Discurso durante a 15ª Sessão Solene, no Congresso Nacional

Sessão Solene destinada a comemorar os 45 anos de fundação da Rede Amazônica.

Autor
Omar Aziz (PSD - Partido Social Democrático/AM)
Nome completo: Omar José Abdel Aziz
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Solene destinada a comemorar os 45 anos de fundação da Rede Amazônica.
Publicação
Publicação no DCN de 20/09/2017 - Página 29
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO SOLENE, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, REDE DE TELECOMUNICAÇÕES, REGIÃO AMAZONICA.

      CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ  REDAÇÃO FINAL

      Número Sessão: 015.3.55.N  Tipo: Solene - CN

      Data: 19/09/2017  Montagem: 5199


      O SR. OMAR AZIZ (Bloco Democracia Progressista/PSD-AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Eunício Oliveira, inicialmente quero agradecer a deferência de V.Exa. em presidir esta solenidade.

      Quero cumprimentar o Deputado Pauderney Avelino, que juntamente comigo assinou o requerimento, cumprimento extensível a todos os Deputados Federais e Senadores dos cinco Estados alcançados pela Rede Amazônica -- Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima. Não foi um requerimento específico do Senador Omar Aziz ou do Deputado Pauderney Avelino. Tenho certeza de que todos os demais Parlamentares dessa região se sentiriam muito felizes em assinar o pedido de realização desta solenidade.

      Quero felicitar especialmente Phelippe Daou Júnior e estender essas felicitações a todos os funcionários da Rede Amazônica, que são muitos. Com a ajuda deles se construiu, talvez, no Brasil a maior rede de integração nacional, que é na Amazônia.

      Preparei umas palavras para permitir a quem está aqui neste momento conhecer um pouco da história da Rede Amazônica.

      É com imensa satisfação que hoje me dirijo aos senhores e às senhoras para celebrar a história de uma ilustre aniversariante.

      Requeri esta sessão solene conjunta do Congresso Nacional em conjunto com o Deputado Pauderney Avelino. É com grande alegria que estendemos isso a todos os demais Parlamentares da nossa região.

      Tudo começou quando a maior floresta tropical do mundo viu nascer em duas salas modestas na Av. Eduardo Ribeiro, em Manaus, a Amazonas Publicidade Ltda. O ano era 1968. Os responsáveis pela arrojada empresa foram os destemidos Phelippe Daou, Milton Magalhães Cordeiro e Joaquim Margarido, com os quais tive o privilégio de compartilhar relação de amizade. Eu tive a oportunidade de conhecê-los e de com eles conviver por muitos e muitos anos.

      A pequena agência seria o início do maior conglomerado de comunicação da Região Norte do Brasil, a Rede Amazônica. Motivados pelo ideal de agregar a Amazônia por meio da informação, em 1969 os três amigos criaram a Rádio TV do Amazonas LTDA. Foram disputar o direito de exploração de uma emissora de televisão e ganharam.

      A primeira transmissão de notícias em cores no Brasil acontecia em 1º de setembro de 1972, pelo canal 5. Era o começo da trajetória de uma empresa que cresceu e se multiplicou orgulhosamente pela Região Norte do País -- Acre, Amapá, Rondônia e Roraima --, contando histórias, informando e entretendo as pessoas.

      No início, era uma rede independente, veiculando programas da TV Record, da TV Cultura, além de filmes e seriados de grandes distribuidoras internacionais, como Fox, Columbia. Depois, foi afiliada à TV Bandeirantes, entre 1975 e 1982. Nessa época, a televisão se fazia com fitas de videocassete que chegavam à emissora por via terrestre, aérea ou aquática.

      A floresta, que tantas vezes foi tema de reportagens e novelas, tinha que ser vencida por meio das pouquíssimas e precárias estradas, pelo rio ou por aviões que sobrevoavam as copas das majestosas e centenárias árvores amazônicas.

      Já na era dos satélites, as emissoras da Rede passaram, em 1986, a retransmitir, de forma unificada, a programação da Rede Globo. Três anos depois, seria a vez da primeira transmissão ao vivo, desde Manaus, para o programa do Faustão.

      O Amazon Site vem em 1988 para distribuir conteúdo regional a todos os locais servidos pela Rede, além de outros 50 Municípios da Amazônia Legal, através de alguns canais de televisão por assinatura ou por webrádios.

