazerem mamografia. Então, 40 anos é o limite mínimo.

    Também lamento muito que existam alguns médicos e algumas autoridades públicas que não recomendem fazer mamografia.

(Soa a campainha.)

    A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS) – Todos os mastologistas brasileiros, a Sociedade Brasileira de Mastologia, todos reafirmam que esse é ainda o exame mais confiável na identificação, no diagnóstico da doença. Então, quero dizer que a taxa de curabilidade, quando é descoberto o câncer precocemente, é de 95%. Há 95% de cura.

    Então, aqui está...

    Quero também dizer que a contribuição que eu, como Presidente da Fundação Milton Campos, que é do Partido, fiz foi, junto com a Sociedade Brasileira de Mastologia, produzir este folheto aqui. É um folheto muito didático para se saber tudo sobre o câncer de mama. Ele é distribuído em consultórios médicos ou onde for necessário, seja em movimento de mulheres do meu Partido ou de outros que se interessarem. Nós estamos com disponibilidade deste folheto, que é extremamente didático para todas as mulheres, contando casos, como fazer, como identificar e como é feito esse exame.

    O outro foi uma colaboração da Drª Antonieta Barbosa, uma pernambucana que viveu todo o labirinto complicado, o cipoal de leis e de direitos dos portadores de câncer. Ela escreveu um livro chamado Manual de Cidadania do Paciente com Câncer. Com autorização da editora que fez esse livro da Drª Antonieta, que teve câncer e superou a doença, produziu-se esse que é um verdadeiro manual para saber quais os direitos, sejam de servidores públicos, sejam de trabalhadores do setor privado que têm benefícios do INSS, e como esses direitos podem ser vislumbrados neste livro, que foi publicado pelo meu gabinete, no primeiro ano do mandato, em 2011.

    Então, penso que é dessa forma que nós aqui, especialmente mulheres Senadoras... Mas, hoje, o Senador Eduardo Amorim também fez referência e o Senador Raupp. E sei que V. Exª e a Deputada Marinha Raupp, com a Bancada feminina na Câmara dos Deputados, estão envolvidos com esse tema tão candente para todas nós.

    O câncer de mama, depois das doenças cardiovasculares, é o que mais mata mulheres. No meu Estado, o Rio Grande do Sul, esse é um problema gravíssimo.

(Soa a campainha.)

    A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS) – Depois vem o colorretal – para mulheres, o câncer – e, em terceiro, o câncer do colo do útero.

    Então, toda a cautela e toda a prevenção são necessárias para que mais mulheres se curem dessa doença, que temos que enfrentar com coragem, com prevenção e com vida saudável.

    Obrigada, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/10/2017 - Página 32