Discurso durante a 155ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem pelo transcurso do Dia do Professor, celebrado em 15 de outubro, e depoimento sobre as dificuldades e progressos da educação no Estado de Rondônia .

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Homenagem pelo transcurso do Dia do Professor, celebrado em 15 de outubro, e depoimento sobre as dificuldades e progressos da educação no Estado de Rondônia .
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2017 - Página 25
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, PROFESSOR, COMENTARIO, IMPORTANCIA, CATEGORIA PROFISSIONAL, MELHORIA, EDUCAÇÃO, ESTADO DE RONDONIA (RO), BRASIL.

    O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, minhas senhoras e meus senhores.

    Sr. Presidente, está um pouco atrasado, mas o dia foi ontem, domingo, Dia do Professor. E todo dia nós devemos render as nossas homenagens às professoras e aos professores do nosso País, em especial do meu Estado, do Estado de Rondônia.

    Ontem, dia 15 de outubro, foi o Dia do Professor.

    Na semana passada, para homenagear esse profissional, esta Casa realizou uma sessão especial. Mas falar sobre o professor nunca é demais. Não há dia nem hora. Daí o motivo de eu retornar a esta tribuna, para falar, mais uma vez, desses heróis brasileiros.

    Ser professor tem um quê de devoção, de entrega, que vai além do profissional. Estou falando de desempenhar uma atividade árdua, com demandas específicas, com batalhas diárias e, principalmente, com um profundo compromisso com o desenvolvimento integral de cada um dos seres humanos em formação que lhes são confiados.

    O trabalho é árduo, porque exige extrema habilidade intelectual e capacidade de comunicação, para lidar com 40 alunos ou mais, que têm diferentes experiências de vida e diferentes interesses, reunidos numa sala de aula que nem sempre conta com uma estrutura física adequada ao processo de ensino e aprendizagem.

    As demandas são enormes. É preciso se desdobrar para atender, de modo individualizado, aos estudantes, entendendo suas necessidades, respeitando suas dificuldades e identificando as capacidades que podem ser desenvolvidas.

    A batalha é diária. Desde as barreiras mais simples, como o próprio deslocamento até o local de trabalho, até questões mais complexas, como a violência dentro e fora das escolas, os educadores enfrentam uma variedade de situações todos os dias, para poderem fazer o seu trabalho.

    E, apesar de tudo, os professores e professoras perseveram, cumprem sua missão de preparar as novas gerações para o futuro, cultivando mentes, mostrando aos seus alunos um mundo de possibilidades que vai além da escola em que estudam, do bairro ou da cidade em que moram.

    No Estado de Rondônia, ensinar é tarefa, do mesmo modo, complexa. Há várias especificidades a serem administradas, como as diferenças étnicas e a diversidade cultural que há na região. Mas nossos professores demonstram que são feitos da mesma fibra forte dos seus pares que estão na labuta do ensino em todo o Brasil.

    Com criatividade, coragem e ousadia, driblam as adversidades e oferecem aos seus alunos o melhor de si.

    Na cidade de Cacoal, por exemplo, das 39 instituições de ensino, 11 são escolas indígenas. Entre os principais povos atendidos estão os paiter suruís e os cinta largas. E há 29 professores indígenas contratados na rede pública de ensino, entre os quais está Luiz Suruí, que leciona Geografia e que foi um dos dez vencedores do Prêmio Educador Nota 10, deste ano, da Fundação Victor Civita. Ele desenvolveu um projeto com base no conhecimento tradicional dos paiter suruís, que chamou a atenção dos avaliadores da Fundação e que lhe valeu a honraria.

    No Município de Candeias de Jamari, ao verificar a necessidade de os alunos terem acesso a conteúdo extra, para poderem desenvolver as competências e habilidades esperadas, um professor de História, Jadiael Rodrigues da Silva, criou um aplicativo de celular que já tem mais de 240 usuários.

    Por meio dos telefones, os alunos acessam textos e interagem entre si e com o professor. Com isso, deixaram de ver o estudo da História como algo ultrapassado; passaram a ver a disciplina com mais simpatia e, consequentemente, começaram a ter melhores resultados.

    Os casos de sucesso, de triunfo da vontade sobre a adversidade, felizmente, são muitos em nosso Estado e em todo o Brasil.

    Ser professor é isto: é ensinar apesar dos obstáculos e ver-se recompensado pelas vitórias, pelo crescimento intelectual de seus alunos.

    Quero dar os meus parabéns a esses profissionais que considero verdadeiros heróis da história cotidiana. Feliz Dia do Professor.

    Sr. Presidente, ainda, para encerrar essa minha fala, eu fui Prefeito, por duas vezes, da cidade de Rolim de Moura e lá pude implantar desde o... Aliás, começamos construindo inúmeras escolas urbanas, foram 9 colégios urbanos, foram mais de 140 escolas rurais, escolas polos. Eu comprei viaturas para transportar os professores para as escolas rurais, de onde saíram milhares de alunos formados no ensino médio, que vieram para as faculdades na cidade.

    Hoje, na minha cidade, na nossa cidade de Rolim de Moura, a exemplo de outras tantas de Rondônia, há três faculdades, duas faculdades privadas e a Universidade Federal, cujo terreno eu, quando Prefeito ainda, adquiri, construí os primeiros blocos, administrativo e bloco de salas de aula. Doei um percentual, mandei para Câmara, uma contribuição de 2% do orçamento para custear esse campus da Universidade Federal de Rondônia, e hoje ele está lá, com cursos importantíssimos, como Agronomia, Engenharia Florestal e tantos outros, na cidade de Rolim de Moura.

    Mas tudo isso foi possível, porque nós formamos o aluno. Primeiro, demos condições para o professor, dentro da cidade, para que se deslocasse até a área rural, ou mesmo aos colégios urbanos, para que pudesse formar essa massa de jovens no ensino médio para poderem ingressar na universidade.

    Eu poderia aqui ficar falando, durante horas e horas, sobre o sucesso da educação em Rondônia. É claro que, muitas vezes, os nossos professores ainda são mal remunerados, têm dificuldade de trabalho, mas os nossos prefeitos, os nossos governadores têm dado um exemplo ao Brasil, porque têm melhorado, apesar de um Estado novo, ano a ano, a educação do Estado de Rondônia.

    O nosso Governador Confúcio Moura, assim como a Secretaria de Estado da Educação, assim como a nossa Assembleia Legislativa, tem criado condições para os nossos professores, para que a nossa educação possa sempre melhorar, sempre prosperar no Estado de Rondônia.

    Encerro aqui, só ilustrando esse trabalho que fizemos como Prefeito, como Governador, e que ainda estamos fazendo, dentro do possível, é claro, para melhorar a educação do nosso País, a educação do Estado de Rondônia.

    Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2017 - Página 25