      A Rede Amazônica é hoje a grande divulgadora da riqueza cultural dos povos da região a que serve. É a voz que fala para os amazonenses das coisas que lhes interessam: floresta, problemas cotidianos, grandes e pequenas cidades ribeirinhas. E fala com sotaque, com as expressões e os trejeitos que todos por lá entendem perfeitamente, seja de Parintins ou de Ariquemes, seja de Cruzeiro do Sul ou de Roraima. São cinco emissoras próprias, oito minigeradoras e mais de 200 retransmissoras que fazem a informação e o entretenimento chegar a quase todos os cantos da Amazônia.

      Seu caráter regional e familiar às populações da Região Norte não significa que a Rede esteja desconectada do resto do mundo. A devoção ao jornalismo sério, múltiplo e aberto induziu o estabelecimento de uma frutífera parceria com a Rede Internacional CNN, além da abertura de uma sucursal em Brasília para levar aos nortistas as informações a respeito do que anda acontecendo no Congresso Nacional e no Centro-Oeste brasileiro.

      Para além das telecomunicações propriamente ditas, a Rede conta com empresas que atuam em diversas outras áreas, como indústria química e produção de energia solar e até na formação de novos profissionais para rádio e TV. A área de capacitação e cursos é responsabilidade da Fundação Rede Amazônica, que administra ainda o Museu da Rede e a Radiodifusão, uma webrádio que presta suporte aos cursos oferecidos pela fundação.

      Os saudosos fundadores da Rede Amazônica talvez nem tenham podido avaliar naquela época, nos conturbados anos 70, o quão importante a empresa se tornaria para a população que atende como produtora de conteúdo regional e divulgadora das notícias locais para todo o Brasil e para o mundo.

      Ao longo desses 45 anos, a Rede Amazônica foi o principal veículo de importante cobertura jornalística. O assassinato de Chico Mendes, os sangrentos conflitos nas recentes demarcadas terras indígenas Raposa Serra do Sol, as grandes cheias e as grandes secas do Rio Amazonas e a desativação da histórica Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foram divulgadas graças ao trabalho dedicado da equipe de jornalistas e repórteres da Rede Amazônica de Televisão.

      Dos videocassetes ao sinal analógico e hoje pela TV digital, dos pesados aparelhos com tubo de imagens a smart TVs, computadores e tablets, o dia a dia dos povos ribeirinhos e os grandes acontecimentos da Região Norte viraram notícia ano após ano pela transmissão da Rede. Por meio da televisão, do rádio e da Internet, encurta as continentais distâncias que separam as diversas comunidades da floresta, uma das outras e elas do resto do País.

      É tarefa árdua, demanda gente, máquinas, infraestrutura. É tarefa que não para nem de dia nem de noite na TV Itacoatiara, na TV Cacoal, na TV Guajaramirim, na Rádio Princesa do Solimões, de Manacapuru, e na CBN Amazônia, entre outros veículos de comunicação. Mais do que uma divulgadora das coisas do Norte, a Rede Amazônica é testemunha da história recente da região, é arquivo de eventos culturais, políticos e sociais, acompanha ela própria, como espectadora, o desenrolar da vida numa floresta única e fundamental para o equilíbrio ecológico do nosso planeta.

      Por esse quase meio século de existência e de prestação de valiosos serviços às comunidades do Norte e de todo o Brasil, quero dar os meus parabéns a todos os profissionais da Rede Amazônica que desenvolvem um trabalho de comprovada qualidade, com zelo e dedicação, demonstrando seu compromisso com o crescimento da nossa região e o futuro de nossa gente.

      Que venham muitos aniversários nessa história de sucesso e realização! Esse é o meu desejo e tenho certeza de que é o desejo de todos os Parlamentares da Região Norte e de todos os servidores desta Casa que prestigiam este evento.

      Quero me dirigir a você, Phelippe. Sei do legado que seu pai deixou e da importância que você tem para que seja dada continuidade ao legado e que ele possa prosperar ainda mais. Sabemos a importância que tem a Rede Amazônica para a nossa região e para o nosso Estado.

      Quero, em meu nome e em nome dos Parlamentares que estão aqui, cumprimentar você, Phelippe, e sua irmã, Cláudia, uma grande amiga. Que Deus abençoe vocês e que vocês tenham sucesso nos próximos 50 anos! (Palmas.)




Este texto não substitui o publicado no DCN de 20/09/2017 - Página 29